Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Educação

Estados e municípios querem adiar reajuste do piso dos professores para agosto



Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Estados e municípios querem que o reajuste do piso salarial dos professores seja adiado para agosto e que o índice seja 7,41% e não 11,36%, como prevê a lei. O reajuste, concedido anualmente, é divulgado em janeiro.

A proposta de adiamento está em dois documentos enviados à presidenta Dilma Rousseff, um assinado por dez estados e pelo Distrito Federal, e outro, pelas prefeituras representadas pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Hoje (13), secretários estaduais de educação entregaram ao Ministério da Educação (MEC) uma carta em apoio aos documentos apresentados ao governo.

A justificativa para o pedido de adiamento é que o contexto de crise econômica torna o reajuste insustentável nesse início do ano. Segundo cálculo previsto em lei, o aumento em 2015 deve ser 11,36%, mas estados e municípios defendem que o reajuste do piso seja 7,41%.

“Os efeitos da crise já se fazem sentir nas despesas obrigatórias como na saúde e educação, com a diminuição do valor dos repasses constitucionais e a elevação dos custos operacionais e a manutenção dos serviços que estão atingindo limites insustentáveis", diz o documento enviado pelos governadores.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo os governadores, nos últimos cinco anos, o valor por aluno subiu 87%, levando a um aumento de 37% no piso salarial dos professores.

Os municípios acrescentam que a situação atípica do exercício de 2015, com retração da atividade econômica, "precisa ser levada em consideração na fixação do índice de reajuste do piso, de forma compatível com as finanças dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”, de acordo com o documento da CNM.

Hoje, a questão foi levada ao Fórum Permanente para Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional, composto por representantes do MEC, dos estados, dos municípios e dos trabalhadores. O Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) diz que, para cumprir o reajuste estimado de 11,36% seguindo os critérios atuais, será necessária a complementação financeira da União.

Para os trabalhadores, o reajuste do piso salarial não é negociável. "O que tem que ser cumprido é a lei", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.

"O que ficou acertado no fim da reunião é que a lei será cumprida e o reajuste será o de 11%. O fórum vai discutir os problemas da Lei do Piso e vai buscar uma solução. Todo fim de ano ocorrem problemas e isso não é bom", acrescentou. No ano passado, o não cumprimento da lei levou a greves de professores nos estados e municípios.

MEC

O MEC informou que instituiu o fórum para discutir a questão do piso dos professores e lembrou que a atualização no mês de janeiro está prevista em lei. “O ministério reconhece a dificuldade financeira de estados e municípios e que a legislação precisa ser aprimorada. Mas existe uma lei, aprovada pelo Congresso Nacional, não alterada nos últimos anos, que estabelece que o valor do piso seja atualizado a cada mês de janeiro”, informou em resposta encaminhada à Agência Brasil.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governo de Rondônia reforça compromisso com educação ao entregar obras em escolas de Vilhena

Governo de Rondônia reforça compromisso com educação ao entregar obras em escolas de Vilhena

“A educação é o pilar fundamental para transformar vidas e promover o desenvolvimento do nosso estado. Essas obras são mais que estruturas físicas;

Cerrado brasileiro será destaque durante a 11° edição das Jornadas do Patrimônio 2024

Cerrado brasileiro será destaque durante a 11° edição das Jornadas do Patrimônio 2024

No próximo dia 29 de novembro, Brasília será palco da 11° edição das Jornadas do Patrimônio 2024, evento gratuito voltado a professores da rede públ

Programa Faculdade da Prefeitura ofertou mais de 1.200 bolsas de estudo na gestão Hildon Chaves

Programa Faculdade da Prefeitura ofertou mais de 1.200 bolsas de estudo na gestão Hildon Chaves

Realizar o sonho de ingressar em um curso superior é o anseio de muitos estudantes de baixa renda. Um caminho árduo diante da limitação financeira, ma

Palestra e Roda de Conversa encerram programação de Novembro Negro no IFRO

Palestra e Roda de Conversa encerram programação de Novembro Negro no IFRO

No dia 28 de novembro, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Campus Calama, promoverá do

Gente de Opinião Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)