A exposição “O subtexto do consumo: Nada é essencial. Nada é supérfluo” é atração nas dependências do Câmpus do Instituto Federal em Ji-Paraná. São mais de 200 peças construídas pelos alunos dos cursos técnicos integrados na disciplina de Arte, abordando a dependência de objetos indispensáveis do cotidiano das cidades e dos excessos do consumismo. A exposição fica em cartaz na minigaleria até o dia 13 de setembro, das 8h30 às 20 horas, mantendo uma tradição no Câmpus Ji-Paraná. Em anos anteriores, ocuparam a unidade trabalhos de máscaras e miniaturas, sempre trazendo propostas inusitadas e que fazem a ponte entre o Ensino e a Extensão, em um espaço onde a comunidade interna e externa conhece e interage com obras criadas pelos próprios estudantes.
Lançada no último dia 29, a exposição deste ano traz lazer, tecnologia, alimentação, moda, representados por objetos simples como botões, sapatos ou palitos de fósforo. Todos podem ser vistos em escala muito maior, fazendo os espectadores sentirem-se encolhidos enquanto apreciam as esculturas gigantes. Segundo a Professora de Artes do Câmpus Ji-Paraná, Juliana Martins Godin, nessa etapa os alunos mergulharam em técnicas utilizadas para criação de mock-ups, protótipos, maquetes e modelos, aprendendo a utilizar escalas de ampliação e redução. Ela explica que o fio condutor da proposta se baseia em duas perguntas: “Qual o tamanho do consumo no nosso dia a dia?” e “O que é realmente essencial para viver?”. “Em nossa sociedade de consumo de massa, colocamos um novo olhar sobre os produtos, dos mais simples aos mais sofisticados, levando os visitantes a refletirem sobre os excessos”, diz.
O processo de criação foi desenvolvido em etapas: pesquisa inicial, com escolha e planejamento do produto a ser construído, conversão dentro da escala, desenvolvimento, apresentação final e montagem de exposição. “Todo processo teve duração de dois meses, junho e julho, com exposição realizada em setembro. A exposição é gratuita e aberta ao público, no Laboratório de Artes Visuais do Câmpus Ji-Paraná”, completa Juliana.
Lucas Brito, aluno do Curso Técnico em Química, afirma que processo de planejamento da obra dele “Consumismo” foi simples, mas na execução “minha maior dificuldade foram as batatas, já que todas precisaram do mesmo cuidado, desde a fase inicial até a escultura finalizada. Porém, em todos os momentos em que senti algum tipo de dificuldade, recorri ao auxilio da professora, por meio de e-mails e aulas agendadas, nas quais todas as dúvidas eram sanadas e, com isso, ajudando-me a representar da forma mais clara e objetiva os meus conceitos sobre gastos excessivos em coisas, na maioria das vezes, superficiais”.
Para Lucas, participar de uma exposição aberta ao público o deixou num primeiro momento um pouco receoso, “após certo tempo percebi o quão tudo estava ficando lindo, e então o receio foi substituído pela ansiedade. Sinto-me lisonjeado em saber que, às vezes, as pessoas vêm ao Instituto apenas para desfrutar da beleza dessas obras. E os elogios são diversos. É gratificante”, conclui ele.
As escolas que desejarem agendar visitação podem entrar em contato por meio dos telefones: (69) 3421-5045 ou 2183-6906.
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)