Sábado, 29 de dezembro de 2018 - 08h54
Dez anos transformando vidas e realidades. É assim que o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) completa neste sábado (29) sua primeira dezena de anos no estado de Rondônia. Juntamente com os demais 38 Institutos Federais distribuídos por todo o Brasil, a Lei 11.892 de 29/12/2008 reorganizou a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
“Em dez anos o IFRO já transformou vidas e contribuiu para o desenvolvimento de Rondônia. A nossa missão é ofertar educação profissional, científica e tecnológica publica, gratuita e de qualidade, tornando o IFRO em referência em ensino, pesquisa e de extensão, e agente de transformação social”, afirma o Reitor Uberlando Tiburtino Leite.
Para atingir a excelência no atendimento, o Instituto Federal de Rondônia vem implementando constantes inovações. A sociedade exige da administração pública serviços públicos de qualidade, e, para melhor atender às demandas apresentadas, a utilização de recursos públicos vem sendo muito bem planejada. Desta maneira, o Instituto foi ampliando gradualmente o número de cursos ofertados, chegando aos atuais 80 diferentes cursos nos níveis técnico (integrado, subsequente e concomitante), graduação (licenciatura, de tecnologia e bacharelado) e pós-graduação (especialização e mestrado). Na Formação Inicial e Continuada (FIC), foram ofertados, somente em 2018, mais de 45 cursos. Com essa estrutura educacional, é possível aos Institutos Federais potencializar o desenvolvimento acadêmico aliado à verticalização do ensino, em que o estudante pode iniciar um técnico de nível médio e alcançar a pós-graduação na mesma área inicial de estudos.
Ano após ano, o IFRO promove a inclusão de egressos no mundo do trabalho por meio da formação e qualificação profissional. Para tanto, são procuradas parcerias para estágios, encaminhamento ao mercado de trabalho e acompanhamento de egressos. Também são realizadas ações voltadas ao desenvolvimento de ideias empreendedoras sustentáveis e adaptadas à economia mundial, criando novas propostas mercadológicas, recursos, materiais e tecnologias. Na área de pesquisa, além de todo apoio à pesquisa e iniciação científica nos diferentes níveis de ensino, o IFRO abraça o fortalecimento de grupos de pesquisas atuantes na instituição com diferentes programas de apoio. Estão criados por professores e técnicos 40 grupos em atuação na reitoria e nos campi. E na área de inovação tecnológica, as solicitações de patentes e registros ultrapassam 90 projetos desenvolvidos nas diversas unidades do IFRO.
Em relação à tecnologia, foram diversas as aulas e os eventos ligados, por exemplo, à robótica. Um desses eventos foi a realização da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) no maior shopping de Rondônia. “O IFRO é uma instituição que promove ensino, pesquisa e extensão como foco na inovação, desenvolvendo tecnologias que atendem ao desenvolvimento local”, afirma o Professor do Campus Porto Velho Calama, Rafael Pitwak. Nos últimos quatro anos, foi oportunizado a mais de 70 estudantes a aprendizagem por meio de parcerias para estágios e pesquisa em outros países através do Programa de Internacionalização da Pesquisa, Ensino e Extensão. “Eu participei do programa de internacionalização do IFRO, o PIPEEX. Através desse programa, eu como aluno e servidor, tive a oportunidade de vivenciar experiências internacionais, em Portugal, no Instituto Politécnico de Bragança, onde eu desenvolvi pesquisas na escola superior agrária dessa instituição e pude incentivar estudantes e servidores a também participarem desse programa”, afirma Thiago Duarte Mielke, que é egresso do Curso Técnico em Agropecuária e atualmente é servidor do Campus Colorado do Oeste, onde também cursa a Licenciatura em Biologia.
Do Campus Porto Velho Calama, a estudante do Curso Técnico em Eletrotécnica integrado ao Ensino Médio, Danielle Menezes, diz que também teve sua vida transformada com o estudo ofertado em Rondônia. “O IFRO transformou tudo na minha vida. Antes de entrar aqui eu não tinha dimensão das possibilidades para estudo tanto pelo país como fora do país. Depois que eu entrei, tive experiências internacional e nacional, viajando por diversos locais e aprendendo cada vez mais. Então, o Instituto foi para mim um grande ponto de crescimento”, conta Danielle. A inserção social e desenvolvimento institucional são ampliados com as parcerias firmadas com outros órgãos. A servidora da Reitoria, Silvane Maria Pereira, cursa o Doutorado Interinstitucional (Dinter) em Educação, ofertado em parceria com Universidade Estadual Júlio de Mesquita - Campus de Marília (Unesp). Essa é uma das parcerias que o IFRO possui e que são voltadas à capacitação de pessoal em nível de mestrado e doutorado. “Para que o IFRO oferte uma educação de qualidade e preste um serviço de excelência à comunidade, é preciso que seus servidores estejam em constante aperfeiçoamento. Eu e mais 18 servidores participamos de doutorado em educação pelo IFRO e tem sido gratificante”, afirma a Revisora sobre as possibilidades ofertadas aos servidores para o aprimoramento das suas atividades laborais e atendimento ao público.
“E a nossa história está apenas começando. Somos um Instituto muito jovem, com um mundo de oportunidades para toda a comunidade e queremos consolidar a atuação institucional do IFRO e ser reconhecido pela sociedade como agente de transformação social, econômica, cultural e ambiental de excelência”, finaliza Uberlando.
Estrutura em constante ampliação
O
fortalecimento e crescimento de sua rede física e virtual de atuação
têm tornando a instituição uma referência em Rondônia. A partir da
política de interiorização estabelecida, não só pelo aumento do número
de campi,
mas também nos polos de educação a distância, mais comunidades foram
beneficiadas. Através de parceria com os municípios, a EaD/IFRO alcança
143 polos de educação a distância que tiveram mais de sete mil alunos
matriculados em 2018. As melhorias chegam ainda por obras que foram e
estão sendo entregues ano a ano. A Diretora de Engenharia de
Infraestrutura, Miralba Uchoa de Carvalho, traz os dados sobre o
crescimento estrutural dos campi. O crescimento inclui mais uma unidade, uma vez que a gestão do IFRO está realizando a fase de implantação do décimo campus, situado no município de São Miguel do Guaporé. No Campus Guajará-
E no Campus Porto Velho Zona Norte, são quatro blocos e mais um de dois pavimentos, um ginásio e uma cantina. Sua área de implantação é de aproximadamente quinze mil metros quadrados e uma área total construída com cerca de sete mil metros quadrados. Por ter sido planejado para sediar as ações de educação a distância, sustenta investimentos na estrutura de laboratórios e estúdios para a transmissão de aulas na modalidade EaD. No Campus Ariquemes, há um bloco administrativo de dois pavimentos e outros cinco blocos de salas de aula, mais um bloco de laboratórios, uma biblioteca, um alojamento masculino, um refeitório e um complexo poliesportivo. Além de um espaço da bovinocultura, um da suinocultura e uma “maternidade”, está em construção um bloco de três salas. Para os futuros ingressantes que tiverem interesse em conhecer a unidade, o campus possui o projeto Oikos que apresenta a escola para a comunidade e incentiva a fazer o processo seletivo para acessar o IFRO.
Em Jaru, o campus do IFRO é um dos mais novos implantados pelo Instituto Federal, possuindo dois blocos administrativos (aproximadamente 210 m²), um bloco com três salas de aula e outro com 12 salas e laboratórios. Na expansão, será construído um pórtico com arruamento e um bloco de 12 salas de aula para abrigar seus novos cursos e alunos. No Campus Ji-Paraná, estão construídos sete blocos destinados a salas e laboratórios, uma biblioteca, um auditório, um centro de convivência, um ginásio, um almoxarifado, um bloco de coordenação e um bloco de 12 de laboratórios. Totalizando 18 edificações, possui uma área de implantação com aproximadamente 32 metros quadrados, e uma área total construída de aproximadamente 9,5 mil metros quadrados. Em Cacoal, são um bloco administrativo, um bloco de laboratórios, um bloco de laboratórios e a coordenação, e outros dois blocos quem somam 18 salas de aula. A estrutura do Campus Cacoal se completa com um refeitório, um bloco de professores, um alojamento, uma garagem, uma agroindústria e duas UEPs (Unidades Educativas de Produção). Com perfil agropecuário, com foco na cafeicultura, o Diretor-Geral Davys Sleman de Negreiros acrescenta que acaba de ser feito o empenho dos equipamentos do laboratório de solos e plantas, oriundos do convênio realizado com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), órgão do Ministério da Indústria e Comércio, no valor superior a R$ 481 mil.
No Cone Sul do Estado, Vilhena possui dois blocos com dois pavimentos (salas e laboratórios), um bloco administrativo, um centro de convivência, uma guarita, um complexo poliesportivo (quadra coberta, vestiários, banheiros e piscina). E o Campus Colorado do Oeste tem um bloco de dois pavimentos para a Agronomia, um bloco pedagógico e administrativo, quatro blocos de salas de aula, um centro de convenções, um refeitório, uma cantina, uma suinocultura com cinco galpões, uma bovinocultura, uma piscicultura, uma fábrica de ração, um abatedouro de aves, uma guarita, dois alojamentos para alunos e um alojamento para professor. Também se estuda a readequação da rede elétrica. Pensando na sustentabilidade do campus, estão em licitação dez usinas de 17,4 kVA de energia com placas sem banco de baterias, com reversor de consumo para a empresa elétrica de Rondônia.
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