Sábado, 20 de novembro de 2021 - 11h13
O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), publicou a Portaria nº 852, que regulamenta a certificação das Escolas Cívico-Militares (Ecim) que adotam o modelo do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). A Portaria estabelece normas para a execução da certificação das unidades escolares do Programa, que compreende a mensuração e a verificação do modelo cívico-militar.
Em silêncio, atentos, posicionados na quadra de esportes, um grupo de alunos do 9º ano da Escola Estadual Ulisses Guimarães, no Jardim Santana, zona Leste de Porto Velho, atualmente pertencente ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, homenageou a Bandeira Nacional nesta sexta-feira (19).
Diversas escolas da Capital comemoraram neste 19 de novembro os 132 anos da criação do maior símbolo pátrio.
A diretora Regina Cláudia Ramos da Silva anunciou ao microfone que no próximo dia 24, quarta-feira, participará da certificação de nível básico do estabelecimento em ato no Palácio da Alvorada, em Brasília. Estarão presentes o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Estudam nesse estabelecimento 1,3 mil alunos, a maioria deles de famílias com baixa renda. A Escola Ulisses Guimarães é a primeira escola-piloto cívico militar em Rondônia a obter a certificação. Até 2023 o País terá 216 escolas nesse modelo.
Antes da marcha, o culto ao pavilhão nacional foi completo: começou com a marcha do 3º sargento carregando a bandeira. Em seguida, o aluno Daniel Novaes, do 9º ano A, leu a Ordem do Dia explicando as cores da bandeira (verde, amarelo, azul e branco), os detalhes da esfera azul-celeste com estrelas, simbolizando o céu brasileiro, seus 26 estados e o Distrito Federal.
“Nossos valores, assim como a Bandeira Nacional, se perpetuam e se mantêm presentes em nossa sociedade. Procuremos sempre olhá-la com os olhos do coração, sob a chama do amor de filho e do profundo respeito à nação brasileira”, disse o aluno.
Daniel acrescentou: “Cultuar o mais alto símbolo de uma nação nos mantêm alinhados com os valores patrióticos edificados por nossos antepassados, exaltando o sacrifício despendido na construção da nossa democracia”.
Após a leitura, ouviu-se a entonação do Hino à Bandeira, de autoria do poeta Olavo Bilac e com música do maestro Francisco Braga.
Semanalmente, essa escola cultua a Bandeira Nacional em seu momento cívico norteado pela dedicação, excelência, honestidade e respeito; lemas da direção.
“Alcançamos a nota máxima e a nossa meta de bom desempenho das gestões administrativa, educacional e didático-pedagógica. Do nível básico caminhamos para o intermediário e nos consolidaremos até 2023”, declarou Regina Ramos.
Regina manifestou gratidão a todos da direção, aos demais servidores escolares, aos pais e aos alunos pelo agrupamento dessa escola às similares, em outros estados. Após o encerramento da solenidade, os alunos agruparam-se próximos ao mural escolar, que mostra a exata localização das estrelas na bandeira.
O gestor escolar Flávio Vieira, capitão de corveta da Marinha do Brasil, apresentou o estabelecimento e sua ampliação aos visitantes, alinhando a segurança e as pendências a serem solucionadas, entre as quais a troca da instalação elétrica.
Naquele momento, a servidora Daniele Braga, 35 anos, avistou-se no pátio com a filha Labele Cristine, 15, do 9º B. Anteriormente, a jovem havia cursado na Escola Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luiz, no Bairro JK II, de onde se transferiu para a Escola Ulisses Guimarães em 2020.
A exemplo do que acontece com o Colégio Militar Tiradentes VII (antiga Escola Manaus), a maior escola do Jardim Santana recebeu alunos de bairros vizinhos. No modelo cívico-militar, a próxima escola escolhida é a Daniel Neri SIlva, no bairro JK I.
“Ela estranhou no começo, mas se enturmou e eu digo que aqui é mil vezes melhor”, se excede Daniele em elogios à organização, à disciplina ao incentivo a diversas atividades. “Quero concluir e fazer o concurso para a Polícia Rodoviária Federal, ou para a Polícia Federal”, ela disse.
Daniele se sente recompensada: tem três filhos, entre os quais, Dom Guilherme, 14, que também estuda na Ulisses, cursando o 8º ano.
Nos olhares, no refinado tratamento e nas notas anotadas nos boletins, vê-se que esses alunos têm esperança em dias melhores.
Eles fazem parte de grupos seletos da periferia porto-velhense aos quais é dada a oportunidade de obter um aprendizado que os conduza a um futuro promissor.
Em rápida consulta, perguntamos o que pretendem ser após concluírem o Ensino Fundamental e Médio:
Kadmiel Lucas, 14: “Quero ser jogador”.
Camila Pereira do Espírito Santo, 15: “Quero fazer enfermagem”.
Ahata Cristine Arraes, 14: “Vou fazer administração”.
Alex Felipe, 15: “Quero ser técnico de enfermagem”.
Alessandro Santos, 15: “Vou fazer concurso para Polícia Federal”.
Daniel Novaes, 15: “Quero estudar engenharia eletrônica”.
Samara Ferreira Nunes Ferrão, 15: “Vou estudar psicologia”.
Taíssa Milena Santos de Souza, 14: “Espero ser policial federal”.
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