Segunda-feira, 30 de junho de 2014 - 20h33
Era quinta-feira, 26 de junho, um dia após a vitória da Argentina por 3 x 2 sobre Nigéria, último jogo da equipe de Messi antes das oitavas de final da Copa do Mundo. Os amigos Lucio Mazaira, 34, Martín Milan, 28, Horacio Casadey, 35, e Germán García, 27, se reuniram em Buenos Aires e decidiram que viajariam ao Brasil para ver de perto a seleção de seu país buscar o tricampeonato no vizinho. Assim mesmo, de um dia para o outro.
Na sexta-feira (27) iniciaram a viagem. Não foram ao aeroporto, porém. Subiram em um apertado Peugeot 206 e seguiram por terra. Cruzaram a fronteira em Puerto Iguazu, seguiram pelo norte do Paraná e pelo interior de São Paulo até chegar, na manhã desta segunda-feira (30), à capital. Parece loucura mesmo para quem planejou por semanas a viagem, com ingressos garantidos para as partidas.
Mas os amigos argentinos nem se iludem com a possibilidade alentar a “albiceleste” de dentro da Arena Corinthians, nesta terça-feira (01.07), às 13h. Verão a disputa por uma vaga nas quartas de final contra a Suíça provavelmente na Fan Fest, no Vale do Anhangabaú. Eles deixaram a Argentina sem tíquetes e não acreditam que conseguirão algum por aqui. “Está muito caro, pedem US$ 1.500”, contou Casadey – o valor é o de cambistas. Elogiaram muito as estradas brasileiras – “estrutura perfeita” -, mas se assustaram com a quantidade de pedágios.
“Hospedados” numa área ao lado da pista no autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, os amigos encontraram compatriotas de histórias parecidas por ali. Rodrigo Omar, 23, divide um motor home com outras seis pessoas que há 22 dias estão no Brasil para acompanhar o Mundial. O veículo saiu de Mar del Plata e já rodou por Búzios, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Paraty, Belo Horizonte e Ubatuba com seus enormes adesivos com imagens de Messi e Maradona.
“Está bom demais, estamos nos divertindo muito”, disse Omar. A van comprada há pouco tempo ganhou uma estrutura que inclui geladeira, televisão, GPS, banheiro e até videogame – eles estimam os investimentos em algo próximo a R$ 80 mil. Ali conseguem dormir quatro pessoas em beliches. As outras passam as noites em colchões inflados sob uma barraca.
Na mala, trouxeram 36 garrafas de Fernet – degustavam as últimas em Interlagos. Omar e os companheiros de viagem estavam se preparando para fazer um churrasco numa das churrasqueiras que estava disponível no autódromo. O que levou a uma reclamação: “As carnes não são tão boas quanto as que temos na Argentina”, afirmou, em tom meio sério, meio brincalhão. De São Paulo, provavelmente voltarão para casa. “Voltaremos quando a grana acabar, e já está acabando”, riu.
Nesta terça-feira pela manhã, já havia cerca de cem argentinos acampados no Sambódromo do Anhembi (zona norte de São Paulo). “Levamos pouco mais de três dias para chegar de Buenos Aires ao Rio de Janeiro para a estreia na Copa”, contou Julian Torres, referindo-se ao jogo contra a Bósnia, no dia 15 de junho.
O grupo de seis amigos viajou em um micro-ônibus adaptado, com cozinha, cama, banheiro, calefação e aparelho de som. “Mas não temos TV”, lamentou Torres, cujo grupo teve que parar em Foz do Iguaçu para assistir ao jogo de abertura da Copa, entre Brasil x Croácia.
Para conduzir a turma, apenas um motorista. “Ele dirige de 10 a 12 horas por dia. Quando ele fala que está cansado, paramos”, disse Torres, que afirmou ter sido a viagem muito tranquila. “O máximo que acontecia era algum grupo de brasileiros berrar ‘Argentinos maricón’. E a gente respondia com gritos de torcida”, divertiu-se ele.
Entre os motorhomes, destacava-se o da família Isern, de Rosário. Torcedores do Newell’s Old Boys, exibiam uma faixa cobrindo a parte da frente do veículo chamando o clube de “Fornecedor oficial da Seleção”. Foi no NOB, iniciais do clube, que começou o craque Lionel Messi, aos cinco anos. Ficou em Rosário até os 13, quando seguiu para o Barcelona.
“Não estamos jogando muito bem. Mas Messi sempre salva no último instante”, analisou Montserrat Isern, uma das jovens do grupo. A família foi de Rosário ao Rio de Janeiro apoiar a estreia da equipe. Uma viagem que durou seis dias porque o grupo parou em alguns pontos para fazer um pouco de turismo e conhecer o Brasil.
De lá, seguiu para Belo Horizonte, onde foi disputado o difícil jogo contra Irã, quando Messi de fato salvou a equipe de empatar por 0 x 0. “Não fomos a Porto Alegre [local da partida contra a Nigéria] porque era longe, e a Argentina já estava classificada”, justifica Montserrat, cujo clã pretende seguir viagem para Angra dos Reis (RJ) para curtir uma praia. “Depois, voltamos para casa.”
A expectativa é que a cidade de São Paulo receba mais de 70 mil argentinos para a partida das oitavas de final desta terça-feira em Itaquera. Para isso, liberou o autódromo de Interlagos e o Sambódromo, no Anhembi, para que os viajantes pudessem estacionar seus carros e vans e pernoitar.
Agentes da Guarda Civil Metropolitana acompanhavam a chegada dos turistas em Interlagos ontem e uma base do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) estava pronta para atendimentos, se necessário – como foi na noite de domingo, quando um dos colegas de Omar feriu o pé jogando futebol descalço no local onde estacionaram. Ele foi levado a um hospital próximo para fazer um curativo.
Desde domingo já é possível ver muitos argentinos em São Paulo. Na Fan Fest era fácil ouvir o provocativo canto “Brasil, decime qué se siente” sempre que cinco ou mais deles se reuniam. Por conta da grande presença desses torcedores, o evento oficial da Fifa no centro da cidade terá, nesta terça, esquema semelhante aos que são colocados em prática em dias de jogos do Brasil. Algumas vias no entorno serão bloqueadas e policiais militares farão a segurança no perímetro para impedir a entrada de novas pessoas assim que a lotação de 25 mil espectadores for atingida. A única diferença é que os portões serão abertos mais cedo, às 9h.
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