Quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024 - 08h05
O ano de
2024 veio com fortes mudanças fiscais para o Brasil, e uma delas tem impactado
fortemente os MEIs: a “malha fina do MEI” por parte da Receita Federal. Essa
medida entrou em vigor antes mesmo do período de entrega do Imposto de Renda e
já tem afetado milhões de empresas cadastrados no Simples Nacional. No
entanto, ao se tornar um MEI, o empreendedor assume algumas responsabilidades,
como a obrigação de permanecer em dia com os pagamentos dos seus impostos. E é
exatamente aí que a “malha fina do MEI” entra em jogo. De acordo com
informações divulgadas pela Receita, os MEIs tiveram até o dia 31 de
janeiro de 2024 para realizar a regularização de débitos existentes junto à ao
fisco Federal. Aqueles que não realizaram a quitação destes débitos foram automaticamente
excluídos do Simples Nacional e desenquadrados do Sistema Simples Nacional
(SIMEI). Já a nível estadual o fisco também não dá folga. Já tem controle
dos produtos adquiridos pelo CNPJ em uma aponta, e tem o controle do
recebimento via cartão, conta bancaria e PIX, na outra. O Pix e o cartão
são tão fáceis de aceitar que às vezes, podemos nos esquecer de que
cada transação conta no nosso faturamento anual. Portanto, é preciso
manter um controle rigoroso dessas transações para não ultrapassar o limite sem
perceber. O segredo aqui é manter um olho bem aberto nas suas transações , e
com um pouco de organização, você pode usar todas as vantagens que esses
sistemas peritem se preocupar com os riscos.
Fui excluído do Simples, e
agora?
Cerca de 300 mil MEI’s, Micros e
Pequenas Empresas brasileiras perderam a condição privilegiada de ser optante
do Simples Nacional e ficar livre de uma série de burocracias e de tributos que
atazanam a vida das empresas de menor porte. Perdendo o prazo estipulado pela
Receita Federal constante no Termo de Exclusão do Simples Nacional, a empresa
nem foi cancelada e nem foi permitido fazer uma nova opção de retorno. A
empresa ainda teve uma oportunidade, pois mesmo excluído e optando por uma nova
solicitação, foi dado novo prazo para regularização dos débitos e
posteriormente a adesão ao Simples Nacional que foi até dia 31 de Janeiro.
Perdendo novamente esse novo prazo, e já como empresa “normal” o contribuinte
irá apurar os impostos pelas regras normais de tributação, optando pelo Lucro
Real ou Lucro Presumido. E os custos maiores serão sentidos de
imediato. Dependendo de como seja a sua empresa, o principal e mais grave
prejuízo está relacionado aos tributos, com isso, a principal consequência está
no aumento da carga tributária, principalmente às empresas de serviços, que
podem possuir um lucro maior em relação às empresas de comércio. Porém a
consequência mais comum é a inscrição dos débitos na Dívida Ativa, o que
impacta a empresa em várias situações, como empréstimos bancários,
fornecedores, participação de licitação, não ter os privilégios dado às
empresas do Simples Nacional etc., decorrentes de não possuir a liberação da
Certidão Negativa de Débitos Tributário. No caso do Microempreendedor
Individual (MEI), além de sentir imediatamente a questão tributária, terá ainda
de contratar imediatamente um contador, que como MEI não era necessário.
Empresários nesta situação procurem informações e orientações no
Simpi que deixa a disposição, profissional treinado além de
contadores conveniados para estas situações.
Entenda: https://youtu.be/pDFVDcefFig
MEI excluído do Simples
ganha novo prazo para regularização
A regularização fiscal da
microempresa e Microempreendedor Individual (MEI) que se inscreveram no Simples
Nacional até 31 de janeiro ganhará uma nova chance, com prazo estendido até 5
de março. Essa medida permite que o MEI tenha mais tempo para quitar ou
parcelar seus débitos junto à Receita Federal, assegurando a adesão ao regime
tributário especial do Simples Nacional. No contexto dessa prorrogação,
representantes de entidades, integrantes do Fórum Permanente das Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte, têm trabalhado em conjunto com o Ministério do
Empreendedorismo, da Microempresa e Empresas de Pequeno Porte (MEMP), liderado
pelo ministro Márcio França. Em relação a prorrogação e o novo prazo, aqueles
desenquadrados, têm até 05 de março para quitar ou parcelar seus débitos e
iniciar o processo de recuperação do registro MEI. O estado da empresa pode ser
verificado no Portal do Empreendedor, que também oferece detalhes sobre as
opções de pagamento e parcelamento. Após a regularização, o interessado deve
acessar o portal do Simples Nacional para reativar seu cadastro. Esse regime
tributário simplificado unifica o pagamento de tributos em uma única guia
mensal para MEI.
Se o Brasil vai tão bem, por
que os altos índices de inadimplência?
Os números da inadimplência no
Brasil em 2023 surpreenderam a todos. Os pedidos de recuperação judicial
aumentaram em 68% e 333 mil novas empresas entraram no rol das
negativadas. Somado a isso, mais 2 milhões de novas pessoas também foram
negativadas, e fica a pergunta: “se o PIB cresceu, a indústria cresceu, setor
de serviços cresceu, agricultura cresceu, o desemprego caiu, o que explica esse
número tão alto?”. Fica claro que o sistema de intermediação financeira é da
época de inflação alta, onde o Brasil é o único pais do mundo que tributa o
crédito, tem os compulsórios mais altos do mundo, tem um sistema confuso de
taxa mês e taxa ano e uma regra diferente para receber dividas fiscais
com os ativos a receber corrigidos pela Selic mais multa, e passivos a
pagar e os depósitos judiciais pela juros da poupança. E não
podemos esquecer que a taxa de inadimplência pode ter sérias
consequências econômicas. Quando muitas pessoas não conseguem pagar suas
dívidas, as empresas perdem receita e as pessoas ficam com dívidas ainda
maiores. Isso causa uma desaceleração no crescimento econômico e pode levar à
recessão. Além disso, as altas taxas de inadimplência podem levar a um aumento
da inflação, já que as empresas terão que cobrar mais por seus produtos para
compensar os custos das dívidas não pagas.
entenda: https://youtu.be/jOXBWW2M7iY
Governo prevê novas regras
para MEI já para 2024
Como parte das prioridades do
ministério da Pequena Empresa chamado de Ministério do
Empreendedorismo para 2024, tem a intenção de flexibilizar a lei do
Microempreendedor Individual (MEI). Uma das mudanças sugeridas é o aumento do
faturamento anual para R$ 144,9 mil. Dessa forma, essa proposta afetaria
aproximadamente 15 milhões de microempreendedores cadastrados atualmente. Há
também intenção de criar a “Rampa de Acesso” e com esse mecanismo facilitar a
transição de MEI para Microempresa (ME), oferecendo uma tributação proporcional
e obrigações administrativas graduais para as empresas que optassem pela
mudança de regime. Outra prioridade da pasta é eliminar a cobrança de impostos
de forma retroativa para os microempreendedores que excederem o limite de faturamento
permitido pela legislação em mais de 20%. Ademais, as propostas apresentadas
pelo Ministério do Empreendedorismo já foram encaminhadas para análise da Casa
Civil e da Fazenda. O objetivo, portanto, é assegurar que as mudanças sejam
compatíveis com a manutenção do equilíbrio fiscal, como é priorizado pela
equipe econômica.
“Nova Indústria Brasil” traz
boas novas para as micro e pequenas empresas
O Brasil dá um passo
significativo com o lançamento do Programa Nova Indústria Brasil (NIB) em
janeiro de 2024. Este programa não apenas visa impulsionar a indústria nacional
até 2033, com investimentos previstos de R$300 bilhões para até 2026, e
que reconhece o papel crucial das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) nesse
processo. As MPEs estão na linha de frente das oportunidades oferecidas pelo
NIB, destacando-se como beneficiárias diretas de uma série de iniciativas
projetadas para promover seu crescimento e fortalecimento no mercado. Enquanto
o programa está em suas fases iniciais de implementação e algumas medidas ainda
estão sendo regulamentadas, é crucial que essas empresas estejam atentas às
oportunidades que surgirão. Hoje já a previsão que fica a disposição das
MPE’s que querem participar do programa: Acesso a crédito e
financiamento; Qualificação profissional; Apoio à
inovação e pesquisa; Compras públicas. Para obter mais
informações sobre o Programa Nova Indústria Brasil e as oportunidades
disponíveis para as MPEs, consulte o pelo canal: https://www.gov.br/mdic/pt-br
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