Sexta-feira, 21 de março de 2014 - 12h16
O governo do Estado em sua política para o setor prisional tem ampliado investimentos por meio da Secretaria de Estado de Justiça na educação dentro das unidades penitenciárias de Rondônia. Como marco desta nova política, o Setor de Treinamento e Ensino ao Apenado (Stea/Sejus) desenvolve projetos de educação ao reeducando que tem possibilitado diferencial, como é a aprovação de reeducandos no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem 2013.
No último Enem do sistema prisional, participaram do processo e foram inscritos duzentos e oitenta e seis. Destes, somente cento e setenta estudantes realizaram as provas. O resultado foi positivo com 8 aprovados em 5 cursos, Geografia, Biologia, Informática, Matemática e Teatro que são oferecidos pela Universidade Federal de Rondônia – Unir. A matrícula dos novos acadêmicos foi feita nesta terça-feira (17).
Dois dos aprovados falam da realidade e expectativas com o mérito alcançado. Pablo Gonzales, ator, em cena com a peça Topo do Mundo, é um dos matriculados na Unir no curso de Geografia, turno matutino. “Essa graduação é muito importante para mim. Todos nós sabemos que para se inserir realmente na sociedade existem certas dificuldades e certo receio por parte das pessoas em geral. Agora o fato de eu ter entrado na unidade e ter mudado meus planos aqui dentro e ter a possibilidade de sair daqui graduando ou graduado pode me ajudar verdadeiramente lá fora”, diz Pablo.
Já para Andrey Tinelli, também ator do projeto Ressocialização com a Arte e um dos matriculados na Unir no curso de Ciências Biológicas em período integral, sua pontuação foi de 633 a maior entre os aprovados do sistema prisional. Andrey diz “bom, o que eu realmente queria era medicina ou engenharia civil. Para medicina não atingi pontos suficientes, já engenharia é noturno e não conseguiria autorização judicial, mas não desisti de medicina ainda não, no próximo Enem vou me dedicar mais em química, pois essa matéria não sou tão bom. Agora é torcer para que o juiz assine a nosso favor, a favor da nossa ‘mudança’. Estamos ansiosos”, finaliza.
Perguntado do porquê de não escolher o curso de teatro, as respostas foram semelhantes. “Seria muito difícil, pois Porto Velho não tem uma área cultural tão abrangente. Procurei um curso que futuramente supra minhas necessidades”, dizem os futuros acadêmicos.
A coordenadora estadual do Enem no sistema prisional em Rondônia, Irlei Rodrigues comemora a importância desse resultado. “Dos que passaram 3 terminaram os estudos estando no sistema prisional, os outros 5 já vieram com o ensino médio. Eu realmente acredito em uma ‘metanóia’, ou seja, uma verdadeira mudança de mente, pois tendo esse contato com o meio acadêmico eles irão ampliar seus horizontes e perceber que há algo além do crime, como já aconteceu com outros que já passaram pelo mesmo processo”, comenta.
Irlei ainda vai mais longe ao acreditar na educação como uma forma de resgate de vidas. “E é nesse momento que eu percebo que a única saída para a ressocialização é a educação”, complementa.
Texto: Claudio Guedes
Fonte: Assessoria Sejus
Decom - Governo do Estado
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