Domingo, 4 de setembro de 2022 - 12h05
Um protótipo
de um filtro alternativo à base de carvão ativado feito com a semente do açaí
desenvolvido por estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus
Porto Velho Calama, ganhou reconhecimento internacional. David Henrique de Lima
Oliveira, 16 anos, estuda o 2º ano do Curso Técnico em Química e participou no
início deste ano do programa para bolsas do AFS
Global STEM Academies, que combina aprendizado digital e presencial
com estímulo ao desenvolvimento de conhecimentos sobre sustentabilidade e
habilidades STEM
(Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática).
A aprendizagem
ocorre por meio de uma abordagem interativa e prática, com incentivo de
competências globais como: resolução de problemas, habilidades analíticas,
compreensão intercultural e inovação social. O programa é realizado com base
nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas
(ODS/ONU) e é desenvolvido com um currículo virtual e workshops de 12 semanas,
realizados de forma remota.
Durante esse
período, David montou o protótipo físico do filtro, contando com o apoio e
orientações do Professor de Biologia e Microbiologia do Campus Calama, Edailson
Alcântara Correia; da Professora de Química, Minelly Azevedo, e também dos
colegas Raissa Diógenes Silva, do 2° ano Técnico em Química, e Carlos Henrique
Azevedo Guimarães, do 2° ano Técnico em Eletrotécnica.
Para idealizar
o filtro, David levou em consideração a importância da água potável, tendo como
referência a dificuldade de acesso à água tratada e boa para consumo pelas
populações, principalmente da Região Nordeste, tendo como referência a cidade
de Esperantinópolis, com cerca de 17 mil habitantes, no interior do Maranhão,
localidade onde viveu sua família. Ele veio para o estado de Rondônia, pouco
depois de ter nascido.
Experiência
internacional
Ao final do
workshop, o protótipo do filtro foi avaliado por uma banca do Centro de
Estratégia de Impacto Social da Universidade da Pensilvânia, de onde recebeu o
certificado em cidadania e impacto social. Após essa fase, David contou com a
colaboração do Assessor de Relações Internacionais do IFRO, Márcio Miranda, que
o auxiliou no processo seletivo e com as cartas de recomendação para o
intercâmbio cultural no Egito. Naquele país, o David ficou hospedado na cidade
de 6th October,
próxima ao Cairo.
O intercâmbio
durou um mês, durante três semanas ele ficou na residência de uma família que o
hospedou. Frequentou como aluno o escritório da AFS, desenvolvendo atividades
de campo e fez vários passeios e visitas culturais a universidades e museus.
Também foi conhecer a localidade de Manschiyat
Naser, um distrito da Cidade do Cairo, cuja economia gira em torno
da coleta e reciclagem de lixo.
Compondo um
grupo de cinco brasileiros e três mexicanos, eles desenvolveram um projeto de
Cidades Sustentáveis, baseado no ODS 11, que tem foco nas cidades. O ODS 11
busca tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e
sustentáveis. Impactados pela comunidade coletora de resíduos, o grupo
desenvolveu um projeto para uma cidade sustentável, que indicou possibilidades
reais e possíveis para a coleta seletiva, implantação de ecopontos, energia
limpa e renovável por meio de painéis solares ou energia eólica, horta
comunitária, biodigestor, ecobricks para coleta e armazenagem, para facilitar o
trabalho dos catadores. O trabalho foi apresentado em 3D para facilitar a
visualização e foi criado também um site para a conscientização sobre as ideias
propostas.
Quanto à
experiência no Egito, David disse que pôde adquirir e passar conhecimento,
mostrando um pouco da cultura brasileira e trocando informações com os amigos
de outros lugares do mundo. Agora ele vai trabalhar para terminar o filtro
planejado buscando parcerias para a produção, que estima não atingir um custo
superior a R$50 reais. Ele também acredita estar colaborando com outros agentes
de mudanças, buscando meios de vida melhor. Além de trabalhar no filtro, David
está fazendo palestras abertas ao público estudantil, mostrando as
possibilidades para que outros amigos possam vivê-la. Pretende estudar Medicina
e conta que sempre idealizou oferecer algo melhor para a sua família. Por isso,
logo cedo criou um mural de vida extraordinária para anotar suas ideias e
torná-las realizáveis. David também participa como Coordenador de
Desenvolvimento do Grêmio Estudantil Aruana, do Campus Calama.
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