Terça-feira, 13 de julho de 2021 - 23h27
Ex-governador
Marcio França no Simpi
“É
preciso criatividade para retomar a economia no Brasil. Aumentar impostos não é
a solução”, afirma...
A
reforma tributária é importante, mas deveria ter sido no início do governo,
avalia o ex-governador do Estado de São Paulo, Marcio França, em entrevista
exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”. “Agora, os deputados
estão envolvidos com o pleito de 2022, concentrados em mudanças na legislação
eleitoral”, afirma. Além disso, para ele, a proposta deveria ser refeita, ficar
mais justa e racional. “Há erros de avaliação. É preciso criatividade. Por
exemplo, isentar ICMS, IPTU e ISS dos pequenos empresários que fecharam e não
têm condição de reabrir, ou suspender por um período o pagamento de energia
elétrica destas empresas. Somente aumentar imposto não é a solução. Os
empresários precisam de ajuda e o Estado deveria fazer a sua parte. As pessoas
querem empreender” afirma.
França
acredita que, com o avanço da imunização, a economia no Brasil deve crescer
cinco ou seis pontos a partir do ano que vem, então teremos uma retomada.
“Somos um país com vocação e tradição agrícola, mas falta planejamento para
abranger a cadeia completa de produção, desde o plantio até a entrega do
produto industrializado. Com isso, manter os empregos dentro do país. Temos em
São Paulo um grande investimento em pesquisa e tecnologia. Deveríamos estar
sempre na vanguarda”, finaliza.
78%
DOS MICROEMPREENDEDORES BRASILEIROS NÃO POSSUEM SITE PRÓPRIO
Segundo
uma pesquisa do UOL, divulgada nesta segunda-feira (12), cerca de 78% dos
microempreendedores brasileiros não possuem site próprio. Falamos aqui de algo
em torno de 11 milhões de empresas. Além disso, de acordo com relatório
da NeoTrust, de janeiro a março de 2021, o e-commerce no Brasil registrou R$
35,2 bilhões em vendas e é preferência entre 74% dos consumidores, como apontam
dados da NZN Intelligence. Detectando o problema o Simpi criou o programa
de inclusão digital “ Com a Cara na Net”, que dá ao empresário uma ferramenta
de marketing ágil e com custos baixos com domínio próprio da empresa,
hospedagem, site pronto, pagina facebook interagindo com twitter e
Instagram, pois oferece possibilidade do próprio empresário alterar e colocar
novos produtos em suas páginas das mídias sociais, podendo oferecer e preparar
campanhas publicitarias para seus produtos inclusive promoções, para que para
possa concorrer em igual condições com empresas do mesmo segmento, independente
do porte. Proximamente o Simpi irá inaugurar a terceira fase do
programa que é a de treinamentos e cursos sobre como utilizar as
mídias para a sua empresa, que consiste em treinamento para desmistificar as
redes sociais, como Instagram, Facebook e Twitter. Além de oferecer ferramentas
gratuitas para edição de imagens, vídeos e mídias sociais. Se quiser saber mais
de como colocar sua empresa nas mídias sociais para vender mais e melhor
procure o Simpi de seu estado.
Quais
distorções quer alterar no Simples Sr. secretário?
O
governo federal através do Ministério da Economia, planeja reduzir de 20% para
15% a alíquota do IR para pessoas jurídicas até 2023. Contudo, a equipe da
economia avalia uma diminuição de 10% já para o próximo ano (2022). As mudanças
para empresas do Simples e MEI seriam feitas em seguida. Mas de acordo com o
Secretário da Receita Federal, José Tostes Neto, os tributos serão revisados
para ambas as categorias. O secretário acredita que os regimes tiveram uma
ampliação indevida durante o tempo, o que agora precisa mudar. E complementou:
“Na medida em que a gente faz a revisão e reduz, como está sendo feito
substancialmente a alíquota do regime normal (de tributação), entendemos que o
passo seguinte seria fazer a revisão das distorções existentes no MEI e
Simples”, avaliou. A Receita Federal e a equipe da economia do governo estão
buscando soluções para cortar benefícios fiscais. O plano é extinguir R$ 20
bilhões em subsídios, o que demandaria o fim de R$ 40 bilhões em benefícios
fiscais para setores ou empresas. Também está em discussão a isenção mensal de
R$ 20 mil para dividendos de micro e pequenas empresas, medida que tem gerado
polêmica.
MP
visa melhorar ambiente de negócios
Aprovada
no Congresso e remetida ao Senado para avaliação, a Medida Provisória 1040/2021
deve seguir em breve para sansão presidencial. De acordo com o advogado Piraci
Oliveira, o objetivo é tirar o Brasil da 124ª posição dentre 190 países e
torna-lo uma das 50 mais eficientes economias do mundo. “Se aprovada, a
abertura de empresa será possível em um dia, apenas com a inscrição no CNPJ e
emissão automática de alvará de funcionamento para negócios com baixo risco”,
explica. Entre as novidades: fim da distinção entre sociedade simples e
limitada; as procurações não precisarão de firma reconhecida; e fim do
arquivo físico na Junta Comercial, será tudo digital. Assista: https://youtu.be/O-
De
olho nas taxas de juros
Enquanto
a economia mundial cresce, o Brasil segue beneficiado por ser um grande
exportador, avalia o economista chefe do Banco BV, Roberto Padovani. “Apesar do
aumento das taxas de juros pelo Banco Central, os juros reais permanecem em
patamares baixos e o avanço da vacinação tem provocado reposta positiva do
mercado”, explica. No entanto, segundo ele, o processo de retomada mundial é
acompanhado pela alta da inflação. “Para o Brasil, o principal desafio é a taxa
de juros nos Estados Unidos, que pressiona o dólar e aumenta o risco dos
mercados emergentes. Para 2022, teremos debates econômicos acalorados,
provocando turbulência nos próximos meses”, afirma.
Reforma
tributária
A
segunda fase da proposta para reforma tributária foi entregue pelo ministro Paulo
Guedes e diz respeito ao imposto de renda da pessoa jurídica, cujo limite de
isenção passaria ser R$ 20 mil mensais, informa o advogado tributarista Mario
Franco. Entre as novidades, estão a tributação de lucros e dividendos; a
eliminação da dedução dos juros sobre capital próprio; e a criação de normas,
como por exemplo, se um dos sócios contrair empréstimo da própria empresa e,
existindo lucro nesta empresa, será considerado distribuição de lucro, com
tributação em 20%. Na avaliação de Franco, “é preciso movimentação política
forte no Congresso até dezembro para reduzir o peso da carga tributária
proposta neste projeto”.
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