Sexta-feira, 7 de julho de 2023 - 16h26
A Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC) considera que houve grandes avanços no texto da
reforma tributária aprovado pela Câmara dos Deputados em segundo turno na
madrugada desta sexta-feira (7 de julho), um momento histórico esperado há
décadas. “Haverá uma realidade fiscal mais transparente, mais clara e com maior
segurança jurídica, o que vai afetar de forma positiva toda a economia. Estamos
trazendo ao Brasil perspectivas que mundialmente deram certo para melhorar o
ambiente de negócios e alavancar o desenvolvimento do País”, diz o presidente
da CNC, José Roberto Tadros.
Desde o início das atividades do Grupo de
Trabalho, formado na Câmara dos Deputados para discutir a pauta, a Confederação
participou ativamente dos debates e audiências públicas, além de realizar
estudos próprios sobre o tema. Isso culminou no atendimento de importantes
demandas do setor terciário.
O principal ponto de melhoria é a garantia,
pela Constituição Federal, da não cumulatividade plena: o texto deixa explícito
que o imposto único “será não cumulativo, compensando-se o imposto devido pelo
contribuinte com o montante cobrado sobre todas as operações nas quais seja
adquirente de bem, material ou imaterial, ou serviço, excetuadas exclusivamente
as consideradas de uso ou consumo pessoal, nos termos da lei complementar, e as
hipóteses previstas nesta Constituição”. O princípio da não cumulatividade
evita a incidência de impostos em cascata e consequente oneração do
contribuinte final.
Alíquotas diferenciadas
para vários segmentos dos serviços
Outro ponto defendido pela CNC e que passou a
constar no texto aprovado pelos deputados é a garantia de regime tributário
favorecido aos bens produzidos nas Áreas de Livre Comércio, a exemplo do que
ocorre com a Zona Franca de Manaus. Em relação ao Simples Nacional, a reforma
tributária aprovada prevê, acatando pleito do setor terciário, que as empresas
inscritas nesse regime fiscal também gerem créditos, mantendo a competitividade
de micro e pequenas empresas perante as de médio e grande portes.
Além disso, a CNC analisa como muito positivo o
tratamento diferenciado disposto no texto para serviços de hotelaria, parques
de diversão e parques temáticos, bares, restaurantes, aviação regional e
operações com bens imóveis. Outro importante destaque é a redução de 60%,
podendo chegar a 100%, das alíquotas de imposto para serviços de educação,
serviços de saúde, dispositivos médicos, alguns medicamentos (outros terão
alíquota zero), transporte público coletivo (podendo chegar à isenção),
produtos agropecuários in natura, produtos da cesta básica (insumos
agropecuários, alimentos e produtos de higiene), atividades desportivas,
artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais, dispositivos
médicos e de acessibilidade para pessoas com deficiência e medicamentos e
produtos de cuidados básicos à saúde menstrual.
“A reforma tributária é essencial ao
desenvolvimento econômico do País, e a CNC entende que ela atende ao antigo
anseio das empresas e da população”, analisa o presidente José Roberto Tadros.
No entanto, o trabalho continua. “Estaremos empenhados no Senado, assim como
estivemos na Câmara dos Deputados, para fazer frente aos desafios que ainda
persistem para o setor de serviços”, conclui Tadros.
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