Sexta-feira, 8 de setembro de 2023 - 11h41
Questionamentos sobre o modelo educacional vigente, educação globalizada
e integral, bem-estar dos profissionais da área e professores como agentes
transformadores. Estes foram alguns dos temas apresentados durante o 12º
Encontro Interestadual do Programa A União Faz A Vida, promovido pelo Sicredi
nos dias 29 e 30 de agosto, de forma online. O evento reuniu aproximadamente dois
mil profissionais da educação de todo o País. Para aqueles que não
participaram, as palestras estarão disponíveis para visualização até o fim de
setembro. Para assistir basta acessar https://www.encontroauniaofazavida.com.br/. No site também está
disponível uma pesquisa de satisfação, destinada aos participantes, que ao
responderem receberão o certificado de participação.
“Transformando o espaço educacional” foi tema da palestra de
abertura, ministrada por Guto Niche. Já no início, o palestrante explicou que
espaço educacional é tudo aquilo que acolhe o ecossistema educacional,
principalmente as pessoas inseridas nele, sendo elas as responsáveis pelas
mudanças. “Nossa primeira reforma educacional é a reforma existencial do
professor, do aluno e da comunidade escolar”, pontuou. E ainda afirmou que para
ressignificar os modelos mentais da educação e transformar o espaço educacional
é preciso inovar e estar aberto ao que é diferente.
Durante a palestra, Niche defendeu que as salas de aula precisam ser
espaços de experiências significativas de aprendizagem e questionou o modelo
educacional implantado atualmente: “Será que o jeito que a gente ensina
e constrói conhecimento faz sentido no momento contemporâneo ou é um modelo
mental dos nossos ex-professores?”.
De certa forma, esta pergunta foi respondida pela segunda palestrante do
evento, Raquel Karpinski, ao abordar o tema “Preparando para o Futuro.
Oportunidades no Ensino Fundamental”. Ela falou sobre os desafios da
educação globalizada, que diferencia a forma com que os alunos aprendem
atualmente e que tem como consequência a necessidade da formação continuada dos
profissionais da educação. Também abordou sobre a implantação da educação
integral, que olha para a criança em todas as dimensões: cognitiva, física,
intelectual, social, emocional e cultural.
“A partir da inovação para um processo de aprendizagem, a considerar os
contextos e o diagnóstico daquela realidade, ao encontro de um recorte
geracional contemporâneo, conseguimos possibilitar a transformação e ir ao
encontro dessa educação integral, tão necessária para nossa sociedade”, afirmou
Raquel.
Por meio do Encontro, o Sicredi buscou impactar professores e
profissionais da área para colaborar para a transformação social através da
educação. “O PUFV é desenvolvido no País há 28 anos, beneficiando e
contribuindo com escolas públicas e particulares através de uma metodologia
inovadora, que coloca o aluno como protagonista do próprio aprendizado. Da
mesma forma, por meio dos Encontros, proporcionamos aos educadores um momento
de aprendizagem e troca, para que eles se enxerguem como agentes
transformadores e protagonistas da transformação no ambiente escolar”, afirmou
o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.
E para transformar o ambiente educacional, os professores e gestores da
educação devem, primeiramente, observar e se preocupar com seu próprio
bem-estar. Este foi o mote da palestra “Cuidar de si para transformar o
outro”, ministrada por Elisa Zingano, no segundo dia do Encontro. Segundo
ela, o bem-estar integral - que reúne saúde (física e psicológica), a
prosperidade (carreira e sustentabilidade financeira), o social (relacionamento
e pertencimento) e a transcendência (espiritual e intelectual) – é um
equilíbrio pessoal fundamental para que os profissionais da educação façam a
diferença junto aos alunos.
“Precisamos estar muito atentos sobre o quanto é importante e urgente
que a gente olhe para a saúde mental, para que não coloque mais o tema do
bem-estar como algo secundário ou coadjuvante, mas sim como um ponto crucial
para que a gente se mantenha bem, se mantenha sustentável e saudável”,
ressaltou Elisa.
O tema também foi comentado durante palestra de Leandro Karnal, intitulada “Educadores, agentes transformadores”. Para ele, os professores devem ser protagonistas e acreditar que suas ações podem transformar. E o que é ser protagonista? Cuidar de seu corpo, da sua saúde mental, reconhecer seus limites, ter resiliência e estar sempre renovando seus conhecimentos.
“Se eu for para a sala de aula com um sentimento protagonista de que eu
posso melhorar, imediatamente as pessoas passam a dar o máximo de si. Ser
protagonista, em primeiro lugar, é não acreditar em discursos derrotistas,
porque vamos convir se eu acho que não vale a pena educar o melhor a fazer é
não educar e ir me dedicar a outra tarefa”, exemplificou Karnal.
Assim como Elisa, ele ainda alertou os profissionais da educação sobre a
necessidade de cuidado com a saúde mental. “Reconheça seus limites. Professores
são atacados de ansiedade, especialmente domingo à noite, de insônia quase
todos os dias, de síndromes de pânico e depressão. Se você sente que está
escapando do controle, procure ajuda. O magistério é uma função desgastante,
dirigir pessoas é uma função desgastante. A mente tem o mesmo limite do corpo.
Se forçar, eles irão sair do controle”.
Karnal também discorreu sobre a necessidade de continuar aprendendo,
pois atualmente não basta ser formado em curso da faculdade, é necessário estar
sempre adaptando o conhecimento para o novo mundo e as novas tecnologias. Para
além disso, frisou a importância de se entender sobre neurodiversidade e como
isso impacta na aprendizagem dos alunos e em como o professor pode se portar
diante disso. “Educação não é ter conteúdos muito decorados, educação é ter uma
nova atitude diante do mundo”, pontuou.
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