Quarta-feira, 23 de abril de 2025 - 19h15
A
recente alta do dólar frente ao real reacendeu o debate sobre os impactos
cambiais na economia brasileira e suas repercussões para o mercado, os
consumidores e a política monetária. Em um cenário global ainda marcado por
incertezas geopolíticas, oscilação nos juros internacionais e desconfianças
fiscais internas, a valorização da moeda norte-americana tem provocado ajustes
nas expectativas. Para o professor de economia do Insper, Roberto Dumas, o
movimento de valorização do dólar não é algo isolado ou repentino. Ele enxerga
a combinação de fatores internos e externos como pano de fundo desse avanço.
Entre os principais vetores, destaca o comportamento do Federal Reserve, que
tem sinalizado cautela para a redução dos juros nos Estados Unidos, tornando os
ativos em dólar mais atrativos e drenando capital de países emergentes. Na
avaliação do economista, o ambiente interno também contribui para a pressão
cambial. A percepção de risco fiscal mais elevado, associada a dúvidas sobre o
comprometimento com metas e âncoras fiscais, acaba ampliando a aversão dos
investidores e fortalecendo a moeda americana. Além disso, ele lembra que o
câmbio no Brasil é flutuante, o que naturalmente o torna mais sensível a
choques e percepções externas. Embora a desvalorização do real possa beneficiar
setores exportadores, como o agronegócio e parte da indústria, o professor
aponta que há efeitos adversos importantes, especialmente sobre a inflação.
Produtos importados ficam mais caros, e isso pode pressionar o IPCA, obrigando
o Banco Central a rever sua estratégia de queda de juros. Nesse sentido, ele
reforça que a política monetária precisa levar em conta não apenas a trajetória
da inflação corrente, mas também as expectativas futuras, que podem se
deteriorar com um câmbio persistentemente elevado. A trajetória do dólar
continuará dependendo do equilíbrio entre o cenário fiscal doméstico e o
ambiente externo. Enquanto persistirem as incertezas, tanto aqui quanto lá
fora, a volatilidade deve seguir como marca registrada do câmbio brasileiro.
Assista:
https://youtu.be/iC_vGANBP40
Ótima notícia: temos de
volta o seguro de crédito à exportação
A
partir deste mês, as micro, pequenas e médias empresas podem se proteger de
riscos associados às exportações. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (Mdic) retomou o seguro de crédito à exportação
(SCE) pós-embarque, interrompido em 2019.
O novo seguro está disponível desde o último dia 4 para empresas com
exportações anuais de até US$ 3 milhões e faturamento anual de até R$ 300
milhões. No fim do ano passado, a pasta havia lançado o SCE na fase
pré-embarque, quando a mercadoria ainda não foi embarcada. “Com essas duas
garantias, o governo age nas duas pontas [pré e pós-embarque] para assegurar às
empresas maior capacidade para exportar mais e fortalecer sua presença no
comércio exterior. Qual é o nosso objetivo? Estimular as micro, pequenas e
médias empresas brasileiras a vender seus produtos lá fora no exterior, gerando
empregos de qualidade e renda para a nossa população”, disse o vice-presidente
e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
em vídeo gravado nas redes sociais. A modalidade pós-embarque do seguro de
crédito protege o exportador ou o financiador contra o não-pagamento da exportação
inclusive facilita a liberação de créditos bancários.
Assista:
https://youtu.be/a1LSCvR7-Hw
Atenção MEI! Entenda as
exigências para emissão de notas fiscais
Em
2025, uma nova exigência fiscal entrou em vigor para os Microempreendedores
Individuais (MEIs) no Brasil. Agora, é obrigatório incluir o Código de Regime
Tributário (CRT) 4 nas notas fiscais emitidas por essa categoria. Essa mudança
visa facilitar a identificação e a fiscalização das operações realizadas por
MEI’s, diferenciando-os das demais empresas optantes pelo Simples Nacional.
Anteriormente, os MEIs utilizavam o CRT 1, mas a introdução do CRT 4 busca
tornar o processo de monitoramento mais eficiente. Essa alteração foi anunciada
em uma nota técnica publicada no portal oficial da Nota Fiscal Eletrônica, e,
após um adiamento, passou a ser obrigatória a partir de abril de 2025. O CRT 4
foi criado para distinguir os MEIs das outras empresas do Simples Nacional,
permitindo uma fiscalização mais precisa. Com essa diferenciação, os sistemas
de monitoramento fiscal conseguem identificar rapidamente as particularidades
das operações dos MEIs, facilitando o controle e a fiscalização. Essa medida é
vista como um passo importante para a padronização e clareza nas operações
fiscais. É importante que os MEIs estejam atentos a essa nova exigência, pois a
não inclusão correta do CRT 4 pode resultar em dificuldades na emissão de notas
fiscais, além de possíveis multas e complicações nas operações empresariais.
Assista:
https://youtu.be/sYT5xqbh1E8
Em 2026 será que vamos
descobrir por que o PT não gosta dos MEI’s
O
PT está a colocar óbices a aprovação dos novos tetos de faturamento para os
Mei’s, Micros e Pequenas Empresas. Essa foi a matéria da Coluna SIMPI em 2022, e de lá pra cá nada mudou. Em novembro do ano 2022 a matéria de aumento do teto de faturamento
do MEI, já estava acordado entre todos
os partidos com a definição dos novos
valores que iriam valer a partir de janeiro de 2023. Na época a Receita Federal se colocou contra a aprovação,
por causa do impacto na arrecadação (60 bilhões) a que se uniu o PT , vitorioso
nas urnas, com o PMDB e derrubaram a proposta, fugindo assim da
palavra dada. Já no ano de 2024 um
projeto de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que estabeleceu
reajuste anual, com base na inflação, para o valor máximo de faturamento
permitido para microempreendedores individuais,
teve um pedido de vista (mais tempo para análise) feito pelo senador
Rogério Carvalho (PT-SE) impediu que a proposta fosse analisada na reunião da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Agora em 2025, após vários
aumentos de ICMS, ISS e de taxas mensais a serem pagas assim como os
novos valores dos salários mínimos, fica o MEI em situação dificílima. E veja
porque: última vez que houve alteração no limite de faturamento foi em 2018,
quando o salário mínimo era de R$ 954,00 e a taxa mensal do MEI era de R$
572,40 por ano. Hoje, sete anos depois, o salário-mínimo é de R$ 1.518,00, o
faturamento permitido continua o mesmo R$ 81.000,00 de 2018, com o imposto anual subindo para R$ 922,80,
um aumento real na ordem de 61%. Em 2018, a tributação em relação ao
faturamento era de 0,7%, e hoje é de 1,13%. Se considerarmos o custo da mão de
obra, a defasagem fica ainda mais clara: os atuais R$ 30.056,00 anuais em
comparação com os R$ 18.889,20 de 2018.
Reinaldo Domingos
defende nova lógica financeira baseada em comportamento e educação humana
No
programa desta semana de A Hora e a Vez da Pequena Empresa, o tema central foi
a educação financeira — um assunto que, mais do que nunca, tem ganhado destaque
entre as micro e pequenas empresas do país. Em um cenário onde a falta de
preparo financeiro ainda compromete a saúde de muitas empresas, compreender os
fundamentos dessa área torna-se essencial para garantir não apenas a
sobrevivência, mas o crescimento sustentável dos negócios. Para mergulhar nesse
universo, o programa recebeu Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira, uma
das maiores referências do país no tema. Logo no início da entrevista, Domingos
deixou claro que a educação financeira deve ser entendida como uma ciência
humana. Para ele, não se trata de números ou cálculos complexos, mas de
comportamento e atitude. “Desde muito cedo, deveríamos receber orientações
sobre como lidar com o dinheiro. Educação financeira não é matemática, é
formação de valores”, afirmou. Nesse sentido, ele defendeu a inserção desse
conteúdo desde a educação infantil, com o objetivo de criar uma cultura
duradoura em torno do equilíbrio financeiro. Ao abordar o propósito da educação
financeira, reforçou que o objetivo maior é garantir sustentabilidade — tanto
na vida pessoal quanto no ambiente corporativo. Explicou que, historicamente, o
dinheiro sempre esteve presente em todas as fases da vida das pessoas, mas
raramente acompanhado de ensinamentos claros sobre sua administração. “Não é
apenas sobre ter dinheiro, mas sobre sonhar com propósito. Sem isso, qualquer
negócio se perde no caminho”, destacou. O especialista alertou ainda para a
grave realidade dos brasileiros aposentados: 99% dos beneficiários do INSS
continuam dependentes financeiramente. Um dado alarmante que, segundo ele,
reforça a necessidade de mudança de mentalidade. “Caminhamos para uma sociedade
onde, em 2050, haverá mais inativos do que pessoas em atividade. Quem vai
sustentar quem?”, questionou. A inadimplência também entrou na pauta, com mais
de 72 milhões de brasileiros com contas em atraso — um cenário que afeta
diretamente a base econômica das empresas. Um dos grandes erros de quem
empreende é não saber separar os universos da pessoa física e jurídica. “A
confusão entre CPF e CNPJ destrói negócios. O dinheiro da empresa não pode ser
usado como extensão da carteira do sócio”, alertou. É justamente por isso que
ele defende o ensino da educação financeira de forma ampla, por meio de cursos,
mentorias, palestras e livros. Uma das metodologias desenvolvidas por ele, a
DSOP — sigla para Diagnóstico, Sonho, Orçamento e Poupança — já ajudou milhares
de pessoas a reorganizarem suas vidas e empresas. Na reta final da entrevista,
o especialista compartilhou uma provocação: “Por que o lucro está sempre na
última linha?”. Ele explicou que, ao contrário do modelo tradicional de gestão
financeira, sua metodologia propõe que o lucro seja planejado desde o início —
e não tratado como sobra. “Colocamos o faturamento no topo e, logo abaixo, o
lucro desejado. Só depois organizamos o restante”. Para Domingos, essa inversão
de lógica é fundamental para garantir a sobrevivência e prosperidade de qualquer
negócio. Ressaltou a importância do pró-labore — o salário do sócio — como um
valor fixo e previsível. “Se o empreendedor não se paga, acaba comprometendo a
empresa. E quando mistura tudo, perde-se o controle e, muitas vezes, tudo o que
foi construído.” Para ele, esse é o grande ponto de ruptura: transformar o
mindset, priorizar o lucro e manter uma gestão financeira saudável. Ao encerrar
sua participação, Reinaldo Domingos deixou uma mensagem: empreender é um ato de
coragem, mas também de planejamento. E quem deseja ter sucesso, precisa colocar
o lucro em primeiro lugar. Como forma de compartilhar sua experiência, indicou
a obra Empreender Vitorioso: com sonhos e lucro em primeiro lugar, em que
apresenta uma nova perspectiva sobre o papel do lucro nos negócios e convida
empresários a repensarem a maneira como conduzem suas empresas. “Lucro não é
vaidade. É uma obrigação de cooperação com a saúde do seu negócio e da sua
vida”, concluiu.
Assista:
https://youtu.be/MPPk_bC7Ckg
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