Sábado, 7 de maio de 2022 - 13h10
Em “NOTA
À COMUNIDADE ACADÊMICA E À SOCIEDADE” datada de 06 de maio de 2022, a ADUNIR –
Associação dos Docentes da UNIR, Seção Sindical do ANDES - Sindicato Nacional
expressou seu descontentamento com a inércia da Reitoria da UNIR em solucionar
o problema das progressões funcionais que já se arrastam por mais de 02 anos.
As
cobranças dos professores da UNIR resultaram em inúmeras reuniões com a
Administração Superior da UNIR e com a Reitora Marcele Pereira. Contudo,
tornaram-se infrutíferas. A nota ainda afirma que “levantamento junto às
Universidades do país identificou que somente a UNIR e a UFPB adotaram a medida
extrema de anular progressões já concedidas aos docentes”.
O QUE É
VERDADE E O QUE NÃO É NO DISCURSO DA REITORIA DA UNIR
A
Reitoria da UNIR quer passar uma imagem de que sua administração está
preocupada com a categoria, contudo, seu discurso não condiz com a prática. Os
professores da UNIR apontam que “O discurso falacioso da reitora de que
sua maior preocupação é que ‘todos os direitos dos professores sejam
preservados’, não prospera, em razão de anulações das progressões funcionais já
concedidas e alterações dos efeitos acadêmicos (interstícios), o que vem
alterando toda a carreira dos servidores afetados”. A nota ainda
denuncia que houveram casos em que “o docente teve anuladas todas as suas
progressões, regredindo ao início da carreira e, pasmem, teve o interstício
alterado em razão do último pedido de progressão, que foi anulado”.
Segundo a
ADUNIR, “são cerca de 300 docentes prejudicados pela Reitoria da UNIR”
e a Entidade diz que não irá se calar diante da inércia e das tergiversações da
Administração Superior, uma vez que “muitos docentes estão passando por
dificuldades financeiras decorrentes dessa absurda negação de seu direito à
progressão funcional”. Diante do impasse, o sindicato externa à
comunidade universitária e sociedade em geral sua indignação e conclui
afirmando que tomará as medidas cabíveis pelos direitos já adquiridos dos
docentes da UNIR.
Confira
Nota
NOTA À COMUNIDADE ACADÊMICA E À SOCIEDADE
A Associação dos Docentes da Universidade Federal
de Rondônia UNIR – ADUNIR-SSIND, seção sindical do ANDES-SN, neste ato
representando seus associados e demais Professores do Magistério Superior da
UNIR, prejudicados em relação às progressões funcionais por avaliação de
desempenho e, em razão dos últimos comunicados da Administração Superior da
UNIR, vem restabelecer a verdade.
Em 24/06/2019, a Pró-Reitoria de Administração da
UNIR editou Ofício Circular endereçado a todos os Dirigentes de Unidades desta
IFES. Este documento faz uma análise dos procedimentos de concessão de
progressão funcional da carreira do magistério superior, destacando que, em
alguns casos, havia “algum grau de impropriedade em sua concessão, com especial
atenção à concessão de progressões simultâneas, referente a mais de um
interstício, sem obediência à obrigatoriedade de permanência de 24 meses entre
uma progressão e outra”. Essa impropriedade é destacada pela PRAD, em razão de
novo entendimento do extinto Ministério do Planejamento, a partir da Nota
Técnica (NT) nº 2556/2018-MP, que uniformiza o entendimento referente à
concessão de progressão funcional aos docentes das IFES.
Referido Ofício representa uma nova interpretação
dada pela Administração Superior da UNIR em relação às progressões funcionais
dos docentes desta IFES, a partir da referida NT, oportunidade em que a
Administração Superior da UNIR passou a revisar as progressões.
Em comunicado emitido em 04/04/2022 e publicado na
página da UNIR (https://servidor.unir.br/noticia/exibir/21361),
amplamente divulgado pela Assessoria de Comunicação aos e-mails dos
professores, a PRAD informa que
A questão envolvendo as progressões
funcionais docentes revistas pela UNIR, o que aconteceu a partir de agosto de
2018, tem sido foco de diálogo e reuniões entre a gestão superior da
Universidade e representantes dos professores. Na mais recente reunião sobre o
tema, solicitada pela Associação dos Docentes da UNIR (Adunir) e realizada no
dia 24/3, estiveram presentes a reitoria Marcele Pereira, o vice-reitor,
Juliano Cedaro, a pró-reitora de Administração, Vastinei Sena, a Procuradora
Institucional da UNIR, Maíza Maltez, membros da Comissão Permanente de Pessoal
Docente (CPPD), a auditora interna da UNIR, Verônica Dias, o professor Otacílio
Moreira, representante da comissão nomeada pela Reitora para analisar os
processos de progressão revistos, e os diretores da Adunir Adilson Siqueira,
vice-presidente, e Agripino Fonseca, tesoureiro. A reitora Marcele Pereira
destacou que a gestão da UNIR tem se desdobrado para encontrar o melhor modo de
dar resolução à questão, e que todas as áreas técnicas têm se debruçado sobre o
tema: “A maior preocupação é garantir que todos os direitos sejam preservados,
e para isso todos os esforços estão sendo empenhados”, garantiu a reitora.
Em primeiro lugar cabe destacar que, ao que temos
conhecimento, as progressões funcionais estão sendo revistas desde junho de
2019, a partir do Ofício Circular da PRAD, que deu origem à nova interpretação
sobre progressões nesta IFES, em razão da NT 2556/2018, sendo esse o único
documento oficial que temos conhecimento, largamente juntado nos processos de
anulações e alterações dos interstícios dos professores da UNIR que vêm sendo
prejudicados. Desconhecemos qualquer outro documento oficial anterior a junho
de 2019.
Em relação aos diálogos estabelecidos, entre a
gestão superior da UNIR e representantes dos docentes, vem ocorrendo somente a
partir de agosto de 2021, graças à provocação e trabalhos realizados
pelos docentes que fizeram levantamento junto às Universidades do país e
identificaram que somente a UNIR e a UFPB adotaram a medida extrema de anular
progressões já concedidas aos docentes.
Por causa desses diálogos, que resultou em reunião
realizada em agosto de 2021, foi instituída pela Reitoria da UNIR uma Comissão
(Portaria nº 531/2021/GR/UNIR) composta por docentes, membros da CPPD, pelo
então Pró-Reitor de Administração da UNIR e diretor da DAP, com a finalidade de
elaborar proposta de uniformização de entendimento acerca das progressões
funcionais dos docentes da UNIR a partir da legislação em vigor, da NT
2556/2018-MP e do Ofício Circular nº 0053/2018-MP.
Em relação ao argumento de que a gestão da UNIR tem
se desdobrado para encontrar o melhor modo de dar resolução à questão, de que
todas as áreas técnicas têm se debruçado sobre o tema, tal declaração não
corresponde à verdade: o Pró-Reitor de Administração, designado para atuar na
Comissão, não compareceu a qualquer ato da comissão, mesmo sendo convocado. A
comissão cumpriu o objeto para o qual foi instituída, chegando a um
entendimento a partir dos trabalhos realizados, sendo que a Administração
Superior, a partir de ato publicado na página da UNIR, deu a entender que
acataria o relatório da Comissão, contudo, recuou de sua decisão.
Desconhecemos qualquer ação da Reitora Marcele
Regina Nogueira Pereira em solucionar o problema. Todas as ações, até agora,
para resolver a situação, foram conduzidas por docentes. A Administração
da UNIR sequer procurou em outras universidades as medidas que essas vêm
tomando, jamais foi ao MEC verificar o efetivo entendimento da NT e que medidas
deveriam ser tomadas. Oficialmente, jamais houve por parte da Administração
Superior, ao que temos conhecimento, qualquer ação, trabalho ou preocupação em
solucionar o problema das progressões docentes.
O discurso falacioso da reitora de que sua maior
preocupação é que “todos os direitos dos professores sejam preservados”, também
não prospera, em razão de anulações das progressões funcionais já concedidas e
alterações dos efeitos acadêmicos (interstícios), o que vem alterando toda a
carreira dos servidores afetados. Cabe destacar que a Administração Superior da
UNIR já mudou de entendimento, no meio do processo e, a partir de setembro de
2021, vem concedendo progressões funcionais sem alterar os efeitos acadêmicos,
não revisando os casos anteriores em que professores tiveram sua vida funcional
alterada em razão da interpretação inicial, agora percebida como errônea pela
gestão, facilmente identificada pelas progressões concedidas a partir de 2021.
Cabe ressaltar que entendimentos estabelecidos na NT 2556/2018 já foram
reconhecidos, pelos próprios Ministérios do Governo Federal, como equivocados,
a exemplo do documento hábil para promoção por titulação.
A confusão é tamanha que atualmente a própria
Administração não sabe informar ao docente qual seu período de interstício.
Temos casos em que o docente, por recomendação da DAP, aguardou cerca de um ano
para solicitar nova progressão e, quando chegou o período orientado pela DAP,
esta diretoria novamente alterou o interstício do servidor. Em outros casos, o
docente teve anuladas todas as suas progressões, regredindo ao início da
carreira e, pasmem, teve o interstício alterado em razão do último pedido de
progressão, que foi anulado.
Mais recentemente, as progressões funcionais dos
docentes, já prejudicados por decisões anteriores, estão sobrestadas em razão,
segundo comunicado da PRAD, de auditoria da Controladoria Geral da União (CGU)
sobre todos os processos de progressão que passaram por revisão em função da NT
2556/2018, motivo pela qual a Administração Superior da UNIR aguarda relatório
de auditoria da CGU para tomar decisão.
Ocorre que solicitamos informações da
Superintendência da CGU em Rondônia, requisitando a íntegra do processo e os
fundamentos da referida auditoria, sendo informado: “não há auditoria ou
fiscalização em andamento nesta Regional, nem mesmo denúncia que a originou. A
solicitação de informação básica à Universidade visa entender como estão sendo
concedidas as progressões funcionais e, caso necessário, reestruturar um
trabalho futuro para avaliação e orientação aos gestores”. Não há auditoria ou
fiscalização da CGU sobre as progressões funcionais na UNIR tal qual vem
anunciando a Administração desta IFES, de forma que fica frustrada a intenção
da Reitoria de terceirizar a decisão sobre as progressões funcionais dos
docentes, que serão mais uma vez prejudicados em razão do sobrestamento dos
processos à espera de uma decisão terceirizada que não ocorrerá.
São situações que apontam para o quanto a
Administração Superior está perdida em relação à questão das progressões
funcionais e não vem buscando, de forma alguma, solucionar o problema. Ao
contrário, tem se complicado mais ainda com a suspensão das progressões a
pretexto de uma auditoria da CGU, que não está ocorrendo. Também é importante
registrar o caso de uma docente que denunciou junto à Administração Superior os
prejuízos que ela teve em relação às mudanças de interpretações da DAP durante
o processo, com o erro reconhecido pelo então diretor, sendo que a
Administração Superior não vem tomando qualquer medida para apurar os fatos
denunciados pela docente.
São cerca de 300 docentes prejudicados pela
administração da UNIR e não podemos nos calar diante da inércia e das
tergiversações da Reitoria sobre a situação. Muitos docentes estão passando por
dificuldades financeiras decorrentes dessa absurda negação de seu direito à
progressão funcional.
A diretoria da ADUNIR enviou um requerimento em
12/04/22 à Secretaria dos Conselhos Superiores (SECONS) requerendo da Câmara de
Legislação e Normas do Conselho de Administração – CONSAD uma nota técnica
sobre essa situação que envolve a efetivação das progressões funcionais dos
docentes da UNIR. Não obtivemos nenhuma resposta e reiteramos o pedido à
Reitoria e à SECONS, em 02/05/22. Até agora, não houve sequer uma resposta à
mensagem enviada.
Em razão de todo o exposto, informamos que estão se
esgotando as tratativas administrativas com a gestão da UNIR, em razão da
inércia dos gestores, e que esta Seção Sindical tomará as medidas cabíveis,
pelos direitos já adquiridos, dos docentes desta IFES.
Porto Velho/RO, 06 de maio de 2022.
ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
ADUNIR-SSIND
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