Quarta-feira, 30 de junho de 2021 - 11h33
O valor de R$ 7 bilhões é o total destinado pelo
Banco da Amazônia (Basa) para o agronegócio da região amazônica para o Plano
Safra 2021/2022. Este montante foi anunciado durante evento on-line ao vivo,
realizado nesta terça-feira, 29. Para o mini, pequeno e agricultor familiar,
serão destinados R$ 4 bilhões.
O lançamento do novo Plano Safra foi realizado pelo
presidente do Basa, Valdecir Tose e pelo diretor comercial, Francimar Maciel.
Houve a participação do diretor de Crédito e Informação da Secretaria de
Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Wilson Araújo, do vice presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço Junior, e do coordenador de Crédito
Rural do Instituto Conexões Sustentáveis – Conexsus, João Luiz Guadagnin.
O presidente Valdecir Tose anunciou os recordes nos
números macros no plano Safra no ciclo 2020/2021, mesmo com todo o
processo de pandemia. De acordo com os dados apresentados, na região amazônica,
o Basa bateu recorde de valores contratados ano passado, que foram R$ 6,5
bilhões. A meta era de R$ 5 bilhões, portanto, houve uma superação de 31% da
meta. Em relação ao plano de 2019/2020, quando foi contratado R$ 4,34 bilhões,
houve um crescimento no valor aplicado de 50,9%. Nos últimos cinco anos, o
Banco já aplicou R$ 19,7 bilhões no agronegócio regional.
Além de crescer na aplicação do crédito, segundo
Valdecir Tose, o Banco espera fomentar o agronegócio sustentável. “O nosso objetivo
estimular um agronegócio que visa integrar a parte tecnológica, social e
ambiental em um formato em que o desempenho do produtor rural se desenvolva e
cresça de forma a conciliar todos estes benefícios”, afirmou.
“Tanto a pecuária quanto a agricultura cresceram de
forma semelhante, em torno de 51%”, apresentou. A região vem crescendo na parte
agrícola, mas a pecuária demanda muito crédito na Amazônia como um todo.
“Aplicamos muito em recuperação de pastagens, isso traz um benefício ambiental
muito significativo, estimulamos o produtor a fazer integração, lavoura
pecuária e reflorestamento, preservando o ambiente. O BASA tem uma análise
socioambiental desde a agricultura familiar até o grande produtor. Não
financiamos área embargadas, produtores que possuem pendencias socioambientais.
O Banco busca atuar dentro da sua política de responsabilidade socioambiental,
direcionando para o agronegócio sustentável.
Na ocasião, Francimar apresentou as novas taxas a
serem praticadas no novo ciclo. No caso para os mais de 15 programas do Pronaf
(Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), os juros
cobrados variam de 3% a 4,5% ao ano. Para as operações de custeio, as taxas
serão pré-fixadas entre 5,62% a 6,29% ao ano. Nas operações
de investimento as taxas variam de 5,53% a 6,22% ao ano. Para as linhas verdes,
que são aquelas voltadas para inovação tecnológica no agro, ampliação,
modernização, reforma e construção de armazéns, recuperação de áreas
degradadas, conservação e proteção ao meio ambiente, o Banco oferece a taxa de
5,17% ao ano. “São taxas muito competitivas e diferenciadas em relação àquelas
praticadas pelos demais bancos”, pondera o diretor Francimar.
Para o diretor de Crédito e Informação da
Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Wilson Araújo, as prioridades serão voltadas para a
agricultura sustentável. “Sempre há como avançar. É a consciência que já tem o
produtor rural de caminhar nesta direção. É um caminho sem volta a questão da
sustentabilidade. Não só pelo bem estar, mas pelas exigências que nos são
impostas por aqueles nos financiam”, comentou.
O vice presidente da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil, Muni Lourenço Junior, destacou positivamente a elevação de
recursos para questões fundamentais como o fomento às inovações tecnológicas.
“A produção de alimentos no Brasil e a agropecuária vêm tendo um desempenho
crescente com a incorporação de novas tecnologias e aumento de produtividade.
Esse aumento significativo de recursos para a inovação tecnológica é muito
bem-vindo no Plano Safra do Basa”, ressaltou. “A sinalização clara de aumento
de recursos para as linhas de crédito voltadas para a conciliação da produção
agropecuária com a questão da sustentabilidade ambiental é importante para o
crescimento da produção”, comentou.
Para o coordenador de Crédito Rural do Instituto
Conexões Sustentáveis – Conexsus, João Luiz Guadagnin, destacou o esforço que o
Banco faz para dialogar com os parceiros do desenvolvimento da região. “O
banco, entre todos os que atuam na Amazônia, é o que mais dialoga,
especialmente para os movimentos sociais, principalmente na representação dos
extrativistas, pescadores, agricultores familiares, comunidades tradicionais e
as organizações não-governamentais”, afirmou destacando a parceria do BASA com
quem quer fazer desenvolvimento sustentável.
A live completa está disponível no canal do Youtube
do Banco da Amazônia e no site da instituição – www.bancoamazonia.com.br.
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