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Vem aí dólar em alta, desconfiança fiscal e muita pressão externa


Vem aí dólar em alta, desconfiança fiscal e muita pressão externa - Gente de Opinião

A recente alta do dólar frente ao real reacendeu o debate sobre os impactos cambiais na economia brasileira e suas repercussões para o mercado, os consumidores e a política monetária. Em um cenário global ainda marcado por incertezas geopolíticas, oscilação nos juros internacionais e desconfianças fiscais internas, a valorização da moeda norte-americana tem provocado ajustes nas expectativas. Para o professor de economia do Insper, Roberto Dumas, o movimento de valorização do dólar não é algo isolado ou repentino. Ele enxerga a combinação de fatores internos e externos como pano de fundo desse avanço. Entre os principais vetores, destaca o comportamento do Federal Reserve, que tem sinalizado cautela para a redução dos juros nos Estados Unidos, tornando os ativos em dólar mais atrativos e drenando capital de países emergentes. Na avaliação do economista, o ambiente interno também contribui para a pressão cambial. A percepção de risco fiscal mais elevado, associada a dúvidas sobre o comprometimento com metas e âncoras fiscais, acaba ampliando a aversão dos investidores e fortalecendo a moeda americana. Além disso, ele lembra que o câmbio no Brasil é flutuante, o que naturalmente o torna mais sensível a choques e percepções externas. Embora a desvalorização do real possa beneficiar setores exportadores, como o agronegócio e parte da indústria, o professor aponta que há efeitos adversos importantes, especialmente sobre a inflação. Produtos importados ficam mais caros, e isso pode pressionar o IPCA, obrigando o Banco Central a rever sua estratégia de queda de juros. Nesse sentido, ele reforça que a política monetária precisa levar em conta não apenas a trajetória da inflação corrente, mas também as expectativas futuras, que podem se deteriorar com um câmbio persistentemente elevado. A trajetória do dólar continuará dependendo do equilíbrio entre o cenário fiscal doméstico e o ambiente externo. Enquanto persistirem as incertezas, tanto aqui quanto lá fora, a volatilidade deve seguir como marca registrada do câmbio brasileiro.

Assista: https://youtu.be/iC_vGANBP40

 

Ótima notícia: temos de volta o seguro de crédito à exportação

A partir deste mês, as micro, pequenas e médias empresas podem se proteger de riscos associados às exportações. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) retomou o seguro de crédito à exportação (SCE) pós-embarque, interrompido em 2019.  O novo seguro está disponível desde o último dia 4 para empresas com exportações anuais de até US$ 3 milhões e faturamento anual de até R$ 300 milhões. No fim do ano passado, a pasta havia lançado o SCE na fase pré-embarque, quando a mercadoria ainda não foi embarcada. “Com essas duas garantias, o governo age nas duas pontas [pré e pós-embarque] para assegurar às empresas maior capacidade para exportar mais e fortalecer sua presença no comércio exterior. Qual é o nosso objetivo? Estimular as micro, pequenas e médias empresas brasileiras a vender seus produtos lá fora no exterior, gerando empregos de qualidade e renda para a nossa população”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em vídeo gravado nas redes sociais. A modalidade pós-embarque do seguro de crédito protege o exportador ou o financiador contra o não-pagamento da exportação inclusive facilita a liberação de créditos bancários. 

Assista: https://youtu.be/a1LSCvR7-Hw

 

Atenção MEI! Entenda as exigências para emissão de notas fiscais

Em 2025, uma nova exigência fiscal entrou em vigor para os Microempreendedores Individuais (MEIs) no Brasil. Agora, é obrigatório incluir o Código de Regime Tributário (CRT) 4 nas notas fiscais emitidas por essa categoria. Essa mudança visa facilitar a identificação e a fiscalização das operações realizadas por MEI’s, diferenciando-os das demais empresas optantes pelo Simples Nacional. Anteriormente, os MEIs utilizavam o CRT 1, mas a introdução do CRT 4 busca tornar o processo de monitoramento mais eficiente. Essa alteração foi anunciada em uma nota técnica publicada no portal oficial da Nota Fiscal Eletrônica, e, após um adiamento, passou a ser obrigatória a partir de abril de 2025. O CRT 4 foi criado para distinguir os MEIs das outras empresas do Simples Nacional, permitindo uma fiscalização mais precisa. Com essa diferenciação, os sistemas de monitoramento fiscal conseguem identificar rapidamente as particularidades das operações dos MEIs, facilitando o controle e a fiscalização. Essa medida é vista como um passo importante para a padronização e clareza nas operações fiscais. É importante que os MEIs estejam atentos a essa nova exigência, pois a não inclusão correta do CRT 4 pode resultar em dificuldades na emissão de notas fiscais, além de possíveis multas e complicações nas operações empresariais.

Assista: https://youtu.be/sYT5xqbh1E8

 

Em 2026 será que vamos descobrir por que o PT não gosta dos MEI’s

O PT está a colocar óbices a aprovação dos novos tetos de faturamento para os Mei’s, Micros e Pequenas Empresas. Essa foi a matéria da Coluna SIMPI em  2022, e de lá pra cá nada mudou.  Em novembro do ano 2022   a matéria de aumento do teto de faturamento do MEI,  já estava acordado entre todos os partidos com a   definição dos novos valores que iriam valer a partir de janeiro de 2023. Na época a  Receita Federal se colocou contra a aprovação, por causa do impacto na arrecadação (60 bilhões) a que se uniu o PT , vitorioso nas urnas, com o  PMDB  e derrubaram a proposta, fugindo assim da palavra dada.  Já no ano de 2024 um projeto de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que estabeleceu reajuste anual, com base na inflação, para o valor máximo de faturamento permitido para microempreendedores individuais,  teve um pedido de vista (mais tempo para análise) feito pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) impediu que a proposta fosse analisada na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Agora em 2025, após vários aumentos de ICMS, ISS  e  de taxas mensais a serem pagas assim como os novos valores dos salários mínimos, fica o MEI em situação dificílima. E veja porque: última vez que houve alteração no limite de faturamento foi em 2018, quando o salário mínimo era de R$ 954,00 e a taxa mensal do MEI era de R$ 572,40 por ano. Hoje, sete anos depois, o salário-mínimo é de R$ 1.518,00, o faturamento permitido continua o mesmo R$ 81.000,00 de 2018,  com o imposto anual subindo para R$ 922,80, um aumento real na ordem de 61%. Em 2018, a tributação em relação ao faturamento era de 0,7%, e hoje é de 1,13%. Se considerarmos o custo da mão de obra, a defasagem fica ainda mais clara: os atuais R$ 30.056,00 anuais em comparação com os R$ 18.889,20 de 2018.

 

Reinaldo Domingos defende nova lógica financeira baseada em comportamento e educação humana

No programa desta semana de A Hora e a Vez da Pequena Empresa, o tema central foi a educação financeira — um assunto que, mais do que nunca, tem ganhado destaque entre as micro e pequenas empresas do país. Em um cenário onde a falta de preparo financeiro ainda compromete a saúde de muitas empresas, compreender os fundamentos dessa área torna-se essencial para garantir não apenas a sobrevivência, mas o crescimento sustentável dos negócios. Para mergulhar nesse universo, o programa recebeu Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira, uma das maiores referências do país no tema. Logo no início da entrevista, Domingos deixou claro que a educação financeira deve ser entendida como uma ciência humana. Para ele, não se trata de números ou cálculos complexos, mas de comportamento e atitude. “Desde muito cedo, deveríamos receber orientações sobre como lidar com o dinheiro. Educação financeira não é matemática, é formação de valores”, afirmou. Nesse sentido, ele defendeu a inserção desse conteúdo desde a educação infantil, com o objetivo de criar uma cultura duradoura em torno do equilíbrio financeiro. Ao abordar o propósito da educação financeira, reforçou que o objetivo maior é garantir sustentabilidade — tanto na vida pessoal quanto no ambiente corporativo. Explicou que, historicamente, o dinheiro sempre esteve presente em todas as fases da vida das pessoas, mas raramente acompanhado de ensinamentos claros sobre sua administração. “Não é apenas sobre ter dinheiro, mas sobre sonhar com propósito. Sem isso, qualquer negócio se perde no caminho”, destacou. O especialista alertou ainda para a grave realidade dos brasileiros aposentados: 99% dos beneficiários do INSS continuam dependentes financeiramente. Um dado alarmante que, segundo ele, reforça a necessidade de mudança de mentalidade. “Caminhamos para uma sociedade onde, em 2050, haverá mais inativos do que pessoas em atividade. Quem vai sustentar quem?”, questionou. A inadimplência também entrou na pauta, com mais de 72 milhões de brasileiros com contas em atraso — um cenário que afeta diretamente a base econômica das empresas. Um dos grandes erros de quem empreende é não saber separar os universos da pessoa física e jurídica. “A confusão entre CPF e CNPJ destrói negócios. O dinheiro da empresa não pode ser usado como extensão da carteira do sócio”, alertou. É justamente por isso que ele defende o ensino da educação financeira de forma ampla, por meio de cursos, mentorias, palestras e livros. Uma das metodologias desenvolvidas por ele, a DSOP — sigla para Diagnóstico, Sonho, Orçamento e Poupança — já ajudou milhares de pessoas a reorganizarem suas vidas e empresas. Na reta final da entrevista, o especialista compartilhou uma provocação: “Por que o lucro está sempre na última linha?”. Ele explicou que, ao contrário do modelo tradicional de gestão financeira, sua metodologia propõe que o lucro seja planejado desde o início — e não tratado como sobra. “Colocamos o faturamento no topo e, logo abaixo, o lucro desejado. Só depois organizamos o restante”. Para Domingos, essa inversão de lógica é fundamental para garantir a sobrevivência e prosperidade de qualquer negócio. Ressaltou a importância do pró-labore — o salário do sócio — como um valor fixo e previsível. “Se o empreendedor não se paga, acaba comprometendo a empresa. E quando mistura tudo, perde-se o controle e, muitas vezes, tudo o que foi construído.” Para ele, esse é o grande ponto de ruptura: transformar o mindset, priorizar o lucro e manter uma gestão financeira saudável. Ao encerrar sua participação, Reinaldo Domingos deixou uma mensagem: empreender é um ato de coragem, mas também de planejamento. E quem deseja ter sucesso, precisa colocar o lucro em primeiro lugar. Como forma de compartilhar sua experiência, indicou a obra Empreender Vitorioso: com sonhos e lucro em primeiro lugar, em que apresenta uma nova perspectiva sobre o papel do lucro nos negócios e convida empresários a repensarem a maneira como conduzem suas empresas. “Lucro não é vaidade. É uma obrigação de cooperação com a saúde do seu negócio e da sua vida”, concluiu.

Assista: https://youtu.be/MPPk_bC7Ckg 

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