Segunda-feira, 21 de janeiro de 2019 - 17h55
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO)
está capacitando 30 pessoas para a área de empreendedorismo. São duas semanas
de curso de qualificação com a finalidade de contribuir na futura pré-incubação
na Redinova (Rede de Incubadoras de Empresas de Rondônia), totalizando 40 horas
aula, com encerramento previsto para o dia 29 de janeiro. As ideias iniciais
levadas pelos participantes são as mais diversas, da área de farmácia à
automação agropecuária, entre outras. A capacitação está ocorrendo no Campus Porto
Velho Calama, com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), da Fapero (Fundação Rondônia de Amparo ao
Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de
Rondônia) e da prefeitura da capital.
As etapas do curso vão da ideação à construção do quadro Canvas,
possuindo momento para o pitch e plano de negócios. “Agora,
para ser pré-incubado é necessário participar da capacitação inicial para
entender como funciona o processo e ter ideia se é realmente o que se quer.
Baseado no conhecimento adquirido, eles poderão decidir montar umastartup”,
afirma o Coordenador de Inclusão Social e Produtiva da Pró-Reitoria de Extensão
(PROEX/IFRO), Jairo Tschurtschenthaler Costa.
No curso, estão 11 mulheres que participaram do Projeto Empoderamento da
Mulher, que ofertou no final de 2018 em Porto Velho os cursos de Cuidadora de
Idosos, Cuidadora Infantil e Artesã de Biojoias. Também estão em capacitação
pessoas da comunidade e cerca de dez estudantes do próprio IFRO.
Fabiana Oliveira de Moura e Rosane Amanda Trindade da Silva agora buscam
colocar em prática as ideias surgidas após concluírem o curso do Empoderamento
da Mulher. “Achei maravilhoso o IFRO dar esse curso, porque me auxiliou e abriu
uma porta para podermos mostrar o que somos capazes e o que queremos de
verdade. Eu estava quase desistindo, mas os cursos me mostraram que eu posso
conquistar algo a mais, me empoderou mesmo, abriu leques para que eu pudesse
caminhar”, diz Rosane. Ela lembrou a histórias de outras mulheres que
fizeram o curso em 2018, sendo somente donas de casa, e que agora estão
trabalhando e tendo a própria renda.
“O empreendedorismo está abrindo um novo campo de trabalho que é o de
cuidador, seja cuidador de idoso ou infantil, para poder unir a classe e
desenvolver essa nova possibilidade de atuação que está iniciando. Não só no
segmento para mulheres, mas esse cuidador pode ser um homem ou uma mulher, para
atuar nessa área que tem uma deficiência no nosso Estado”, diz a Fabiana. No
curso, ela afirma estar modelando um projeto empreendedor para “desenvolver a
parte humana na capacitação dos profissionais, para poder entregar à sociedade,
no caso das crianças, futuros adultos que tenham uma estrutura de bem-estar e
de valores melhores. E dar uma melhor qualidade de vida aos nossos futuros
idosos”.
Estudante do Curso Tecnológico em Análise e Desenvolvimento de Sistema
no Campus Porto Velho Calama, Bruno Felipe da Silva trabalha a
ideia de uma Tecnologia Vestível para Ciclistas. O projeto desenvolvido junto
com o professor Calos Alexandre deve representar o IFRO em outros espaços de
pesquisa e extensão. Mas no curso a proposta é que se torne uma startup.
Cursando o terceiro semestre de ADS, ele desenvolveu o protótipo pensando em
uma necessidade social, a partir de experiência tirada do irmão que era
ciclista. “O curso que está me dando essa visão e quando vim para o IFRO não
imaginava estar onde estou hoje. O IFRO que foi trazendo essas oportunidades e
cabe a nós aproveitarmos”, afirma sobre a possibilidade de se tornar um
empreendedor.
Já a proposta de empreendimento da também acadêmica do Campus Porto
Velho Calama, Jéssica Evangelista Araújo, trabalha a automatização de
monitoramento da água na piscicultura. Ela cursa Engenharia de Controle e
Automação e a disciplina de Linguagens de Programação foi proposta para terem
noção da realidade social. “Rondônia é o maior produtor de peixes da região
Norte e de nível nacional. E o projeto contribui porque interliga uma
tecnologia com um problema local”, afirma.
As incubadoras de empresas do IFRO são voltadas ao atendimento a startups,
que são empresas em estágio inicial com potencial de inovação e capacidade
técnica e gerencial para serem escaláveis e repetíveis (ou seja, com potencial
de crescimento progressivo e de produção padronizada).
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