Terça-feira, 3 de abril de 2012 - 18h02
O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio em Rondônia. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes. A informação é do secretário de Estado da Educação, Júlio Olivar, que elogiou a iniciativa do ministro Aloizio Mercadante em dotar os professores da rede pública de ensino do Brasil da ferramenta na educação.
Olivar disse que os primeiros da lista serão os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas. Para Mercadante, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno.
- A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar.
Cursos de capacitação presencial e a distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.
O secretário garante que com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do país e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não-governamental que distribui aulas online em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.
Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais “amigável” para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores. Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes.
- O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio.
Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar entre R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de sete e dez polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.
O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de sete polegadas e aproximadamente R$ 470, pelo de dez polegadas. No mercado, conforme o ministério, o equipamento de sete polegadas custa cerca de R$ 800.
Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado, Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no comando do ministério.
- Esse programa foi desenhado nesse período que estou aqui.
O ministro explicou que a gestão do antecessor, Fernando Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de Estados e municípios.
As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos atendem às exigências do edital.
Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental. Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.
Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa UCA (Um Computador por Aluno), que distribui laptop aos estudantes.
Fonte: Decom
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