Sexta-feira, 20 de junho de 2014 - 19h10
A Arena da Amazônia conquistou o selo de certificação LEED para empreendimentos sustentáveis. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (20.06) pelo secretário extraordinário e coordenador da UGP Copa, Evandro Melo. A iniciativa de adotar medidas sustentáveis na construção dos estádios foi feita de forma voluntária pelo governo brasileiro. Este foi um requisito para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberasse financiamento para as obras. A exigência, inclusive, será adotada pela FIFA para as próximas edições do Mundial. “Nós fomos notificados pela LEED e ficamos felizes por termos, depois de tanto trabalho, conseguido a certificação”, declarou Melo.
Vários fatores ligados à sustentabilidade foram observados durante a construção da arena. A irrigação do campo é automatizada e feita por 35 aspersores e pode utilizar a água dos reservatórios, com capacidade para 120 mil litros, que armazena a chuva captada pela cobertura. Há sete tanques que recebem a água das chuvas. A água é refiltrada e retratada para ser reutilizada. Uma área de mais de 20 mil metros quadrados de captação na cobertura faz com que a água possa ser direcionada para os tanques.
Com 11 metros de altura acima das vias ao redor da Arena da Amazônia, o nível do pódio tem 14 aberturas para aumentar a ventilação da área interna. A cobertura translúcida permite uma passagem maior de luz, diminuindo o uso de energia artificial. Além disso, a membrana do “teto” reflete até 75% dos raios solares, diminuindo a temperatura no local e a necessidade do uso de refrigeração. Na construção do estádio, 95% do material da demolição do antigo Vivaldo Lima foi reaproveitado.
Manaus foi a cidade-sede que menos emitiu gases de efeito estufa durante as operações do Mundial e tem um programa de carboneutralização voluntário, que também conta com a parceria de organizações não governamentais.
O LEED é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.
Na Arena da Amazônia existem 118 assentos para portadores de mobilidade reduzida, 69 assentos para obesos e mais 445 assentos destinados a acompanhantes. Há piso tátil e sinalização específica para deficientes. A Arena tem 16 sanitários exclusivos para PPNE. Os banheiros coletivos do nível 00 contam adicionalmente com uma cabine PPNE por sexo.
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