Após recusar ofertas de seleções e de clubes do Brasil no início desta temporada, o ex-técnico da Seleção Brasileira — aproveitamento de 76,6% — revelou a Zero Hora, nesta sexta-feira, a disposição para assumir o comando de um time de futebol. O capitão do Tetra conversou com ZH por cerca de 10 minutos e, bem ao seu estilo, foi direto ao revelar que não foi procurado pelo presidente Giovanni Luigi para ser o substituto de Fernandão. Disse, entretanto, que lhe agrada a possibilidade de treinar um time vencedor, com vontade de vencer. Quando perguntado se via no Inter esta gana por vencer, resumiu que a atitude de um grupo em campo mostra se ele está com vontade de vencer ou não.
Ao longo de 10 minutos de conversa, Dunga foi claro ao afirmar que sua filosofia de trabalho não mudou. A aposta em individualidades é importante, mas estas têm de beneficiar o grupo como um todo. Sobre o trato com medalhões, disse que não precisa barrar jogadores como forma de punição ou destaque de autoridade. Resumiu que a saída de uma ou duas peças em um time de futebol ocorre de forma natural. Que o jogador é inteligente para saber o momento em que será sacado do time. Tudo se resume a união do grupo, comprometimento com os objetivos. Está alinhado com o projeto, é titular. Simples.
O nome de Dunga ganha força no Beira-Rio. Um integrante da diretoria chegou a brincar ao longo da semana que prefere os técnicos mal-humorados aos que sorriem demais, destacando o já conhecido jeito turrão de Dunga em relação à imprensa e atividades extracampo.
Luigi evita falar em nomes para 2013. Afirma que só irá pensar em treinadores a partir do dia 2 de dezembro, quando o derradeiro Gre-Nal do Olímpico encerrra o Brasileirão. A verdade é que Fernandão não foi procurado pela direção para tratar de uma possível renovação e a ampliação dos vínculos de Abel Braga, Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo e Cuca esgotam as opções do mercado. Os mandatários do Inter têm conhecimento de que Felipão acertará com uma seleção europeia.