Quarta-feira, 4 de agosto de 2021 - 08h47
“Pequeno empresário é quem pagará a conta da
reforma tributária, caso a atual proposta seja aprovada”, afirma Marcos Cintra,
professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas
O projeto de reforma tributária, que começou como
uma proposta simples de correção da tabela do imposto de renda pessoa física,
se transformou numa colcha de retalhos, incluindo mudança na tributação do
imposto de renda pessoa jurídica, que, na avaliação do professor de Economia da
Fundação Getúlio Vargas, Marcos Cintra, surgiu sem discussão e sem necessidade
imediata. Em entrevista exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena
Empresa”, que pode ser visto no YouTube, o economista afirma que aprovar a
proposta atual seria um grande retrocesso. “O discurso do governo é tributar os
super ricos, mas neste projeto o empresário do Simples é quem vai pagar a
conta, pois, com a tributação de dividendos, aqueles que estão no patamar menor
em termos de faturamento terão aumento de carga e quem estiver no lucro real
terá decréscimo”, explica. Segundo o professor, há grandes chances de extinção
do Simples Nacional. “Com o fim do Simples, qual a alternativa?”, indaga
Cintra. Em resposta, ele garante que dificilmente estes empresários se
formalizarão com tributação pelo lucro real. “Provavelmente teremos desemprego,
fechamento de empresas e informalidade”, afirma. De acordo com Cintra, ao
atingir as empresas pequenas, a tributação de dividendos afetará também o
Simples. “É um passo na direção de criar dificuldades para a sobrevivência de
um regime que tem mostrado resultados para o país”, lamenta. O economista
recorda que desde 1995 a distribuição de dividendos não é tributada e uma
mudança agora trará forte impacto para as micro, pequenas e médias empresas com
faturamento até R$ 80 milhões por ano e que não estejam no lucro real. “Serão
estas empresas as mais penalizadas porque distribuem a maior parcela dos
lucros. Como não têm grandes custos, distribuem esse rendimento na forma de
dividendos”, explica. Para o professor, o projeto tem defeitos graves e
repercussões que podem ser prejudiciais à economia. Em contrapartida, segundo
ele, com as críticas ao projeto, o governo está revendo sua
posição.
Assista: https://youtu.be/5qen5YmWHVQ
No Simples ninguém mexe II
Todas as micro e pequenas empresas optantes do
Simples Nacional continuarão isentas da taxação de dividendos, disse o
ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a proposta de reforma
tributária em tramitação no Congresso pretende fazer com que os super-ricos
paguem mais impostos. Guedes confirmou a isenção para as empresas de menor
porte no Ministério da Economia nesta quarta-feira. O ministro
também negou que haja mudanças em relação ao fim da dedução dos Juros sobre
Capital Próprio (JCP) do Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Ao enviar a proposta
ao Congresso, a equipe econômica havia informado que o benefício fiscal se
mostrou ineficaz para capitalizar empresas e estimular investimentos . Os
dividendos são a parcela dos lucros que as empresas distribuem aos
acionistas. Até hoje, tanto o texto original como o parecer
preliminar de Sabino previam que apenas dividendos inferiores a R$ 20 mil por
mês continuariam isentos. Com a decisão de hoje, pequenas empresas que
fazem parte do Simples e eventualmente distribuam mais de R$ 20 mil em
dividendos por mês continuarão isentas. A medida também beneficiará
profissionais autônomos, como médicos e advogados, que recebem como pessoa
jurídica.
Consumo é tudo
A inflação, as contas públicas e a taxa de câmbio
são indicadores muito importantes e fazem parte do tripé macroeconômico, que é
a base para avaliar a maneira como o governo está conduzindo a sua política
monetária, fiscal e cambial. No entanto, a variável macroeconômica mais importante
de todas é o consumo, de acordo com o economista Otto Nagami. “Investimentos e
política também dependem do consumo”, afirma. Ele recorda que em 2009, os
Estados Unidos enfrentaram uma recessão profunda porque a população americana
deixou de consumir. Da mesma forma, há quase uma década, a Europa e o Japão não
registram crescimento porque europeus e japoneses reduziram o consumo. O
continente africano sempre esteve à margem da economia mundial justamente por
ser uma sociedade que não consome, explica o economista. “No Brasil, tivemos
uma performance de PIB muito tímida nos últimos anos porque o brasileiro também
não está consumindo, resultado do nível de endividamento das famílias.
Portanto, o consumo é a variável que mais atrai atenção de qualquer governante
para não comprometer a performance do PIB”, afirma.
MEI - Saiba como evitar golpe e fraudes que fazem
contra você
O MEI ultrapassou a marca dos 10 milhões e sua
criação teve como objetivo diminuir o número de empresas na informalidade. Mas
estes novos empresários precisam estar atentos aos golpes que estão sendo
aplicados contra eles. Empresas na internet usando quase o mesmo nome do site
oficial do governo, oferecem exatamente os mesmos serviços cobrando taxas
de R$198,00 até R$349,00 reais por um serviço colocado à
disposição pelo governo. Tem ainda o golpe do boleto de cobrança que chega pelo
correio, que ainda enganam muitos empreendedores. Saibam que o MEI tem um único
pagamento a fazer que é o do DAS mensal, emitido exclusivamente pela Receita
Federal. Além disso o MEI não é obrigado a se filiar a nenhuma
instituição ou pagar boletos enviados pelos Correios ou por links de seu
celular, por instituições, associações e/ou sindicatos. Outra situação que
"armam" para o empreendedor são as mensagens enviadas por e-mail em
nome da Receita Federal informando irregularidades nas declarações de
renda, mas a Receita Federal avisa publicamente que não envia mensagens por
e-mail e nem autoriza terceiros a fazê-lo em seu nome. Esses e-mails visam obter,
informações bancarias do contribuinte. Agora a mais nova ação colocadas
na praça para enganar os pequenos empresários que são empresas de
registro de marcas e patentes que entram em contato via WhatsApp ou até
diretamente por telefone e informam que o registro de seu nome de
fantasia está em risco pois outra empresa está neste momento
"roubando" a marca da sua empresa, e rapidamente enviam o
boleto de cobrança, uma procuração e um contrato assinado com todos os dados do
MEI com valores que chegam a R$3.000,00 reais em suaves
prestações. O que resta ao MEI nestas situações é ficar alerta, e sempre
procurar a polícia, fazer a ocorrência, ou procurar o Simpi que deixa
assessoria jurídica a disposição para esses casos.
Eleição do Simpi Nacional é
realizada
Mais uma eleição do Simpi Nacional foi realizada, e
Leonardo Sobral, atual presidente do Simpi RO, foi reconduzido ao cargo de 1º
vice-presidente da entidade nacional, e apoia todo o planejamento
para os próximos 3 anos partindo da Central de Legislação, implantação
física de representação na capital Federal e a participação efetiva das
entidades regionais nas políticas regionais em apoios aos representantes
em seus estados. “A associação Nacional tem um bom currículo e uma bela
história, pois foi responsável pela criação do 1º Simples, criação do Exporta
Simples Brasil, pela criação das frentes parlamentares Nacional e
Estaduais e a criação do dia 05 de outubro como o dia da Pequena
empresa, é uma honra ter tal cargo”, diz Leonardo. O cargo é para
permanecer nos próximos três anos, e foram votados respectivamente: Joseph
Couri – Simpi SP– Presidente – Leonardo H C Sobral Simpi RO 1º Vice -
presidente – Wolney Queiroz Filho Simpi PE 2º vice-presidente - Sergio Luiz
Janikian Simpi SP – Diretor – Sony Xerfan Mafhuz Simpi SP – Diretor - Carlos
Magno Martins Simpi PA – Diretor – Gustavo Barros Abage – Simpi PA – Diretor -
Jose Leodoro Rodrigues Simpi RS – Diretor – Joao Carlos Laino Simpi MT -
Diretor
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