Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025 - 13h36
Um novo esquema
criminoso tem feito vítimas no país – o golpe da selfie, como foi identificado
pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), tem trazido prejuízos para
empreendedores e a população em geral. Segundo informa a instituição, nesse
golpe, após descobrir dados pessoais,
o bandido entra em
contato com a vítima, mirando principalmente pessoas idosas, e diz que ela
ganhou um benefício ou brinde
– um dos artifícios
mais usados atualmente é a doação de uma cesta básica mensal ou até um
benefício extra previdenciário, que na verdade não existe.
Na sequência, o
criminoso informa que para receber o benefício é necessário fazer uma selfie para
algum tipo de comprovação. O bandido coloca uma fita isolante no celular ou
tampa todos os campos para que a pessoa não perceba que está dentro de um
ambiente bancário e prestes a fazer autenticação biométrica para uma operação
de crédito. A Febraban alerta a população para jamais aceitar o pedido de um
desconhecido para tirar uma selfie para receber qualquer coisa.
E o empreendedor com
isso?
O Sebrae alerta que
os donos de pequenos negócios devem ficar atentos ao aumento do número de
golpes na época das férias de fim e início de ano, principalmente os digitais –
e os microempreendedores individuais (MEI), em especial, tornam-se os alvos
preferidos de criminosos nesse período. Boletos falsos, cobranças indevidas e propostas
enganosas estão entre os mais aplicados. Saber como se proteger e conhecer as
fraudes mais comuns ajuda a empreender com segurança. Na dúvida, a recomendação
é buscar informações nos canais oficiais do Sebrae e do governo.
Confira abaixo os
golpes e fraudes mais comuns:
1. Sites falsos para
abertura de MEI
A formalização do MEI
é sempre feita pelo portal Gov.br, de forma gratuita. Então, desconfie e evite
qualquer oferta que fugir desse padrão. Os estelionatários usam o logotipo do
Governo Federal para dar um toque de realidade à página da web e induzem o
empreendedor a acreditar que é preciso pagar uma taxa para abrir a empresa.
Existem, também, empresas que oferecem o serviço de assistência para a abertura
do negócio, mas que cobram valores muito acima do mercado, tornando o processo
caro e inviável.
2. Boletos de
cobranças indevidas
Nessa modalidade de
golpe, os fraudadores enviam cobranças indevidas por e-mail ou correspondência,
como boletos de registro de domínio na Internet (endereço de site), por
exemplo. Esses boletos geralmente vêm com o logotipo da Caixa Econômica Federal
e com cobrança de valores baixos, além de uma observação indicando que o
pagamento é facultativo. Também é comum o envio de guia da DAS-MEI para
pagamento, contendo o logotipo do Simples Nacional e utilizando linguagem
técnica para parecer legítimo. Eles ameaçam multar o MEI caso ele não faça o
pagamento e oferecem apenas a opção de pagamento via Pix.
3. E-mails com
solicitação de retificação
Fraudadores costumam
enviar e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração
Anual do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências
em sua declaração de Imposto de Renda. Eles aproveitam para incluir links e
anexos maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados
pessoais e bancários.
4. Cobranças de
filiação ou taxas associativas indevidas
No contato, que
costuma acontecer por e-mail, telefone, SMS ou WhatsApp, os golpistas dizem que
o MEI deve um saldo referente a uma taxa anual associativa (tipo de taxa pago a
associações comerciais ou empresariais) e envia uma forma de pagamento, como um
código do PIX ou código de barras. Lembramos que o MEI não é obrigado a
contribuir com qualquer associação que seja, a não ser que ele próprio, e
depois de já ter constituído a empresa, voluntariamente, tenha decidido se
associar.
5. Propostas de
empréstimos
Caso você precise de
linhas de crédito ou empréstimos, procure por empresas que já estão
consolidadas no mercado. Tenha bastante cuidado na hora de fazer solicitações
pela internet, certificando-se de estar no site oficial dessas empresas. Se
possível, prefira solicitar pessoalmente. Algumas instituições financeiras e o
próprio governo podem oferecer propostas de crédito a taxas menores.
Entretanto, é recomendado que o empresário sempre desconfie de ofertas pelo
WhatsApp, SMS ou redes sociais.
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