Quarta-feira, 13 de março de 2024 - 11h41
A Pejotização diante do STF - Piraci Oliveira, advogado, consultor da
ASSIMPI, observa atentamente a decisão iminente dos 11 ministros do Supremo
Tribunal Federal -STF em relação à pejotização, um tema de grande relevância
nas esferas tributária, trabalhista e previdenciária. O ponto central dessa
questão remonta ao enunciado 331, quando o Tribunal Superior do Trabalho
estabeleceu a ilegalidade da terceirização na atividade fim da empresa,
proibindo, por exemplo, que uma metalúrgica terceirizasse funções essenciais,
como a contratação de um engenheiro ou parte de sua estrutura industrial. Após esse marco, a Receita Federal lançou uma
significativa campanha contra a pejotização. Mesmo com a reforma trabalhista de
2017, que possibilitou a Pejotização e terceirização, persistia um entendimento
predominante na Justiça do Trabalho de que essa prática era considerada ilegal
e irregular.
O desfecho dessa discussão será estabelecido nas próximas semanas.
Assista: https://youtu.be/2J-wo3oZFZA
Boas
novas para empresas de bronzeamento, sobrancelhas, micropigmentação e depilação
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (12),
o projeto que cria classificações específicas para os serviços de bronzeamento
natural e artificial e de design de sobrancelhas, cílios, micro pigmentação e
depilação. Isso deverá facilitar a inscrição dos profissionais que atuam nessas
áreas como microempreendedores individuais (MEI). O projeto da Câmara (PLP
49/2022) recebeu voto favorável da relatora, a senadora Damares Alves
(Republicanos-DF), e agora segue para análise do Plenário do Senado. De acordo
com o projeto, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE),
utilizada na hora de abrir uma empresa, passará a conter o código 9602-5/03
para serviços de bronzeamento natural e artificial e o código 9602-5/04 para
serviços de design de sobrancelhas, cílios, micro pigmentação e depilação. O
projeto também deixa expresso na lei que tais serviços podem ser prestados por
microempreendedores individuais.
Atualmente, há cerca de 120 mil profissionais desses serviços no Brasil
e, com a proposição, a tendência é aumentar, haja vista a maior facilidade que
terão para se identificarem enquanto MEI e, consequentemente, formalizarem seu
negócio — afirmou a relatora.
Racha
na categoria: associações são contra, já os sindicatos adoraram a lei do Lula
Contrária à proposta do governo, a Associação dos
Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amaps), associação paulista com mais de
23 mil associados, defende projeto de lei alternativo apresentado por um
parlamentar da bancada ruralista de Goiás, o deputado Daniel Agrobom (PL). O presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza,
argumenta que o projeto do governo acaba com a autonomia dos motoristas. “A
nossa classe é repleta de trabalhadores autônomos, trabalhadores que fogem
tanto da CLT quanto de sindicatos”, argumentou, Conhecido como Duda, o
presidente da Amasp sugere que a proposta busca apenas “a arrecadação do
governo e jogar a classe dos motoristas no colo dos sindicatos”. Uma das
principais críticas da Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo é
em relação a previsão da remuneração ser feita por hora trabalhada, e não por
quilômetro rodado e por minuto. “O pagamento por hora não leva em conta as
variações de demanda. Os ganhos precisam levar em conta o quilômetro rodado e o
tempo, o trânsito, a distância e o tempo de espera, que são fatores que
influenciam diretamente na renda dos trabalhadores”, informou. Eduardo Lima de
Souza, defendeu que o trabalhador continuasse contribuindo como MEI. “O governo
tirou a autonomia do motorista de escolher qual modelo de contribuição ele quer
fazer. Sendo que o MEI por ter um CNPJ para quem contribui, favorece o
motorista. O motorista consegue comprar carros com desconto através do CNPJ,
consegue abrir um crediário junto aos postos de gasolina”, argumenta.
Análise
econômica do crescimento do PIB em 2023
Na análise econômica conduzida por Roberto Luis Troster e
Otto Nogami, destaca-se o crescimento surpreendente do PIB em 2023, que superou
as projeções iniciais de 0,8%, atingindo notáveis 2,9%, totalizando R$10,9
trilhões.
Roberto Troster, economista, atribui esse desempenho
notável à influência significativa da agricultura, impulsionada pelos preços
das commodities, uma safra produtiva e condições climáticas favoráveis. O setor
de indústria extrativo mineral também desempenhou um papel importante,
registrando um aumento notável de 8,6%. A soma desses dois setores contribuiu
expressivamente, representando 45% da evolução do PIB. O setor de indústria extrativo mineral também
desempenhou um papel importante, registrando um aumento notável de 8,6%. A soma
desses dois setores contribuiu expressivamente, representando 45% da evolução
do PIB.
O consumo, por sua vez, experimentou um aumento de
3,1%.Troster destaca a resiliência do consumo, atribuindo esse fenômeno ao
número crescente de ocupados, que ultrapassou os 100 milhões, e ao aumento de
beneficiários do Bolsa Família. No entanto, o economista expressa sua
preocupação em relação à indústria de transformação, que enfrentou uma queda.
Ele atribui essa situação lamentável a uma política
industrial desatualizada, créditos com juros elevados e a volatilidade cambial.
Assista: https://youtu.be/-FVS4zRkzV0
Desafios
na indústria e preocupações inflacionárias
Otto Nogami, também economista, compartilha a insatisfação
com a queda de -1,3% na indústria de transformação, evidenciando um padrão
persistente desde 2014.Ele aponta a ausência de investimentos no setor
produtivo como a principal causa desse declínio.
Destaca a importância dos investimentos para sustentar a
produção, alertando que a falta de aportes adequados compromete a oferta de
bens e serviços, podendo desencadear um processo inflacionário e,
consequentemente, elevando as taxas de juros.
Assista: https://youtu.be/kSaTmw55Pvc
Simpi/Datafolha:
Região Norte e Centro-Oeste tem as empresas com o menor taxa de endividamento
Uma a cada quatro micro ou pequena indústria tem dívidas
com impostos, taxas ou tributos junto à Receita Federal, segundo pesquisa
realizada pelo Datafolha, referente aos meses de dezembro de 2023 e janeiro de
2024. Os dados revelam insights importantes sobre a realidade enfrentada pelas
empresas do segmento, especialmente no que diz respeito à adesão ao Simples,
endividamento tributário e percepções sobre políticas governamentais e acesso a
crédito. Adesão ao Simples e Endividamento Tributário: A pesquisa revela que
uma parcela significativa das empresas do segmento, cerca de 81%, são optantes
pelo Simples, um regime tributário simplificado. Esse número reflete uma adesão
expressiva, com 84% das micro indústrias e 64% das pequenas indústrias optando
por essa modalidade. No entanto, a região Centro-Oeste/Norte se destaca como a
de menor adesão, com 69%. Em relação ao endividamento tributário, 25% das
empresas pesquisadas afirmam ter dívidas com impostos, taxas ou tributos junto
à Receita Federal. Dentre essas, 24% são micro indústrias e 34% são pequenas. A
região Nordeste apresenta o maior índice de endividamento, com 42%, enquanto a
região Centro-Oeste/Norte possui o menor, com 20%.
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