Quarta-feira, 7 de agosto de 2013 - 13h03
O líder indígena Almir Suruí, do povo Paiter Suruí, recebeu o titilo de doutor Honoris causa em março deste ano. Sua primeira aula foi nesta terça-feira, na disciplina de políticas públicas e sustentabilidade no curso de Mestrado de Geografia da UNIR. Para os alunos, ter aula diretamente com um representante da aldeia, melhora a qualidade do debate. “Discutir as políticas públicas dessa forma é muito mais proveitoso”, enfatizou Ana Paula de Aquino, uma das alunas do mais novo professor da UNIR. Almir Suruí, que também é assessor Indígena da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, completou enfatizando que “fortalecimento institucional, proteção do território, valorização da cultura e geração de emprego e renda são os principais pontos da sustentabilidade dos povos indígenas”.
Almir é o líder do povo indígena Suruí que habita a Terra Indígena Sete de Setembro, situada na região de Cacoal-RO. A população é de aproximadamente 1.400 índios, que se autodominam Paiter, que quer dizer “gente de verdade”.
Aos 15 anos, entendendo pouco o português, aceitou convite da Universidade Católica de Goiás para estudar Biologia Aplicada. Ao retornar, passou a atuar na Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, junto com outras lideranças, além de investir em ações que defendem o meio ambiente e a cultura indígena.
Em 1999, conseguiu que o Ministério do Meio Ambiente realizasse o Diagnóstico Agroambiental da Terra Indígena Sete de Setembro. Em 2005, contrariado com a comercialização ilegal de madeira no território de seu povo, deu início à implantação de um projeto de reflorestamento, com a proposta de recuperar pastos, capoeiras e enriquecer a floresta, adensando-a com espécies florestais retiradas pelos invasores e madeireiros. Com a visibilidade do trabalho desenvolvido em prol povo Suruí e da Amazônia, Almir assumiu o Departamento Etnoambiental da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Em 2007 Almir foi à cidade de São Francisco nos Estados Unidos, e fechou uma parceria com o Google. Com o gigante da internet, os Suruí tiveram acesso aos mais recentes computadores do mundo, a um sistema de comunicação para as aldeias e ao uso do Google Earth. A parceria faz parte do projeto Google Earth Outreach, que tem como objetivo usar a tecnologia para atender demandas sociais e ambientais em várias partes do mundo. A iniciativa da parceria foi do próprio Almir, quando ele conheceu o Google Earth e conseguiu visualizar suas terras na tela do computador, viu uma grande oportunidade para o seu povo. Hoje pelo programa do Google, é possível caminhar virtualmente por toda a Terra Sete de Setembro, onde reside o povo Suruí.
A concessão do título foi proposta pelo colegiado do curso de Mestrado em Geografia da UNIR e aprovada em reunião do Conselho Superior Acadêmico (CONSEA) em agosto de 2011.
Fonte: Kanindé
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