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Rádio escolar promove cidadania e estimula leitura e integração entre estudantes


Programação na Rádio Falante é de segunda a sexta-feira, das 7h15 às 7h30, e durante o intervalo das aulas - Gente de Opinião
Programação na Rádio Falante é de segunda a sexta-feira, das 7h15 às 7h30, e durante o intervalo das aulas

O projeto “Rádio Falante”  rádio escolar da EEEFM Professor Orlando Freire, localizada no Bairro Lagoa, zona Leste de Porto Velho, foi pioneiro com a proposta no Estado de Rondônia. O projeto que estimula a leitura dos estudantes e promove cidadania, comemorou 14 anos de funcionamento ininterruptos, no mês de abril.

Segundo o idealizador e coordenador do projeto, professor Reinaldo Ramos a Rádio Falante começou oferecendo música e informes, e depois evoluiu para uma programação mais elaborada, em formato jornalístico, com audiência garantida na comunidade escolar.

“A programação inicia com o Hino de Rondônia e informações jornalísticas, para começar o dia bem informado, das 7h15 até 7h30, horário de entrada dos alunos e retorna durante o intervalo. A rádio conta ainda, com sugestões de livros e canções da música popular brasileira. A programação é toda discutida durante as reuniões de pauta diárias com a equipe, composta por estudantes. Toda semana entrevistamos uma personalidade diferente, por aqui já passaram escritores, médicos, advogados, jornalistas, entre outros”, explicou Reinaldo Ramos.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, iniciativas simples podem transformar o ambiente escolar. “A Rádio Falante já transformou a vida de muitos alunos que passaram por lá, e principalmente, o cotidiano da escola, que muitas vezes, enfrentava o desafio de lidar com o comportamento de estudantes que frequentavam pouco as salas de aula e lotavam os corredores. o projeto contribuiu para isso”, ressaltou.

PARA PARTICIPAR 

Escola Orlando Freire foi pioneira com o projeto de Rádio Escolar

Conforme o coordenador do projeto Rádio Falante, para participar, o aluno precisa obedecer ao critério principal, gostar de ler. “A primeira pergunta que eu faço ao estudante é: qual foi o último livro que você leu? A leitura é primordial para uma boa dicção. Além disso, um comunicador precisa estar antenado com as informações do cotidiano. A Rádio Falante fomentou a pesquisa na escola e procura na biblioteca, os alunos estão buscando ler mais devido às sugestões de leitura”, ressaltou.

NOTÍCIA NACIONAL

O sucesso da Rádio Falante ultrapassou fronteiras e já foi notícia em jornais de veiculação nacional, ganhou voto de louvor da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) e foi premiada pelo Instituto da Cidadania do Brasil. O projeto, também foi objeto de estudo de Trabalho de Conclusão de Curso em quatro faculdades particulares, e tema de artigo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).


TV PAREDÃO

Dentro do estúdio da Rádio Falante foi instalada ainda, uma câmera, possibilitando aos alunos acompanharem a atuação dos colegas na programação, através de monitor que fica no corredor da escola, chamado de TV Paredão.

Estudante Júlio Cesar, 13 anos, é locutor e sonoplasta no período da manhã, na Rádio Falante

De acordo com a secretária de Estado da Educação (Seduc), Ana Lucia Pacini, projetos como este, estimulam a leitura e integração entre os estudantes e possibilita inúmeras aberturas ao mercado de trabalho. “O aluno tem a oportunidade de aprender sonoplastia, locução e apresentação. O jovem sai praticamente pronto para atuar em qualquer rádio ou  área voltada para comunicação”, disse.

DESENVOLTURA

O estudante Júlio Cesar, de 13 anos, que é locutor e sonoplasta, no período da manhã, na Rádio Falante, evidenciou sua trajetória, o quanto era tímido antes de iniciar no projeto e do projetos para o futuro. “Nunca me imaginei fazendo isso, mas quando ouvi a primeira vez, já quis saber como poderia participar, e me interessei em conhecer e aprender sobre tudo. Falei com o professor Reinaldo e comecei na Rádio. No início, gaguejava e era tímido, mas com a prática diária, fui melhorando, e hoje, me considero mais sociável e comunicativo. Não tenho dúvidas; quero ser um comunicador, vou continuar estudando e me tornar um jornalista”, salientou.

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