Quarta-feira, 4 de julho de 2018 - 11h50
O presidente da Campus Party, Francesco Farruggia, falou com entusiasmo sobre a criatividade do brasileiro durante o lançamento da Campus Party Rondônia, ontem, terça-feira (3), no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho. “O Brasil tem uma grande vantagem que é a criatividade. A fantasia não nasce na zona de conforto, nasce quando você tem dificuldades”, destaca. “Um criança que nasce numa favela, com quatro, cinco anos tem que começar a aprender se virar, isso cria uma cabeça muito aberta para criar, inventar e descobrir coisas. Isso não está na cabeça da criança dos países ricos ou da família rica desse País, porque estão na zona de conforto”, completa.
A Campus Party é um dos maiores encontros de tecnologia em Internet das Coisas, Blockchain, Cultura Maker, Educação e Empreendedorismo do mundo e será realizado entre os dias 1 e 5 de agosto, no Sesi, em Porto Velho. A expectativa para o evento é positiva e, para ele, até o momento representantes de doze estados já confirmaram participação de comitivas.
Ricardo Fávaro, superintendente de Estado para Resultados (EPR), destaca a importância de Rondônia nesse contexto. “Estamos registrando Rondônia no cenário mundial e Porto Velho como a capital da tecnologia na região norte”, resume.
Esta é a primeira vez que a Campus Party é realizada na Amazônia. É a oportunidade para pesquisadores e empreendedores apresentarem ideias e projetos que poderão ser aplicados à realidade, por isso, Fávaro menciona a importância da participação de pessoas de todos os públicos e idades ao evento. “O público alvo é o jovem, que tem de 15 a 200 anos, é aquele que pensa, que é empreendedor, que inova, que acredita na ciência, na tecnologia, como instrumentos para melhorar o dia a dia das comunidades, da saúde, da educação. É isso que a Campus Party trás, o público jovem para dentro dela. Em qualquer área tem que ter ciência, tecnologia e inovação. É assim que o governo do Estado pensa e, por isso, acredita na Campus Party, que é o maior festival de tecnologia do mundo. Estamos felizes em fazer parte desse acontecimento”.
Francesco Farruggia lembrou, também, das oportunidades advindas da era digital. “Estamos na era digital, que permite que qualquer pessoa em qualquer parte do mundo possa desenvolver uma empresa. Antes existia concentração de conhecimento. Se você não estava numa grande universidade, você não ia mudar o mundo. Hoje o acesso ao conhecimento é inclusivo. Um menino ou menina do interior de Rondônia tem condição igualmente a uma de Nova Iorque ou de Paris”, exemplificou. “Então somando a criatividade do brasileiro, a pouco investimento, distribuição de conhecimento igual para todo mundo e cabeças mais abertas, nós temos em mãos uma excelente oportunidade. Aí entra em ação nosso projeto, que é levar laboratórios de tecnologia a lugares mais distantes dos grandes centros, para poder incorporar gente que não teria nenhuma possibilidade de ser incluída nesse mundo digital”.
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