Quinta-feira, 2 de maio de 2013 - 05h07
Mariana Tokarnia
Agência Brasil
Brasília - A partir deste mês, estudantes passam a receber as bolsas de pós-graduação com os valores reajustados. Para os alunos, mesmo com o aumento, o valor é insuficiente para pagar as contas, ter condições de viajar, apresentar trabalhos, comprar livros e se dedicar exclusivamente à pesquisa. Entidades que atuam no setor pedem melhores condições, mas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) diz que tem que optar entre aumentar o valor ou a quantidade de bolsas e beneficiar mais estudantes.
A Associação Nacinal dos Pós-Graduandos (ANPG) quer maior valorização das bolsas, cujos reajustes recentes apenas cobriram parte das perdas inflacionárias e não significaram ganho real. Os estudantes reivindicam um índice de reajuste que garanta a constante valorização das bolsas e a diferenciação dos valores por estado, de forma que o que ganham seja suficiente para o sustento nas localidades que escolherem.
O vice-presidente da Regional Centro-Oeste da ANPG, Fábio Borges, diz que o aumento que passam a receber este mês é uma conquista, mas está aquém da necessidade dos estudantes. "Ainda está aquém do que deveria ser a pesquisa e a pós-graduação no Brasil, e o problema se intensifica com as desigualdades do custo de vida em diferentes regiões. Uma coisa é viver em Brasília, outra é viver no Recife e outra no interior do Espírito Santo. As assimetrias regionais deveriam ser consideradas ao se pensar o valor das bolsas".
Segundo o último levantamento, em 2012 foram 77,9 mil bolsas de pós no país ofertadas pela Capes. Somadas ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, foram 127 mil ofertadas em todas as modalidades. Pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram cerca de 81 mil bolsas oferecidas em todas as modalidades no mesmo ano, de acordo com o Ministério da Educação.
"Temos que escolher entre aumentar o valor e aumentar o número de bolsas. Optamos por aumentar a quantidade de bolsas", disse o presidente da Capes, Jorge Guimarães. De acordo com ele, 79% do orçamento da autarquia vão para o pagamento das bolsas. "A pós-graduação é um investimento pessoal e o governo ainda ajuda. Ser estudante não é profissão. É um investimento durante um período, mas que depois vai levar a muitas compensações, como salários mais altos", explicou.
Guimarães disse ainda que um índice não é uma proposta considerada viável, entre outros motivos, pela dificuldade de se aprovar no Congresso Nacional uma proposta nesse sentido e um orçamento voltado aos reajustes. A diferenciação regional, segundo ele, também não discutida pela Capes. Jorge Guimarães reforçou, no entanto, a importância dessa etapa de ensino: "Ter mais pós-graduados signifca sustentar o desenvolvimento do país com gente mais qualificada. A graduação oferece uma formação mais informativa. Já a pós é formativa, os estudantes estão se preparando para o mercado de trabalho".
Olimpíada de Administração abre inscrições para edição de 2025
Mostrar o valor da sustentabilidade nas organizações e formar profissionais mais conscientes. Esse é o principal objetivo da 2º Olimpíada Brasileira
Professora de Cabixi (RO) é homenageada por projeto que promove igualdade racial na educação
A professora Kerlen Patricia de Oliveira Souza, da Escola Municipal Chico Soldado, localizada no município de Cabixi (RO), foi homenageada com um Vo
Campanha de arrecadação de livros marca o Dia do Livro Infantil em parceria com a AJEB-RO
Em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil, celebrado em 18 de abril, a Biblioteca Municipal Francisco Meireles, em parceria com a Associação
Deficiente auditivo destaca importância do aprendizado de Libras
O jovem Gabriel Franco dos Santos, 25 anos, disse que o aprendizado de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, pela população ouvinte, tem um impact