Quarta-feira, 9 de outubro de 2024 - 07h37
Empregado já demitido que quiser acionar a Justiça do Trabalho contra a
empresa onde trabalhava, agora só poderá entrar com o processo se ainda não
tiver a rescisão do contrato de trabalho homologada pelo Judiciário. A
determinação está prevista em resolução aprovada pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). A exceção para a regra são questões desconhecidas na ocasião da
homologação, como por exemplo o caso de doenças ocupacionais. O ato normativo
será válido nos seis primeiros meses para negociações acima de 40
salários-mínimos (R$ 56.480), valor médio aproximado dos acordos ratificados
pela Justiça do Trabalho em 2023. O intuito é avaliar o impacto da medida e a
possibilidade de ampliação para outros casos. O juiz do Trabalho Guilherme
Guimarães Ludwig, diretor de Comunicação Social da Associação Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), explicou que a resolução trata
da homologação de acordos celebrados em âmbito extraprocessual, ou seja, não
alcança as ações que já estão em tramitação. Segundo o presidente do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís
Roberto Barroso, o alto número de processos na Justiça trabalhista compromete a
abertura de vagas de trabalho, a formalização do emprego e o investimento. Ao
proferir seu voto, Barroso chamou a atenção para o relatório Justiça em
números, do CNJ. A publicação aponta que a quantidade de processos pendentes na
Justiça do Trabalho era de cerca de 5,5 milhões em 2017. Houve queda
consistente nos anos de 2018 (4,9 milhões) e 2019 (4,5 milhões). “Contudo, os
números voltaram a subir em 2020 (5,7 milhões) e se mantiveram relativamente
estáveis em 2021 (5,6 milhões), 2022 (5,4 milhões) e 2023 (5,4 milhões), isto
é, aproximadamente o mesmo patamar de 2017”, assinalou.
Inovação Trabalhista II : atestado médico digital e acordos sem
audiência na justiça do trabalho
Piraci Oliveira, advogado, destacou dois temas trabalhistas de grande
relevância para o Brasil. Na ocasião, ele destaca que essas novidades podem impactar
diretamente a vida empresarial no Brasil. A primeira inovação discutida
refere-se a uma recente mudança do Conselho Federal de Medicina (CFM), que
lançou uma nova plataforma chamada Atesta CFM. Segundo o advogado, quem já
lidou com atestados médicos no ambiente de trabalho sabe dos desafios,
especialmente quando há suspeita de falsificação ou adulteração. A partir de
novembro de 2024, o uso da plataforma será facultativo, mas, a partir de março
de 2025, o envio de atestados médicos para fins profissionais se tornará
obrigatório. O sistema permitirá que as empresas e os envolvidos consultem os
documentos de forma digital, garantindo maior segurança e confiabilidade. A
novidade visa minimizar fraudes e proteger as empresas de possíveis riscos. O
segundo ponto abordado é uma nova disposição do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), que estabelece a possibilidade de homologação de acordos judiciais
trabalhistas na Justiça do Trabalho sem a necessidade de uma audiência formal.
Nesta nova modalidade, as partes podem procurar a Justiça, cada uma acompanhada
de seu advogado, para formalizar um acordo que será homologado mesmo sem a
presença de um juiz. Esse procedimento, que já está em vigor em fase
experimental, é aplicável inicialmente para processos com valores acima de 40
salários mínimos. A iniciativa visa reduzir a judicialização das relações
trabalhistas, um problema crescente que a reforma trabalhista tentou, mas não
conseguiu resolver completamente. Piraci ressalta que o objetivo dessa medida é
proporcionar maior paz nas relações trabalhistas, algo que o Brasil precisa,
além de uma reforma tributária adequada, para garantir um ambiente de negócios
mais seguro.
Assista: https://youtu.be/L93JfKME67w
Assistência à saúde como inclusão? No Simpi tem!
Sim, a assistência à saúde pode ser inclusiva, e a inclusão social na
saúde é um conceito que se baseia na ideia de que a sociedade deve ser treinada
para atender às necessidades de todos os seus membros. Pensando nisso os
diretores da FEMPI/Simpi vem tentando a vários anos suprir as necessidades dos
MEI's, Micro e Pequenas Empresas, e já em 2013 fez planejamento para efetuar
estas tarefas. Apresentado o sistema planejado ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) à época, o plano
foi agraciado com prêmio de reconhecimento nacional, sobre método de
inclusão dos novos empreendedores. Implantado em Porto Velho, na sede da
instituição no mesmo ano, o programa mostrou-se eficaz, pois atende mais de 10
mil pequenas empresas por ano. Apesar de deixar a disposição dos empreendedores
todos os serviços desde abertura de empresa até empréstimo bancário de forma
online, faltava oferecer os serviços de saúde pois os planos de saúde
tradicionais tem preços finais muito além da capacidade de pagamento dos
pequenos empresários e de suas empresas. Isso até agora, pois o Simpi fez
convênio com a empresa de assistência à Saúde VITAVIDA, empresa especializada
em atendimento emTelemedicina. Com planos partir de R$5.00 por mês e com
atendimento em até 18 especialidades, inclusive com plantão 24 horas para
Pediatria e Clínica Geral. A Telemedicina é a prática de atendimento médico à
distância, por meio de tecnologias de informação e comunicação. Ela permite que
pacientes e médicos se conectem remotamente, para realizar consultas, exames e
outros serviços de saúde. Se tiver interesse em aproveitar mais esta
iniciativa, só solicitar adesão pelo whatsApp (69) 99933-0396.
Entenda melhor: https://youtu.be/9kV7e6p_XLY
Impactos da Volatilidade Cambial na Competitividade Industrial e
Projeções para o Brasil
A taxa de câmbio, considerada o segundo preço mais importante da
economia, é uma preocupação central, especialmente para os industriais. 0
economista Roberto Luis Troster explica que isso ocorre porque a taxa de câmbio
afeta diretamente o preço de muitos produtos industrializados que enfrentam
concorrência externa. Se a taxa estiver elevada, as indústrias brasileiras
ganham competitividade internacional, mas se o câmbio estiver valorizado, o
cenário se inverte, e elas perdem competitividade. Outro fator importante é que
muitas indústrias dependem de insumos importados para produzir. Quando compram
esses insumos com o câmbio alto e vendem seus produtos com o câmbio baixo,
sofrem prejuízos financeiros. No entanto, se a situação for oposta, elas podem
se beneficiar. No Brasil, o grande problema é a volatilidade da taxa de câmbio.
O sistema de câmbio flexível, em teoria, deveria se ajustar às condições de
competitividade da economia, mas na prática, o câmbio no país se mostra muito
sensível a fatores políticos, mais do que a condições econômicas. Isso se deve,
em parte, à estrutura do mercado de câmbio, que tributa o mercado à vista, mas
isenta algumas operações no mercado futuro, causando uma maior instabilidade.
Atualmente, o câmbio brasileiro apresentou alta por motivos políticos, mas tem
demonstrado sinais de queda. Os fundamentos econômicos indicam uma valorização
da moeda brasileira. Há dois fatores principais para isso: o diferencial de
juros entre o Brasil e outros países, e a balança comercial. Com a taxa de
juros americana em queda e a brasileira em alta, o diferencial atrai
investidores externos que buscam maior retorno nas taxas de juros brasileiras.
Além disso, a balança comercial do Brasil está projetando um superávit elevado
este ano, o que significa maior entrada de dólares no país. Outro fator
relevante é a balança de transações correntes, que também deve gerar um
superávit de 1,5% do PIB, aumentando ainda mais a oferta de dólares. Quando a
oferta de dólares cresce mais do que a demanda, a tendência é que a taxa de
câmbio caia. Diante disso, é razoável projetar que o câmbio fique um pouco
acima de R$ 5,00 até o final do ano, desde que não surjam novos ruídos
políticos.
Assista: https://youtu.be/d7FGjn8fRr0
Desafios e oportunidades para pequenos e médios agricultores no Brasil:
planejamento e superação
Salvatore Milanese, da Pantalica Partners, fez uma importante reflexão
sobre a relevância da agricultura para a economia brasileira. Ele destacou que
o Brasil é um líder global em diversos setores agrícolas, ocupando o primeiro
lugar na produção de açúcar, álcool, café e soja. Esse protagonismo no cenário
internacional tem sido essencial para o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) do país nos últimos 10 a 15 anos, com a agricultura representando entre
20% e 25% da riqueza gerada no Brasil. No entanto, Salvatore alertou para um
desafio que os pequenos e médios agricultores vêm enfrentando recentemente: a
queda acentuada nos preços das commodities, como soja e milho. Com a queda de
até 30% no preço da soja e 20% no milho, muitos agricultores, que haviam
assumido dívidas e ampliado suas operações durante um período de alta nos
preços, agora se encontram em uma situação delicada. O descompasso entre suas
expectativas e a realidade econômica tem causado grande preocupação. Milanese
destacou que muitos desses agricultores, por falta de um planejamento
financeiro adequado, foram pegos de surpresa e entraram em pânico. Sua
mensagem, direcionada especialmente aos pequenos e médios agricultores, é
clara: em momentos de prosperidade, é fundamental planejar cuidadosamente
qualquer expansão. Ele sugere buscar o apoio de consultores ou profissionais
experientes para elaborar um planejamento de longo prazo, evitando comprometer
o futuro financeiro da propriedade. Caso já tenham contraído dívidas e estejam enfrentando
dificuldades para pagar, Salvatore recomenda que não entrem em desespero. A
renegociação com os bancos é uma opção viável, pois os credores não têm
interesse em ver seus clientes falirem. O importante é mostrar seriedade,
honestidade e vontade de superar o momento difícil. Ele alerta também contra
decisões irracionais ou influências de terceiros com interesses próprios, que
podem agravar a situação.
Assista: https://youtu.be/Hqp5XKqmBpI
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