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Ano Letivo começa de forma remota para cerca de 50 mil alunos da rede municipal em Porto Velho


Ano Letivo começa de forma remota para cerca de 50 mil alunos da rede municipal em Porto Velho - Gente de Opinião

A Prefeitura de Porto Velho abriu, na segunda-feira (22), o ano letivo durante cerimônia virtual pelo canal no YouTube. Participaram professores, pais e alunos. Durante o evento, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) reafirmou o compromisso da gestão municipal em dar continuidade aos estudos de cerca de 50 mil alunos, mesmo em plena pandemia de Covid-19.

O evento virtual também valorizou a atuação dos servidores da Educação. A secretária municipal da pasta, Gláucia Negreiros, lembrou que o ano letivo será remoto visando garantir segurança aos alunos, famílias e profissionais.

“É a nossa prioridade. Desejamos que muito em breve a pandemia passe e estejamos seguros para voltar a abrir as portas das escolas e receber as nossas crianças de forma muito acolhedora”, disse a secretária ao comprometer-se em fazer um canal de comunicação muito próximo com toda a comunidade escolar.

A Semed disponibiliza aos alunos a plataforma “Escola Virtual” que está alinhada à realidade virtual que a Educação necessita. Assim como no ano passado, alunos que não possuem acesso à internet recebem as atividades impressas semanalmente.

 

RODA DE CONVERSA

Durante a transmissão em que ocorreu o início virtual das aulas, houve uma roda de conversa com a participação de Sandra Nogueira, diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental Auta de Souza; Edislene Machado, vice-diretora; Ana Célia Santos, professora; Josiane Maciel, mãe de um aluno; e Antônio Victor, aluno da unidade educacional. Eles representaram toda a rede municipal de ensino.

“Para este ano, discutimos com os professores sobre o que fazer de melhor para 2021, pois em 2020 todos tivemos de aprender coisas diferentes, nos readaptar”, disse a diretora Sandra Nogueira. “Decidimos trabalhar naquilo que deu certo, principalmente na atenção àqueles que estavam com dificuldade de ensino-aprendizagem, colocando um ‘olhar diferenciado’ no aluno”, acrescentou.

Sandra Nogueira também destacou o trabalho de ‘Busca Ativa’, que detectou alunos que tinham déficit no acompanhamento das aulas. Uma equipe é encaminhada até a casa do estudante. “Foi muito válido. Conseguimos resgatar várias famílias que não estavam participando. Neste ano teremos o ‘Projeto do Livro’, em que o aluno é incentivado a ter o cuidado com seu material didático”, revelou a diretora.

 

TRABALHO DOCENTE

Já a professora Ana Célia disse que fez uma readequação da atuação profissional desde o início das aulas remotas. “Tive que fazer adaptações como, por exemplo, preparar um ‘cantinho’ da casa para as aulas e aprender a usar outras ferramentas/aplicativos para aplicar no dia a dia”, explicou.

A evolução do processo educativo prosseguiu. “No começo, tínhamos um baixo aproveitamento e participação dos alunos. Pensamos numa nova estratégia para atrair e fazer com que eles participassem mais com áudio-aulas (leitura e orientação das atividades) e, isso, deu certo. Mas, ainda sentindo a necessidade de algo que aproximasse aluno e professor, aplicamos a vídeo-aula (gravação direta e objetiva) duas vezes na semana”, disse com orgulho Ana Célia ao garantir mais de 90% de alfabetização dos alunos.

APOIO DA FAMÍLIA AO ENSINO

Convida especial da ‘live’, Josiane Maciel, mãe do aluno Antônio Victor (6º ano), falou das dificuldades enfrentadas nas aulas virtuais. Ela citou a conciliação da rotina dos pais com a do filho em cumprir a carga horária em casa. “Vencemos essa primeira dificuldade, deu tudo certo.

Ganhamos uma nova experiência como pais. Até então, ajudávamos no que ele trazia para casa. Agora, não só ajudamos nas tarefas, mas também participamos mais dos seus estudos”, disse.

Josiane ainda falou que para incentivar e apoiar o filho precisou fazer investimentos como na conexão de internet, uma das necessidades para dar garantias ao ensino remoto.

Antônio Victor também falou sobre as aulas remotas. “Senti falta de ir até a escola, de ver meus colegas, professores e diretores. Tenho muita saudade disso”, disse ele. Ao saber que o ano letivo continuará remoto, ele mostrou que é perseverante. "Se em 2020 nós vencemos, em 2021 vamos vencer novamente”, garantiu.

 

REGISTROS

A transmissão online foi coordenada pelo Departamento de Políticas Educacionais (DPE) e da Divisão de Formação (Difor). O Centro Municipal de Arte e Cultura Escolar Som da Leste participou com apresentação musical.

 

DINÂMICA DE PROFESSORES

Na Escola Mãe Margarida, localizada na Zona Leste de Porto Velho, que oferece ensino infantil para crianças de três a cinco anos do bairro Jardim Santana, nada de aulas presenciais. Nela ao todo, são 600 alunos divididos entre a creche, pré I e pré II.

A diretora da unidade, Rosana Dartiballe, explicou as particularidades do ensino infantil durante a pandemia. “Na educação infantil temos que dar direcionamento, logo, não trabalhamos unicamente com ferramentas digitais. A atenção dos alunos no formato digital é pouca. Por isso, disponibilizamos material impresso, independente de terem acesso à internet ou não”, relatou a diretora.

O material didático é construído para atender as particularidades de cada série. A escola opta por distribuir as atividades referentes aos dias letivos de cada mês. “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta que façamos atividades lúdicas e brincadeiras. Só que nunca trabalhamos em uma situação de pandemia. Por isso, para ter certeza de que as atividades serão realizadas em casa, as distribuímos de forma impressa” afirma a diretora.

Outra saída encontrada pelos professores é a utilização de grupos de mensagem. Por meio dessa ferramenta são enviados, por exemplo, vídeos de apresentação. A professora Gleiciane Torres, que leciona para crianças de creche há nove anos, conta que a pandemia é mais um momento dos professores e escola demonstrarem habilidades e adaptação.

“Por si, o professor já é dinâmico. E, agora nos vemos obrigados a trabalhar com ferramentas digitais. Fazemos vídeos com cenário, música e histórias para chamar a atenção dos alunos. O importante é não ficar de braços cruzados”, finalizou.

Veja o vídeo:


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