Segunda-feira, 30 de janeiro de 2023 - 12h33
Assídua
leitora pelos 91 anos que viveu, a senhora Nicéas Santiago Coelho, quando o
filho Jair Coelho Santiago, ao completar 16 anos, ela disse, parafraseando o
poeta Carlos Drummond de Andrade em seu “Poema de Sete Fases” – Jair, meu
filho, “acorda e vai ser gauche na vida”. Dito isso, o levou para
matricular-se em um dos cursos do SENAI Bahia.
Assim
teve início a trajetória do atual coordenador de Educação Básica e Profissional
do Departamento Regional de Rondônia com o SENAI, uma história que dura até os
dias atuais. Dona Nicéas – cujo nome foi escolhido pela mãe dela no Almanaque
Brasil -, conforme conta Coelho, sempre foi a maior influência de sua vida e
teve papel fundamental na sua escolha de entrar para uma escola SENAI, escolha
que certamente fez e continua fazendo diferença em sua vida.
Em 1974,
Coelho, aos 16 anos, se matriculou no curso de Eletricidade, seguindo o
conselho de sua mãe, uma pessoa muito preocupada com o amanhã, e tinha como
filosofia a certeza de que estudar é uma das principais ferramentas para
qualquer pessoa crescer na vida.
De acordo
com Coelho, ao completar o segundo a área Elétrica do SENAI Bahia. Na mesma
época, o SENAI Nacional criou um programa para melhorar o nível dos instrutores
e ele foi um dos escolhidos para ser facilitador no Programa.
De
instrutor, Coelho passou a exercer a função de coordenador de curso. Passados
poucos anos, ele foi aprovado em processo seletivo interno para trabalhar na
unidade de Camaçari-Bahia onde atuou na função de instrutor III. Acabou
retornando para a unidade de origem para ser gerente, também aprovado em
processo seletivo interno. Em seguida, veio a transferência para uma escola
SENAI localizada no extremo sul da Bahia para atender demandas de uma indústria
de papel e celulose com três mil funcionários. A próxima missão ele cumpriu na
cidade de Barreiras, onde o foco era o agronegócio. Esta primeira fase teve a
duração de mais de uma década.
Quando
saiu do SENAI veio o que denomina de “experiência extraordinária no exterior”.
Precisamente no continente Africano onde desenvolveu trabalhos em dois países.
Em 1987, retornou para o SENAI, mas não na Bahia, mas em Minas Gerais. Também
teve experiências em construtoras e mais uma vez fora do Brasil, na Guiné
Equatorial, na fronteira com Camarões e Nigéria. Conforme Jair Coelho, no
acampamento onde ficou, haviam 23 nacionalidades e para ele significou mais uma
experiência magnífica e um aprendizado como se estivesse lendo dez livros ao
mesmo tempo.
Retornou
mais uma vez para o SENAI da Bahia e em 2015 seguiu para o do Rio de Janeiro,
onde ficou durante três anos. Então, veio para o SENAI de Rondônia, onde há
quatro anos é coordenador da Educação Básica e Profissional do SESI-SENAI-IEL.
“O SENAI
foi um divisor de águas em sua vida. Tudo a partir da iniciativa familiar.
Minha mãe achava que tínhamos de ter muito apetite por conhecimentos para nos
diferenciar, não para sermos melhores que ninguém, mas em termos de
oportunidades perante ao que se abria no mercado de trabalho. Ela tinha um
pensamento à frente do seu tempo. Faz até recordar um trecho de uma composição
de Paulinho da Viola que diz que as coisas estão no mundo, só que eu preciso
aprender”, falou Coelho.
Jair
Coelho finaliza afirmando que trabalhou em quatro estados e em todas as
indústrias que visitou, sem exceção, têm ex-alunos do SENAI no quadro. "Em
muitas empresas brasileiras os donos são egressos do SENAI. Em outras tantas os
cargos de liderança são exercidos por profissionais formados pelo SENAI e
inúmeras indústrias em seus quadros de manutenção ou de projetos, você verá um
ex-aluno do SENAI, uma instituição de qualificação profissional referência para
os 33 países da América Latina. Sinto orgulho de ter o SENAI na minha
trajetória e de fazer parte da sua história”.
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