Quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024 - 08h30
A entrega do texto da Nova Indústria Brasil pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Industrial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva
representa um passo significativo em direção ao desenvolvimento econômico. As
metas estabelecidas até 2033 destacam o compromisso de promover empregos de
qualidade, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, além de
fortalecer a competitividade da indústria nacional no cenário global. A
primeira missão da Nova Indústria Brasil destaca a necessidade de criar cadeias
agroindustriais sustentáveis e digitais, visando garantir segurança alimentar,
nutricional e energética. Dentre as metas específicas, destaca-se a proposta de
aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário de 23% para
50%. Da mesma forma, a ampliação da mecanização dos estabelecimentos de
agricultura familiar e a garantia de 95% do mercado de máquinas com produção
nacional evidenciam o compromisso com o setor agrícola. A missão 2, voltada
para a Saúde, é crucial, especialmente em tempos de desafios globais na área. A
proposta de ampliar a participação da produção nacional para 70% demonstra
compromisso para suprir as necessidades da população em medicamentos, insumos
farmacêuticos, equipamentos e dispositivos médicos. A Transformação Digital da
Indústria (missão 4), frente fundamental, pois a digitalização de 90% das
empresas industriais não apenas impulsionará a eficiência, mas também
fortalecerá a competitividade no mercado. As missões 5 e 6, centradas na
bioeconomia, descarbonização e tecnologias críticas para defesa, destacam o
compromisso com a sustentabilidade ambiental e a segurança nacional. A Nova
Indústria Brasil apresenta um plano ambicioso e abrangente para impulsionar o
desenvolvimento do país. Se implementado com eficácia, esse conjunto de metas e
missões pode moldar positivamente o futuro econômico e social do Brasil,
posicionando-o como uma potência industrial globalmente competitiva e
sustentável.
Lula pressionado por
correção do teto de faturamento das pequenas empresas
Após
recessos do Legislativo, o Governo Lula enfrentará fortes pressões em relação
aos tetos de faturamento das empresas optantes do Simples. O Simples Nacional é
um modelo simplificado de tributação destinado a empresas de pequeno porte e
microempresas, incluindo o Microempreendedor Individual (MEI). Essa iniciativa
se concentrará na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde se
debate um projeto que propõe a correção monetária da receita bruta com base no
índice de inflação, como forma de determinar os limites de inclusão. Entidades
representativas do setor e centenas de empresários reclamam que correm o
risco de serem excluídos do Simples Nacional, não pelo aumento do lucro, mas em
decorrência da atualização dos preços diante do impacto inflacionário. Esse
fenômeno alterou o faturamento de seus negócios. É voz corrente de
representantes que afirmam “É inadiável que o governo corrija, pelo menos pela
inflação, o teto do faturamento do MEI e das micro e pequenas empresas.
Milhares delas fecharão as portas”
Como está a economia do
Brasil? – análise de Otto Nogami
O panorama
econômico brasileiro, com base na inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE para o ano de 2023, registrou um
índice de 4,62%. O economista Otto Nogami destaca que esse resultado é
positivo, uma vez que a inflação ficou ligeiramente abaixo do teto máximo da
meta inflacionária, indicando uma perspectiva promissora para 2023. Ao analisar
a composição do IPCA, identificaram-se nove grupos denominados de agregados
homogêneos. O destaque desse conjunto foi o grupo de transporte, que apresentou
uma alta de 7,14% ao ano. Otto Nogami ressalta que esse aumento está associado
à elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional e a
flutuações momentâneas na taxa de câmbio. O setor que mais influenciou o
resultado final da inflação foi alimentação e bebidas. O ano de 2023 foi
marcado por recordes de safra, impactando diretamente os alimentos consumidos
tanto nas residências quanto fora delas. Entretanto, as perspectivas para 2024,
especialmente em relação à alimentação e habitação, levantam preocupações.
Nogami explica que o fenômeno El Niño pode prejudicar a produção agrícola,
comprometendo a oferta de produtos no mercado e resultando em um aumento nos
preços. No que diz respeito à habitação, observou-se um aumento de 5% ao ano. É
relevante considerar que, dentro desse grupo, fatores como condomínio, taxa de aluguel
e uma perspectiva de comportamento mais moderado nos valores dos aluguéis
contribuem para a melhoria do índice de inflação nesse indicador.
Assista: https://youtu.be/SzZsy25PCC8
Último dia para micro e
pequenas empresas aderirem ao Simples
As micro e
pequenas empresas de todo o Brasil têm até esta quarta-feira (31) para optar
pelo Simples Nacional, o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições. Para participar é necessário que o empreendimento esteja regular
com as obrigações previstas em lei, como estar em dia com pagamentos do
programa e ter cumpridas as normas trabalhistas e previdenciárias. A Receita
Federal informou ainda que, até quarta-feira (24), 258.620 de 739.679 processos
de opção foram atendidos, enquanto 481.059 permaneciam pendentes devido a
irregularidades com entidades governamentais. Os contribuintes devem consultar
o Portal do Simples Nacional para informações e resolver pendências. Novas
empresas podem aderir até 30 dias após inscrição municipal ou estadual, com
limite de 60 dias da abertura do CNPJ. Microempreendedores Individuais (MEI)
que desejam aderir ao Simples Nacional também devem solicitar enquadramento no
Simei, com prazo igual ao de adesão ao programa e cumprimento das obrigações
legais. O Simples Nacional tem como requisito de faturamento anual R$ 4,8
milhões para micro e pequenas empresas, e R$ 81 mil para MEIs. Este regime
especial permite o recolhimento de tributos federais, ICMS estadual, e ISS
municipal em uma única guia, por meio de alíquota única.
MEIs têm até hoje para
regularizar dívidas e voltar ao Simples
Os
microempreendedores individuais (MEIs) que foram excluídos do Simples Nacional
por causa de dívidas com a Receita Federal têm até esta quarta-feira
(31) para regularizar a situação e pedir a volta ao regime. O Simples
Nacional é um regime especial para o pagamento de impostos que reúne
seis tributos federais. Criado em 2006 com o objetivo de simplificar a
cobrança, ele tem uma carga tributária reduzida e é voltado para
pequenas empresas. A partir do dia 1º de janeiro, os MEIs que tinham dívidas
foram automaticamente excluídos do Simples Nacional e desenquadrados do Sistema
de Recolhimento do MEI (Simei). Ao longo deste mês, eles podiam pedir para
voltar ao regime simplificado de tributação. Para isso, é necessário quitar
todas as dívidas e fazer dois pedidos de retorno, uma opção pelo Simples
Nacional e outra pelo SIMEI. O MEI pode consultar quanto deve no Domicílio
Tributário Eletrônico do Simples ou pelo portal do e-CAC . A Receita
Federal pode incluir o CNPJ do MEI com dívidas na lista de devedores da Dívida
Ativa da União. Enquanto isso não acontece, o empreendedor pode parcelar o
débito com as condições disponíveis no portal do Simples Nacional. Após a
inclusão, o parcelamento deve ser solicitado junto à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, pelo Portal Regularize. Em alguns casos, há
possibilidade de descontos de até 50% e pagamento em até 60 parcelas.
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