Quinta-feira, 16 de agosto de 2012 - 18h06
Alívio para os 47 médicos que fazem a residência médica em Rondônia, a notícia da permanência do programa tem significado ainda mais amplo quando se leva em conta o benefício que ele levará a população em termos de melhoria do atendimento nas unidades públicas de saúde. Essa é a consideração da presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, médica Maria do Carmo Wanssa, sobre a decisão da Comissão Nacional de Residência Médica do Ministério da Educação, que em sua reunião desta quinta-feira acatou os argumentos do Governo do Estado e referendou o projeto de recuperação do programa em Rondônia.
Com o voto de reconsideração do fim da residência médica em Rondônia, está garantida a continuidade do programa, mas com vários compromissos dos gestores da saúde pública estadual para mantê-lo dentro das normas que o estabelece. Como parte do programa de recuperação da residência médica em Rondônia, o Governo do Estado se comprometeu a deixar de descontar o Imposto de Renda dos valores correspondente à bolsa dos residentes, aumentar o número de médicos professores que acompanham os alunos e providenciar a justa remuneração destes e, ainda, construir novos laboratórios e uma biblioteca para o programa.
Para evitar o descontrole do programa, a Comissão Nacional de Residência Médica deixou claro que haverá acompanhamento mensal do cumprimento das metas. E a cada 90 dias, uma comissão virá de Brasília para fazer uma avaliação do programa e checar se as propostas apresentadas à Comissão Nacional estão sendo implementadas. Caso não cumpra com as próprias promessas, o Governo do Estado colocará o programa em risco novamente.
Por isso, o Conselho Regional de Medicina também vai fazer o acompanhamento do programa, por considerá-lo da maior importância para a formação de médicos especialistas e a fixação desses profissionais no Estado.
Enquanto os técnicos e gestores da Saúde pública trabalharam no Estado para preparar o plano de recuperação da residência médica a ser levado à Comissão Nacional, o médico rondoniense Hiran Gallo, diretor do Conselho Federal de Medicina, trabalhou em Brasília, mostrando aos membros da comissão a importância do programa para a saúde pública do Estado. “Foi um esforço enorme que, caso o Governo tratasse a residência médica com seriedade, não precisaria ser feito. Mas, enfim, conseguimos reverter o enceramento do programa, o que significa uma vitória para o povo do meu Estado, sobretudo para aquelas pessoas menos favorecida que só podem recorrer ao serviço público de saúde”, disse Hiran Gallo.
Fonte: Cremero
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