Segunda-feira, 16 de janeiro de 2023 - 15h26
O vice-presidente da República e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse hoje
(16) que a reforma tributária é uma questão central para o Brasil e deve ser
realizada ainda no primeiro ano do novo governo.
"A reforma tributária é central. Ela pode
fazer o PIB [Produto Interno Bruto] crescer, ela pode trazer eficiência
econômica, simplificando a questão tributária e entendo o que é essencial,
inclusive para a indústria”, disse ele, que esteve hoje (16) na sede da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista,
onde participou de uma reunião com a diretoria da instituição.
Alckmin também disse que o governo pretende acabar
com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), imposto federal que incide
sobre produtos nacionais e importados que passaram por algum processo de
industrialização (beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou
restauração).
Desde julho do ano passado, um decreto garantiu a
redução de 35% na alíquota do IPI sobre os itens fabricados no Brasil. O
governo Lula decidiu manter essa redução por enquanto, mas a meta é acabar com
o tributo.
“A próxima meta é acabar com o IPI, e para acabar
com o IPI é a reforma tributária. Tudo o que é PEC [Proposta de Emenda à
Constituição], que demanda mudança constitucional, três quintos [dos votos],
duas votações, tem que ser rápido. Tem que fazer no primeiro ano, aproveitar o
embalo, a legitimidade do processo eleitoral, e avançar o máximo”, disse
Alckmin.
Durante a reunião, o vice-presidente também pediu
apoio dos empresários para desburocratizar a economia. “Peço a vocês que nos
mandem todas as propostas para desburocratizar”, falou ele.
Antes da fala de Alckmin, o presidente da Fiesp,
Josué Gomes, reclamou da alta carga tributária do país e falou sobre a
necessidade de se reindustrializar o Brasil.
“Se reindustrializarmos o Brasil, promoveremos o
crescimento econômico a taxas elevadas que o Brasil precisa para resolver,
inclusive e principalmente, os problemas sociais que são tão graves”, disse
ele.
O presidente da Fiesp comentou a necessidade de se
discutir e aperfeiçoar a reforma trabalhista, desde que “não tenhamos
retrocessos”.
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