Quarta-feira, 19 de outubro de 2011 - 17h44
Os professores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) estiveram reunidos em assembleia na tarde de ontem, terça-feira, 18, para avaliar a vinda do professor Luiz Claudio Costa, secretário da Secretaria de Ensino Superior – SESu/MEC ocorrida no dia 17/10, bem como para fazer uma análise de suas propostas.
Os professores e estudantes em greve desde o dia 14/10 avaliam que a vinda do titular da SESu foi um avanço para o movimento, pois proporcionou que o secretário vislumbrasse, por meio de relatos da comunidade acadêmica, a verdadeira realidade que se encontra a UNIR. Por outro lado, os professores avaliam que a proposta da SESu/MEC, ou seja, a nomeação de uma comissão de sindicância para averiguar as denúncias de irregularidades praticadas pelo reitor Januário Amaral, sem afastá-lo enquanto durar as investigações, não atende a categoria, pois segundo os docentes, foi entregue farta documentação (dossiê) com provas mais que o suficiente para que o Ministério da Educação instaure um processo administrativo disciplinar (PAD) não só contra o reitor, mas para toda administração superior da UNIR.
Na ocasião da assembleia, o comando de greve informou que o curso de engenharia de alimento do campus de Ariquemes paralisou suas atividades, assim como o campus de Vilhena motivados pelas denúncias do Ministério Público referentes à entidade de apoio à Universidade Federal de Rondônia, a Fundação Rio Madeira. Denúncias estas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o qual apurouque a “Fundação Rio Madeira, entidade de apoio à Universidade Federal de Rondônia, encontra-se desviada de sua função e servindo primordialmente para a prática de crimes”. De acordo com a investigação, ainda há “indícios da existência de organização criminosa, atuando por meio de múltiplas condutas ilícitas e com divisão de tarefas entre seus integrantes”.
O Ministério Público aponta, dentre as várias irregularidades detectadas, “pagamento de diárias, ajudas de custo, suprimentos de fundos e viagens sem comprovação da legalidade, funcionários fantasmas, utilização de ‘laranjas’, bem como compras e serviços superfaturados ou simplesmente não executados, contratados junto a empresas de fachada criadas especialmente para isso”.
A movimentação financeira da RIOMAR em última instância é determinada pelo Reitor, o que faz dele o principal responsável pelos os atos praticados de forma irregular.
Deste modo, os docentes por deliberação da assembleia continuarão em greve até que o MEC afaste o reitor pelos atos ilícitos praticados e ainda encaminharão um documento informando a SESu/MEC sobre as decisões adotadas em manter a greve e exigindo que se constitua o Processo Administrativo Disciplinar.
Fonte: Adilson Siqueira
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