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Escola João Bento da Costa faz História, de novo, no ENEM



Após a divulgação pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, dos resultados do ENEM/2013 por escolas, a alegria tomou conta de professores, alunos e funcionários da Escola Estadual Professor João Bento da Costa localizada na zona sul de Porto Velho. O motivo de tanta euforia foram as excelentes notas conseguidas por esta instituição pública de ensino no Exame Nacional do Ensino Médio do ano passado. Com quase 500 alunos participando daquelas provas, um recorde estadual, o JBC não só fez História como também elevou ao topo máximo Escola João Bento da Costa faz História, de novo, no ENEM - Gente de Opiniãoo nome do Estado de Rondônia nos cenários regional e nacional. “Infelizmente o Estado de Rondônia, principalmente na área política e administrativa, nos últimos anos, só tem dado desgosto e vergonha para os seus habitantes, as incontáveis operações policiais neste Estado associadas à corrupção e à roubalheira nos faz perder a vontade de viver e trabalhar dignamente aqui”, afirmou um professor do Projeto Terceirão da escola, que não quis se identificar. “Esse resultado conseguido pelos dedicados alunos desta instituição de ensino demonstra que há coisas neste Estado que dão certo e por isso deveriam ser reconhecidas. E é dessa forma, usando a competência, o trabalho sério, a disciplina, a dedicação e o compromisso, que a Escola João Bento da Costa dá a sua contribuição para limpar o nome deste Estado”, concluiu o educador.

As notas do Colégio João Bento da Costa são realmente envaidecedoras em todos os sentidos. Com uma média superior aos 514 pontos nas provas objetivas e 574 na prova de Redação, o JBC ficou em primeiro lugar no Estado de Rondônia dentre todas as escolas estaduais e em toda a região Norte do país, esta escola da zona Sul de Porto Velho ficou em terceiro lugar nesta modalidade de ensino perdendo apenas para o Colégio Militar da Polícia Militar do Estado do Amazonas e para a Escola Estadual de Tempo Integral Marcantonio Vilaça II, ambas de Manaus, respectivamente com as notas 537 e 535. No ENEM de 2013, o João Bento desbancou escolas estaduais de estados tradicionais da Federação como o Pará, Mato Grosso, Maranhão, Sergipe e Paraíba. Vários professores do Projeto Terceirão da Escola João Bento da Costa foram unânimes em afirmar que estas notas são o resultado de muita dedicação, trabalho e compromisso e que poderiam ser bem maiores que ainda assim não seria nenhuma surpresa. “Ainda temos muito a conquistar, estas notas estão muito baixas se levarmos em consideração as notas obtidas por escolas estaduais de Estados como São Paulo, Minhas Gerais e Rio de Janeiro”, afirmou a professora Soniamar Salin de Redação e Língua Portuguesa do Projeto Terceirão da Escola João Bento da Costa.

O Diretor da Escola, professor Chiquinho Lopes, foi categórico ao afirmar que o sucesso da escola é um esforço conjunto de todos os envolvidos no processo educacional do estabelecimento de ensino. “Do mais humilde funcionário, passando pelo pessoal de Secretaria, Supervisão, Orientação Educacional e por todos os professores e alunos das séries iniciais do Ensino Médio e, obviamente, pelos professores e alunos do Projeto Terceirão desta escola, todos são os grandes responsáveis por este sucesso”, disse o Diretor, que acabou de ser reeleito para um mandato de mais três anos à frente desta unidade de educação. Vários professores afirmaram que o ensino ministrado no João Bento em nada se diferencia das tradicionais escolas particulares de Porto Velho. Aliás, em termos de nota do ENEM, percebe-se que o JBC está parelho com as melhores escolas particulares da cidade tendo inclusive superado algumas delas. Realmente, as notas da escola se parecem e muito com as notas das melhores escolas particulares de Porto Velho, basta se verificarem as relações divulgadas pelo INEP.

Se a nossa escola proporcionasse um turno integral para os seus alunos, sem demagogia e sem propagandas político-partidárias no processo, certamente ninguém nos batia neste Estado e seríamos uma das melhores escolas do país”, afirmou convicta uma das alunas que estudou na equipe de 2013 da escola. Do ponto de visto da estrutura física, no entanto, a escola JBC em nada se diferencia de outras escolas públicas de Rondônia e mesmo do Brasil. Há muita sujeira, esgotos a céu aberto, carteiras quebradas, aparelhos de ar condicionados defeituosos, calor insuportável, banheiros imundos que mais se parecem os banheiros da rodoviária da cidade. O grande diferencial, entretanto, são os professores compromissados com os bons resultados e principalmente a garra dos alunos que chegam ao terceiro ano. “Aqui nós cobramos muito dos nossos alunos, pois sabemos que eles têm muito a dar, pois não se faz uma escola boa na base da conversa mole e do jeitinho”, afirmou o Professor de Redação. “Até o horário aqui é rigoroso. Aluno que chega atrasado 1 minuto apenas, é advertido, não entra em sala de aula e nem faz prova, só depois e com justificativas pertinentes”, concluiu.

O professor de Redação afirmou ainda que as notas obtidas pelo João Bento são realmente muito baixas observando-se outras realidades em Rondônia e no Brasil. “Todas as nossas escolas públicas deveriam ser de tempo integral, o Poder Público deveria junto com a população incentivar e reaparelhar melhor todas as escolas públicas”, disse. O professor também mostrou a sua preocupação com as outras escolas públicas de Rondônia: “se a melhor escola teve esta nota, é de se imaginar como não é o ensino na pior escola”, concluiu.

O potencial dos professores do João Bento parece realmente fazer o grande diferencial em favor da escola. Neyzinho, professor de Matemática e Mestre com estudos de pós-graduação e especialização na França, sempre reconheceu a potencialidade dos seus alunos. “Aqui, temos alunos de excelente qualidade que se forem realmente trabalhados produzirão grandes resultados”, afirmou um dos melhores professores de Matemática de Rondônia. Carlos Moreira, poeta de primeira linha, vários livros publicados e professor de Literatura do Projeto Terceirão também concorda com o professor Ney. O João Bento da Costa conta também com outros grandes nomes na área da educação em Rondônia como o Professor de História Walfredo Tadeu, um dos melhores do Estado, Arimatéia Dantas de Geografia, Thalles Gomes, Russimeire, Geane, Mônica de Química, Doralice de Inglês, Vagson, Adriana, a vice-diretora e coordenadora do Projeto, Elizabet Lima da Silva, dentre tantos outros. Mas não são eles que estão de parabéns. É Porto Velho, é Rondônia, é a educação pública deste Estado. São, enfim, os pais e os alunos do Projeto Terceirão do Colégio João Bento da Costa de Porto Velho: uma escola pública que sempre deu certo.

Fonte: José Nazareno da Silva
 

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