Sábado, 28 de junho de 2014 - 07h22
Três encontros em partidas eliminatórias e três vitórias tranquilas. O excelente retrospecto do Brasil diante do Chile em Copas do Mundo paira sobre o confronto que abre as oitavas de final do Mundial de 2014 neste sábado (28.06), a partir das 13h, no Mineirão, em Belo Horizonte. Para chegar ao estádio, os torcedores terão um esquema especial de transporte, com foco nos ônibus especiais, nas linhas regulares e no BRT Move.
Do lado brasileiro, o discurso é de que estatística não ganha jogo. Mas os chilenos usam os dados para se motivarem ainda mais e tentar quebrar o tabu justamente na casa de seu maior carrasco em Mundiais.
Em 1962, a Copa era no Chile e o Brasil foi o adversário da semifinal. Garrincha comandou os 4 x 2 rumo ao bicampeonato e os chilenos tiveram de se contentar com o terceiro lugar, sua melhor colocação na história das Copas. Em 1998, a geração de Marcelo Salas e Ivan Zamorano não foi páreo para o Brasil de Ronaldo: 4 x 1 nas oitavas de final. No último Mundial, em 2010, na África do Sul, novamente as duas seleções se enfrentaram nas oitavas. Dessa vez, o placar foi 3 x 0 para o Brasil.
“Nós precisamos nos encontrar. O Brasil já se encontrou há muito tempo. A busca do futebol chileno é encontrar um lugar, precisamos entrar para a história de outra forma. O Brasil já tem essa história, só precisa mantê-la. Nós precisamos correr atrás e encontrá-la”, afirmou na véspera do confronto o técnico Jorge Sampaoli, argentino que comanda a seleção do Chile.
O treinador espera uma partida muito complicada, mas acredita que o grupo chileno tem a chance de fazer história. “O Chile sempre enfrentou o Brasil nessa fase e não foi por sorte que o Brasil saiu vitorioso. O Brasil ganhou cinco Copas do Mundo, é uma das expressões mais importantes da história do futebol. Ganhar do Brasil não é algo fácil para ninguém, e especialmente agora que eles estão jogando em casa com o seu povo, sua obrigação e também com a capacidade do seu técnico e jogadores. Mas sabemos que temos uma possibilidade e estamos aqui para tentar mudar a história”, disse.
O lateral-esquerdo chileno Eugenio Mena, que joga no Santos, faz coro ao discurso de seu técnico. “Será o jogo mais importante que vou viver. É uma história muito negativa para nós como chilenos e nós queremos deixar para trás tantos resultados negativos para a seleção. Esse grupo está muito motivado, convicto de que possamos conquistar uma vitória. Acredito que essa é uma linda oportunidade para conseguirmos um triunfo”, opinou.
Jogadores e comissão técnica brasileira, no entanto, preferem deixar de lado o assunto “freguesia”. “Acho que o que eles fizeram para estar nesse patamar de hoje é responsabilidade desses jogadores, não dos jogadores de antigamente. Então acho que a gente tem que tomar cuidado, porque é uma equipe extremamente perigosa, habilidosa. Estamos tomando cuidados para não sermos surpreendidos e acho que futebol é apaixonante por isso. Você nunca sabe quem vai ganhar”, afirmou o capitão Thiago Silva.
O treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, também tratou de elogiar a seleção chilena e seu comandante. “Penso que desde a chegada do Sampaoli, a equipe tem uma nova dinâmica, uma performance muito melhor. Os jogadores foram adaptados ao esquema que ele entende ser o melhor e eles se adaptaram perfeitamente. Desde a chegada dele, a equipe produziu de tal forma que hoje tem um patamar acima do que estava antes”, falou o técnico.
Embora tenha procurado mostrar confiança em sua equipe, o técnico Jorge Sampaoli não deixou de elogiar as qualidades do time de Scolari. “Eu acredito que o jogo do Brasil é um jogo muito direto, com muita velocidade na transição, que recupera a bola rápido e que é muito forte defensivamente. Tem o Neymar, que é um jogador muito diferenciado e está fazendo um excelente Mundial. Então há muitos fatores complicados que vamos ter que ver”, admitiu.
Felipão também tratou de encher a bola de seu camisa 10, que é um dos artilheiros da Copa do Mundo com quatro gols marcados. “Ele é um menino muito centrado, tem foco, tem uma personalidade muito forte, muito interessante. É um jogador participativo sempre, envolvido com algumas situações táticas, com o equilíbrio da equipe. E tenho que dizer que o Neymar não joga para ser o melhor do mundo, ele joga para o Brasil e pelo Brasil. E o que ele deseja para o Brasil é ser campeão do mundo”, garantiu.
Mas, mesmo com toda a preocupação pelas habilidade de Neymar, Sampaoli disse que o Chile não vai fazer marcação individual sobre o camisa 10 brasileiro. "O sistema nós treinamos e vai ser o de estar muito próximo do Neymar quando ele estiver com a bola. Não será uma marcação individual, mas coletiva, para nos permitir marcar um jogador que tem muitas virtudes. Vamos nos lembrar de cada um dos movimentos dele para tentar neutralizá-lo”, afirmou o técnico.
Sampaoli também reservou elogios para Alexis Sánchez, atacante chileno que é companheiro de Neymar no Barcelona. "Acho que ele tem condições para ser um dos maiores do mundo. Ele tem uma habilidade que o permite dar muitas assistências. Seu ânimo, sua forma, acho que serão transcendentais no futuro de sua carreira e no futuro da seleção do Chile", projetou.
Felipão não quis antecipar o time que vai entrar em campo, mas uma alteração deve ser feita no meio de campo. Fernandinho, que entrou no segundo tempo do jogo contra Camarões e marcou um gol, deve ganhar a vaga de Paulinho. O volante do Manchester City treinou como titular na quinta-feira e deve começar jogando pela primeira vez na Copa.
Também há a possiblidade da entrada de Maicon na lateral-direita, em substituição a Daniel Alves. No treino de quinta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), Felipão experimentou os dois, um em cada tempo do coletivo. Mas foi Daniel que começou a atividade entre os titulares. No treinamento desta sexta-feira, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, apenas os 30 minutos finais da atividade foram abertos à imprensa. Os jogadores apenas fizeram treino de dois toques e Neymar e Daniel Alves permaneceram em campo depois para cobranças de falta. O camisa 10 ainda ficou mais tempo para bater pênaltis.
A surpresa da atividade foi a ausência de David Luiz. O zagueiro sentiu dores nas costas e passou por exames em uma clínica de Belo Horizonte. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não informou oficialmente os resultados, mas o companheiro de Thiago Silva na zaga titular da Seleção Brasileira passou a ser dúvida para o jogo.
Os problemas físicos também podem desfalcar o Chile. Gary Medel, que atua na zaga, se recupera de lesão e o técnico Sampaoli disse que só vai definir a escalação do jogador momentos antes da partida deste sábado. “Se o jogo fosse hoje, acredito que ele não jogaria”, disse o treinador nesta sexta.
Outro que não está 100% é o meio-campista Arturo Vidal, mas ele deve entrar em campo no sacrifício. “Acho que Arturo não está nem perto dos 100%, mas concordamos que ele faça parte por vários fatores: pela valentia, porque ele é um símbolo. Não sabemos o tempo que ele vai aguentar ou se está numa porcentagem alta de condicionamento físico, mas ele está fazendo tudo o possível para estar presente”, afirmou Sampaoli. O mais provável é que o técnico opte pelo esquema tático com três zagueiros, que teoricamente deixaria o time chileno mais protegido.
A preocupação recorrente da imprensa chilena em relação à arbitragem para a partida acabou irritando a CBF. Quando um repórter do Chile perguntou a Felipão se ele achava que o árbitro poderia beneficiar o Brasil no jogo, o assessor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, interveio na entrevista coletiva desta sexta para fazer um comunicado.
“Esse tema é primitivo e imaturo. Esse tipo de pressão é ridícula. Falar isso não é só um desrespeito com a FIFA, com o árbitro, com a Seleção Brasileira, com as pessoas que trabalham aqui de forma séria, é um desrespeito sobretudo ao povo brasileiro. O Brasil não precisa de árbitro para ganhar títulos. É só isso que a CBF tem a dizer, não adianta insistir que não vamos mais falar sobre isso”, resumiu.
Também questionado a respeito, o técnico do Chile, Jorge Sampaoli, foi sucinto. “Nunca entrei nessa questão da arbitragem. Isso é algo que não me compete, me preocupo apenas com a minha parte. Estou preocupado com o Brasil, seu técnico e seus jogadores, apenas isso”, encerrou.
O árbitro da partida será o inglês Howard Webb, de 42 anos. Curiosamente, ele também apitou a partida entre as duas seleções na Copa do Mundo de 2010, quando o Brasil venceu o Chile por 3 x 0 na África do Sul. Os auxiliares de Webb serão os também ingleses Michael Mullarkey e Darren Cann.
Data: 28/06/2014
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Horário: 17h
Arbitragem: Howard Webb (Inglaterra), auxiliado por Michael Mullarkey (Inglaterra) e Darren Cann (Inglaterra)
Brasil: Julio César; Daniel Alves (Maicon), Thiago Silva, David Luiz (Dante) e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar; Neymar, Hulk e Fred
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Chile: Bravo; Jara, Gary Medel (Albornoz) e Silva; Isla, Díaz, Aránguiz, Mena e Vidal; Vargas e Sanchéz
Técnico: Jorge Sampaoli
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