Segunda-feira, 23 de maio de 2022 - 13h33
O mercado
de trabalho vive em constante transformação e em Rondônia não é diferente. Se
existe demanda industrial para qualificação de mão de obra, o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI), que já atende cerca de 80% dos 52
municípios rondonienses, é a instituição balizada para profissionalizar, até
2025, nada menos que 53 mil pessoas.
O diretor
regional do SENAI-RO, Alex Santiago, explica que esta é mais uma entrega da
Confederação Nacional da Indústria (CNI) no que concerne à necessidade do
monitoramento do segmento industrial brasileiro relacionado à formação da sua
mão de obra.
“Quando
saímos do universo nacional para o estadual, percebemos em Rondônia várias
oportunidades para formação e inserção de pessoas no mercado de trabalho. Até
2025 são 53 mil vagas, é um número significativo e voltado para o atendimento
às mais diversas áreas do segmento industrial, que vão desde logística,
metalmecânica, madeira e imobiliários, alimentos e bebidas, este último um
setor, cuja demanda é de aproximadamente dez mil vagas, segmento este que
dialoga com o DNA do estado no que diz respeito ao seu PIB. Inclui ainda as
áreas automotivas, vestuário, eletroeletrônica, ou seja, são demandas para as
quais o SENAI Rondônia está preparado para atender a todo o estado, de
forma presencial ou remota, levando educação profissional através do
Programa SENAI Vai Até Você”, disse Santiago.
Mapa do
Trabalho
Sobre a
projeção do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo
Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de
obra e orientar a formação profissional de base industrial no país, Alex
Santiago confirma que 78% das formações serão voltadas ao aperfeiçoamento. O
estudo diz que em volume, ainda prevalecem as ocupações em nível de
qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje.
Contudo, pontua Santiago, chama atenção o crescimento das ocupações de nível
técnico e superior, que devem seguir como uma tendência. Isso ocorre por conta
das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas
busquem especialistas com maior nível de formação, que saibam
executar tarefas e resolver problemas mais complexos.
Os
números do Mapa do Trabalho são obtidos mediante busca ativa ao segmento
industrial, via seus sindicatos patronais. Desta forma, o planejamento de
curto, médio e longo prazo do segmento, são conectados às necessidades de
formação de mão de obra. O resultado é então consolidado para o SENAI, que
prepara para as indústrias os profissionais em atendimento às demandas dos
setores produtivos.
As áreas
com maior demanda por formação são: Transversais, Alimentos e Bebidas,
Logística e Transporte, Construção e Metalmecânica. As ocupações transversais
são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como
técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e
Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.
Portfólio
do SENAI
Ainda segundo
Santiago, o SENAI está preparado e conta com um portfólio aderente à demanda,
com equipamentos novos, a exemplo de Kits didáticos, contêineres e
carretas atualizados, que podem chegar a qualquer localidade de Rondônia e deixar
estes municípios plenamente atendidos no quesito formação profissional.
“É uma
excelente oportunidade para inserção profissional e uma honra para o
SENAI”, comentou o diretor regional, reforçando que a Instituição está
preparada para atender a mais este chamamento. Digo preparado, não apenas sob o
ponto de vista material, mas principalmente em termos da qualidade do
ensino, sendo uma das três melhores instituições no Brasil, dentro da rede
SENAI em termos de qualidade da educação profissional e de inserção de
seus egressos no mercado de trabalho, comprovando a eficiência, eficácia e a
efetividade dos nossos programas”, garante Alex Santiago.
O diretor
regional do SENAI-RO acrescenta que “o nosso modelo é o mesmo das demais
regiões do país. Por exemplo, nossos tutores são excelentes profissionais de
Rondônia, bem como também de São Paulo, Goiás e Santa Catarina.
Possuímos uma mescla que faz com que o aluno aprenda de todas as formas, porque
trazemos educação de qualidade, que dá ao estudante um certificado
que garante sua atuação em qualquer estado do país ”, falou.
Para
Santiago, chama a atenção demandas também nos segmentos de eletricidade,
operação de máquinas, manutenção mecânica sem perder de vista o
controle da produção. “São programas que atuam na matriz industrial do estado e
trazem em si a necessidade de atualização. Porque quando se fala em eletrônica,
é cada vez mais premente sua aplicação a exemplo da eletrônica embarcada,
que no SENAI tem aplicação em braços robóticos utilizados pelos alunos. Então,
não adianta se o aluno não entende como essa eletrônica se aplica à indústria.
Eu diria que são demandas importantes para as quais o SENAI Rondônia está apto
para atender a qualquer uma delas”, garante.
Ele
também cita que as mudanças no mercado de trabalho se devem principalmente pelo
uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva, ou seja, cada vez
mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e qualificação para que os
profissionais estejam atualizados.
De acordo
com o diretor regional do SENAI-RO, o estudo é pertinente, porque traz à pauta
estimativas e cenários econômico, tecnológico e de oportunidades de
emprego. “O SENAI, como principal instituição formadora em ocupações
industriais no país, tem experiência reconhecida e comprovada para prover a
demanda de cursos, em sintonia com as necessidades por mão de obra do
setor produtivo. Concordo com a opinião do diretor-geral do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, e também reconhecemos que a
recuperação do mercado formal de trabalho será lenta em razão da retomada
gradual das atividades econômicas no pós-pandemia. Ele defende ainda que para
melhorar o nível e a qualidade do emprego e contribuir para o progresso
tecnológico e aumento da produtividade nas empresas, será indispensável
priorizar o aperfeiçoamento de quem está empregado e de quem busca novas
oportunidades”, pontuou.
O SENAI,
afirma Santiago, tem como filosofia a entrega com qualidade. “Tanto é verdade,
que existe um conjunto de indicadores acompanhados pelo Tribunal de Contas
da União. Não existe a questão do formar apenas por formar. Para o
Departamento Nacional e para o nosso regional, a formação profissional
pressupõe ter egressos inseridos no mercado de trabalho. Não
queremos realizar cursos que não tenham aderência ao segmento industrial.
Nossa finalidade está centrada em programas com conteúdo técnico para
que o aluno possa se sentir apto a conquistar sua vaga no mercado de trabalho,
dentro ou fora de Rondônia”, pontuou.
“Ao SENAI
compete”, complementa Santiago, “não apenas a formação profissional, mas ainda
levar soluções tecnológicas para que a indústria atue cada vez mais com
eficiência. Estas informações quando levadas às indústrias também
retroalimentam os nossos programas de formação profissional dentro daquelas
linhas de atuação e solução, e desta maneira, quando este aluno chegar à
indústria, ele estará ainda mais atualizado com as necessidades industriais. A
ideia é preparar com qualidade. Este é o nosso foco", finalizou.
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