Terça-feira, 11 de março de 2025 - 18h45
Empresários
brasileiros podem enfrentar uma nova barreira financeira: o governo federal
estuda a possibilidade de bloquear chaves PIX de contribuintes que possuam
pendências fiscais. A medida, que envolve a Presidência da República, o
Ministério da Fazenda e a Receita Federal, tem gerado preocupação no setor
empresarial. Na prática, isso significa que quem estiver com o Documento de
Arrecadação do Simples Nacional (DAS) atrasado, não tiver realizado a declaração
do Microempreendedor Individual (MEI), esquecer de regularizar o Simples
Nacional ou até mesmo a declaração do Imposto de Renda, pode ter sua chave PIX
bloqueada, dificultando transações financeiras e impactando diretamente as
vendas e o fluxo de caixa dos negócios. Essa não é a primeira vez que o PIX se
torna alvo de propostas governamentais para fiscalização tributária. Em uma
tentativa anterior, foi cogitada a cobrança de impostos sobre movimentações
acima de R$ 3 mil, mas a forte reação da sociedade fez com que a ideia fosse
descartada. Agora, a possível medida reacende o debate sobre até que ponto o
governo pode interferir nas operações financeiras dos cidadãos e empresas. Para
muitos empresários, o bloqueio da chave PIX representa um risco à liberdade
econômica e ao funcionamento de pequenos negócios. A discussão ainda está em
andamento, e a mobilização popular pode novamente influenciar a decisão final.
Empresários e especialistas recomendam que os contribuintes fiquem atentos às
movimentações do governo e participem do debate.
O que
você acha dessa proposta? Deixe sua opinião nos comentários!
Assista:
https://youtu.be/xhMbwmTe4IE
Os desafios do Microempreendedor Individual e a
necessidade de ajustes no limite de faturamento
No
contexto do Microempreendedor Individual (MEI), tem se levantado a questão
sobre um possível aumento na alíquota da contribuição mensal. Marcos Tavares
Leite, advogado, afirma que na realidade, a alíquota permanece inalterada, mas
o valor efetivo pago pelo microempreendedor individual, conhecido como
desencaixe, tem aumentado significativamente, cerca de 65% nos últimos anos. É
importante ressaltar que, desde 2018, o limite de faturamento para
enquadramento no MEI segue o mesmo, fixado em R$ 81 mil. Apesar de o limite de
faturamento não ter sido alterado, o aumento no valor do desencaixe tem gerado
dificuldades para muitos MEIs, o que, por sua vez, pode levar alguns a retornar
à informalidade. Esse fenômeno foi observado em 2024, quando dados mostraram um
aumento de 12% no número de trabalhadores informais. Mesmo assim, se somarmos o
número de optantes pelo MEI com os trabalhadores autônomos informais, é
evidente que o Brasil ainda conta com um grande número de pessoas trabalhando
por conta própria, tanto de forma formal quanto informal, superando o número de
trabalhadores com carteira assinada. Dessa forma, é crucial que os governos, em
todos os níveis, ofereçam atenção especial a esse segmento, que inclui não
apenas os microempreendedores individuais, mas também aqueles que, embora
informais, atuam de maneira autônoma. Vale destacar que o MEI também pode
contratar um empregado, e existem projetos que buscam autorizar a contratação
de até dois funcionários. O microempreendedor individual é um contribuinte
importante para a economia, gerando movimento econômico e oportunidades de
emprego. No entanto, é essencial simplificar a atividade do MEI, revisar o
limite de faturamento e garantir que o número de empreendedores formais
continue a crescer, evitando que muitos optem pela informalidade. O trabalho
informal não oferece a segurança necessária para o trabalhador e também
prejudica a arrecadação de contribuições pelos órgãos públicos. Existem
projetos em andamento que visam ajustar os limites de faturamento do MEI, o que
pode ajudar a manter esses empreendedores na formalidade de maneira mais viável
e sustentável. Desde 2018, o limite de faturamento do MEI não foi revisto, e o
aumento de 65% no valor das contribuições pode continuar a empurrar alguns
empreendedores para a informalidade. O SIMPI tem se dedicado a monitorar essa
situação e a trabalhar para ajustar os limites de faturamento e garantir que o
MEI permaneça uma opção viável e formal para os empreendedores individuais.
Assista:
https://youtu.be/FoPvZZ42ZVY
Os desafios da exclusão do Simples Nacional e as
estratégias para recuperar os benefícios tributários
Um
desafio comum enfrentado por muitas pequenas indústrias é a exclusão do Simples
Nacional. Essa exclusão nem sempre está relacionada ao faturamento anual
superior a R$ 4,8 milhões, mas pode ocorrer por motivos que poderiam ser
evitados, como pendências tributárias ou o descumprimento de obrigações
formais. O Professor do Mackenzie, Edmundo Medeiros explica que quando isso
acontece, a empresa é obrigada a migrar para um regime tributário mais
complexo, o lucro presumido, o que traz consigo novos desafios significativos.
Um dos principais impactos dessa mudança é o aumento da carga tributária,
especialmente no que se refere ao IRPJ e à contribuição social sobre o lucro
líquido (CSLL). No regime do lucro presumido, o IRPJ é calculado com base em
uma presunção de lucro de 8% sobre a receita bruta, sendo tributado à alíquota
de 15%, com um adicional de 10% para valores superiores a R$ 20 mil mensais. A
CSLL, por sua vez, presume um lucro de 12%, com tributação à alíquota fixa de
9%. Além disso, o impacto no recolhimento do PIS e da COFINS também é
significativo. No lucro presumido, essas contribuições são pagas separadamente,
com uma alíquota conjunta de 3,65% sobre o faturamento bruto. A mudança também
afeta os custos com a folha salarial, já que a contribuição do INSS deixa de
ser simplificada e passa a ser cobrada com alíquota de 20% sobre a folha,
acrescida das contribuições destinadas ao Sistema S, como Senai, SESI e SEBRAE,
que podem chegar a 5,8%. Outro ponto de atenção são os tributos específicos
para a indústria, como o IPI e o ICMS. O IPI deve ser recolhido
individualmente, com alíquotas variáveis para cada produto fabricado. Já o ICMS
apresenta alíquota padrão de 18% nas operações internas em São Paulo, podendo
variar em operações interestaduais, dependendo do estado destinatário das
mercadorias, com alíquotas entre 4%, 7% e 12%, além do diferencial de alíquota
(DIFAL) ou de FAO. Diante desse cenário desafiador, recomenda-se que a empresa
adote medidas corretivas durante o ano de 2025, com o objetivo de se preparar
para solicitar novamente o enquadramento no Simples Nacional em 2026. O
primeiro passo é identificar as causas da exclusão, que podem estar
relacionadas a pendências fiscais ou falhas no cumprimento das obrigações
formais. Caso existam débitos fiscais, é fundamental regularizá-los durante o
ano de 2025, utilizando os programas de parcelamento oferecidos pela Receita
Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional. O portal Regularize pode
oferecer condições especiais, como a redução de multas e juros, além de prazos
mais longos para regularização. Caso a exclusão tenha ocorrido devido a atrasos
ou erros nas declarações fiscais, é essencial corrigir imediatamente essas
informações perante o Fisco e implementar rotinas internas que garantam o cumprimento
contínuo das obrigações fiscais. Ao seguir esses passos, a Para mais detalhes,
acesse o canal do YouTube do SIMPI: www.youtube.com/c/simpisp. empresa estará
pronta para retornar ao Simples Nacional em 2026, recuperando os benefícios que
ajudam a reduzir a carga tributária e simplificar a gestão fiscal. É sempre
recomendável contar com o suporte de profissionais especializados para garantir
a segurança e a eficiência na gestão tributária da empresa.
Assista:
https://youtu.be/IICmaJ5njv0
As mudanças na tributação do imposto de renda e os
impactos para sócios de empresas
A
recente reforma tributária, que introduziu o modelo de IVA dual, trouxe
mudanças significativas para os tributos sobre o consumo no Brasil. Esse
sistema prevê a criação de dois tipos de impostos sobre o valor agregado: um
para a União e outro para os estados e municípios, impactando diretamente os
preços de produtos e serviços que a população consome diariamente. No entanto,
muitas vezes, o consumidor não tem noção exata da carga tributária embutida nos
preços, o que, segundo a reforma, deverá ser mais transparente no futuro. O
advogado tributarista, Mario Franco afirma que além dessa reforma, o governo
também propôs uma nova mini reforma no Imposto de Renda, um tributo que todos
sentem de maneira mais direta, seja nas retenções de salários, seja no momento
da declaração anual, quando se efetivamente paga o imposto devido. A principal
proposta dessa mudança é isentar do Imposto de Renda todas as pessoas que
ganham até 5 mil reais, o que, no entanto, acarretaria um custo de 36 bilhões
de reais para o governo, que precisaria buscar alternativas para cobrir essa
despesa. O governo pretende buscar essa receita adicional por meio da
tributação do Imposto de Renda sobre aqueles que possuem maior capacidade
contributiva, como os sócios de empresas que recebem dividendos. A discussão
sobre a tributação do trabalho versus a tributação do capital tem sido um tema
recorrente. Hoje, o trabalho, como mão de obra, é tributado de forma mais
intensa, enquanto o capital, na forma de dividendos, não é tributado na
distribuição. Os dividendos são tributados apenas dentro da empresa, mas isso
deve mudar com um novo projeto de lei que será enviado ao Congresso Nacional.
Essa proposta visa estabelecer um equilíbrio na tributação, de forma que parte
do imposto seja cobrada tanto na empresa quanto na distribuição de dividendos.
Além disso, o projeto também prevê uma possível isenção para dividendos que
sejam reinvestidos na empresa, uma medida que pode alterar substancialmente o
panorama tributário, especialmente para investidores e sócios de empresas. Com
isso, espera-se que a reforma traga um novo equilíbrio entre a tributação do
trabalho e do capital, ajustando a carga tributária de forma
Assista:
https://youtu.be/UizF3-wJWNA
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