Segunda-feira, 12 de março de 2012 - 13h01
Em 23 anos à frente da CBF, Ricardo Teixeira enfrentou diversos escândalos. E o mais recente, envolvendo a empresa suíça de marketing esportivo ISL, que anunciou sua falência em 2001, foi o golpe final em sua conturbada gestão. Diante da possibilidade da divulgação dos documentos que comprovam uma nova irregularidade, o dirigente decidiu deixar o comando da CBF.
Em maio do ano passado, a rede britânica BBC, em reportagem do jornalista Andrew Jennings, trouxe a informação de que o ex-presidente da Fifa João Havelange e Teixeira receberam US$ 9,5 milhões em propinas da ISL para garantir contratos de exclusividade em transmissões e patrocínios da Copa do Mundo.
O valor em questão estava incluído em pagamentos de propinas de mais de US$ 100 milhões à Fifa. O dinheiro teria sido pago por meio de empresas fantasmas entre agosto de 1992 e novembro de 1997.
Segundo a reportagem, a Justiça suíça determinou a devolução do dinheiro e encerrou o caso. Atualmente, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, detém os documentos do processo e tem sido pressionado para torná-los públicos. O dirigente já prometeu liberá-los.
Teixeira teria recebido o dinheiro numa conta secreta por meio da empresa Sanud, localizada Liechteinstein, um conhecido paraíso fiscal. O valor teria sido dividido em 21 parcelas de US$ 250 mil.
Na reportagem, a emissora britânica lembra que a Sanud havia sido citada na CPI do Futebol, que investigou Ricardo Teixeira.
Empresa foi parceira de Flamengo e Grêmio
Antes de decretar falência em 2001, a ISL foi parceira de dois clubes brasileiros: Flamengo e Grêmio. E o que começou como uma grande ajuda financeira para contratações, acabou se transformando num mar de dívidas nos clubes.
Presidente do Flamengo entre 1999 e 2001, Edmundo Santos Silva foi o responsável por levar a ISL para o Rubro-Negro, após indicação da Fifa. O contrato assinado previa um aporte de US$ 850 milhões ao longo dos 15 anos do acordo.
Com a parceria, Edmundo investiu na contratação de grandes jogadores como Alex, Denílson, Vampeta, Edílson, Petkovic, Gamarra, entre outros. O Flamengo conquistou o tricampeonato estadual (1999, 2000 e 2001) mas, diante da falência da empresa, problemas surgiram e o presidente rubro-negro, acusado de improbidade administrativa, sofreu impeachment.
No Grêmio, a empresa chegou em 2000 na gestão do presidente José Alberto Guerreiro. O clube, então, investiu na contratação de jogadores como Zinho e Paulo Nunes e dos argentinos Astrada e Amato. Após a falência da ISL, o Grêmio começou a enfrentar problemas financeiros que culminaram no rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2004.
O CASO
Maio de 2011
A rede britânica BBC, em reportagem do jornalista Andrew Jennings, afirma que Ricardo Teixeira e o ex-presidente da Fifa, João Havelange, receberam US$ 9,5 milhões em propinas da ISL nos aos 90 para garantirem contratos de exclusividade em transmissões e patrocínios da Copa do Mundo.
Acordo
Na Justiça da Suíça, os dois dirigentes não teriam negado a acusação e teriam feito um acordo para devolver o dinheiro integralmente.
Investigação no Brasil
Diversas entidades no país, como Ministério Público e Polícia Federal passaram a investigar o caso.
COM A PALAVRA
Andrew Jennings
Jornalista da rede britânica BBC,
em entrevista ao LANCENET! por e-mail
"A atual situação de Ricardo Teixeira vem de 20 anos de ganância e corrupção. Espero que as investigações criminais de evasão fiscal e lavagem de dinheiro continuem, que ele seja levado para a cadeia e seja despojado de toda a sua riqueza. Fico satisfeito que o escândalo da ISL tenha causado sua demissão. Trabalhei por muitos anos para descobrir a identidade dos bandidos da Fifa que receberam subornos.
Ricardo Teixeira está morto para a Fifa. Blatter irá trair qualquer um para sobreviver. Teixeira nunca foi importante na Fifa. Mas Blatter lutou por muitos anos para esconder o relatório dos subornos da ISL. Mas, nós jornalistas, estamos investindo mais tempo para tentar tornar o caso público. Acho que, dentro de um ano, teremos essa divulgação e Blatter será envergonhado e terá de lidar com isso.
O que me deixa irritado é que Blatter tem uma cópia do relatório e poderia divulgá-lo a qualquer momento. Então, quando ele e o Jérôme Valcke (secretário geral da Fifa) forem ao Brasil, a população brasileira deveria vaia-los dia e noite.
No caso da CBF, ela só pode ficar melhor sem Teixeira, assim como o futebol brasileiro. Ele e sua gangue não contribuíram com nada e pegaram tudo o que podiam."
FONTE: LANCENET
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