Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Educação

MPF recomenda que faculdade forneça intérprete de Libras para alunos com deficiência auditiva


Para garantir a aplicação das leis de acessibilidade à educação, o Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) emitiu uma recomendação à União das Escolas Superiores de Rondônia (Uniron). Pela recomendação, a faculdade particular deve disponibilizar intérprete de Língua Brasileira dos Sinais (Libras) e equipamentos de tecnologia assistiva para atender necessidade educacional específica de alunos com deficiência, sem custos adicionais para os estudantes.

Um aluno com deficiência auditiva solicitou à Uniron um intérprete de Libras, mas a faculdade informou ao estudante que ele deveria arcar com os custos adicionais deste serviço. A mãe do estudante apresentou o caso ao MPF/RO, que abriu um inquérito civil público para apurar os fatos. Nas informações prestadas ao MPF/RO, a faculdade alegou que não era obrigada a fornecer o intérprete de Libras e não poderia atender a solicitação do aluno.

Para o MPF/RO, “a conduta da Uniron inviabiliza, de modo injustificável e discriminatório, o exercício de um direito fundamental (a educação), ao impor que estudantes com deficiência custeiem as medidas aptas a lhes garantir a igualdade de acesso e permanência no ensino superior”.

Segundo o procurador da República Ercias Rodrigues, os serviços de educação podem ser prestados pelo setor privado, entretanto, as instituições de ensino devem observar as normas gerais de educação. No Decreto Federal nº 5296/2004 consta que a empresa prestadora de educação superior deverá proporcionar serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, disponibilizando intérpretes ou pessoas capacitadas em Libras.

Também na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Congresso Nacional, considera-se “discriminação por motivo de deficiência” a recusa de adaptação razoável. Além disto, o Ministério da Educação estabelece que os serviços e recursos de acessibilidade deverão ser solicitados pelos alunos e fornecidos pela instituição de ensino superior (nota técnica nº 566/2010).

A faculdade tem dez dias para responder se cumprirá a recomendação. Em caso de descumprimento, o MPF/RO pode adotar medidas administrativas ou judiciais para que sejam cumpridas as leis de acessibilidade.

Fonte: MPF/RO (www.prro.mpf.gov.br)
 

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Mulheres rondonienses podem disputar bolsas de estudo gratuitas em Londres

Mulheres rondonienses podem disputar bolsas de estudo gratuitas em Londres

O Santander Universidades abre as inscrições para a bolsa Santander Women | SW50 Leadership 2025 – LSE. O programa oferece 50 vagas para mulheres qu

Ações voltadas à educação, saúde dos educandos e entrega de kits para todos os alunos da rede municipal de ensino são prioridades da gestão Hildon Chaves

Ações voltadas à educação, saúde dos educandos e entrega de kits para todos os alunos da rede municipal de ensino são prioridades da gestão Hildon Chaves

Os mais de 43 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino de Porto Velho no ensino infantil e fundamental, divididos em 141 escolas, sendo 84

Abertas as inscrições do Processo Seletivo Unificado 2025/1

Abertas as inscrições do Processo Seletivo Unificado 2025/1

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia inicia as inscrições para mais de 4 mil vagas no Processo Seletivo Unificado (PSU/

Programa Saúde Escolar acolhe crianças e adolescentes e facilita o aprendizado em Porto Velho

Programa Saúde Escolar acolhe crianças e adolescentes e facilita o aprendizado em Porto Velho

Com o objetivo de promover o desenvolvimento de crianças e adolescentes, oferecendo ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde e bem-estar,

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)