Sábado, 13 de julho de 2013 - 05h18
Aline Leal *
Agência Brasil
Brasília - Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), não há necessidade de reavaliar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). "O Revalida foi exaustivamente estudado e não é rigoroso. É minimamente necessário para avaliar a condição do exercício da medicina por um aluno que sai da escola", avaliou o vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse ontem (12) que vai aplicar o Revalida, exame feito por médicos com diploma estrangeiro para atuar no Brasil, a estudantes de medicina de maneira amostral e voluntária. O teste servirá para avaliar se o Revalida está dentro das diretrizes curriculares do Brasil.
No ano passado, o índice de aprovação no Revalida variou entre 6,41% de aprovação entre estudantes bolivianos e 27,27% de aprovação entre os venezuelanos. Os brasileiros com diploma estrangeiro também são obrigados a fazer o exame para trabalhar no país – o índice de aprovação deles no ano passado, 7,5%, foi inferior ao de 2011 (7,89%).
Para Carlos Vital, não há dúvidas sobre a adequação do exame, e quem não passa, não tem condições de exercer a medicina. Ele não afasta a possibilidade de que este movimento venha para diminuir o rigor da prova. Vital propõe, que, em vez de reavaliar o teste, que sejam estabelecidos três exames ao longo do curso de medicina, para avaliar o progresso do aluno e também a qualidade da faculdade.
O Inep nega que haja intenção de diminuir a rigidez ou a qualidade do exame. Segundo a assessoria de imprensa, não é possível falar ainda em alterações no Revalida, "somente com os resultados em mãos [do desempenho dos estudantes brasileiros] poderemos verificar se o instrumento é adequado às diretrizes curriculares do Brasil".
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