Sexta-feira, 7 de junho de 2024 - 14h43
O Ministério
Público Federal (MPF) recomendou à Secretaria de Educação de Rondônia (Seduc)
que assegure a participação integral de professores indígenas, matriculados em
2024, no Curso Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (Unir). O
curso intercala o trabalho nas escolas indígenas com aulas presenciais da
universidade, ministradas no campus de Ji-Paraná (RO). Por terem contrato
temporário, os professores relatam receio de serem demitidos – o que afasta os
docentes da formação continuada, prejudicando a qualidade do ensino indígena na
região.
Apesar de
legislações federal e estadual determinarem a oferta de cursos para capacitação
continuada aos profissionais, de forma simultânea aos trabalhos realizados nas
escolas indígenas, a Seduc não possui curso próprio destinado à formação, em
nível superior, de professores da educação indígena. A Unir é a única
instituição a oferecer, no estado, o ensino superior por meio do Curso de
Licenciatura em Educação Básica Intercultural, para formação de professores
indígenas. O curso, reconhecido pelo Ministério da Educação desde 2016, possui
processo seletivo próprio e calendário específico para realização das
atividades acadêmicas. A formação é ministrada em regime de alternância entre o
tempo na universidade e na comunidade, ambos com dedicação integral.
Na recomendação, o
MPF defende que o curso foi criado justamente para atender a demanda quanto à
formação e especialização dos profissionais que atuam na educação básica indígena.
Para o órgão, isso implica na necessidade de se garantir uma educação de
qualidade aos indígenas, tanto em relação à formação dos professores quanto ao
cumprimento do calendário escolar. “O direito à Educação Escolar Indígena
realmente diferenciada, específica, intercultural e bilíngue só pode se
efetivar com a formação inicial e continuada, especialmente planejada para o
trato com as pedagogias indígenas, dos professores indígenas que estão em sala
de aula nas comunidades indígenas”, afirma o procurador da República Leonardo
Trevizani, ao assinar o documento.
A recomendação faz
parte de procedimento em tramitação no MPF que visa a solucionar os problemas
relacionados à participação dos professores indígenas no curso universitário e
a reposição das aulas não ministradas nas comunidades. Ao promover o diálogo
entre a Seduc, a Unir e movimentos indígenas, a medida busca uma solução
consensual e compatível para todos.
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