Domingo, 12 de agosto de 2012 - 08h07
Leandro Behs
Fernandão sabe que os pontos perdidos em casa, como aqueles contra Botafogo, Vasco e Náutico, não poderão ser recuperados – nem mesmo com vitórias longe de Porto Alegre. É por isso que uma vitória sobre a Ponte Preta, neste domingo, às 16h, no Beira-Rio, é essencial.
O problema do Inter é como fazer gols. equipe vem criando boas chances de gols em todas as partidas. Fernandão montou um sistema de jogo no qual os volantes e laterais conseguem avançar e se juntarem ao armador e aos atacantes. Mas, sem Leandro Damião e Dagoberto, a dupla que mais vezes atuou pelo Inter neste Brasileirão, o ataque parou.
O último gol de um atacante para o Inter foi de Dagoberto, contra o Figueirense, no dia 25 de julho. Foi justamente nesta partida de Florianópolis que o atacante sofreu a nova lesão muscular, desfalcando a equipe ainda por tempo indeterminado. Deverá retornar somente no segundo turno do Campeonato Brasileiro.
Forlán fez três partidas, ainda está em fase de readaptação ao futebol sul-americano e, após o jogo contra o Náutico, acusou cansaço. Ao lado do uruguaio, Jajá segue oscilando. Teve a atenção chamada por Fernandão, que lhe exigiu mais foco. Até o presidente Giovanni Luigi conversou com ele durante a semana.
Mas os problemas do setor ofensivo não param por aí. Para a reserva, sobraram apenas Marcos Aurélio e Maurides – que resolveria a situação, se apresentasse a mesma resposta que dava na base. Fernandão não o considera pronto. Na sexta-feira, o técnico pediu-lhe que chutasse a gol. O garoto mandou longe algumas bolas e demonstrou nervosismo.
— Estou tendo que improvisar o segundo homem, o próprio Diego Forlán também. Infelizmente, a maioria das lesões e ausências são no setor ofensivo. Temos que trabalhar improvisando o Jajá e o Marcos Aurélio, testando o Forlán em uma nova movimentação, sendo muito mais um primeiro atacante – analisou o treinador.
O técnico do Inter pretende evitar um novo tropeço no Beira-Rio, como o recente empate sem gols com o Náutico. Ele quer o time o tempo todo pensando em gols, mas também exige resguardos defensivos.
— Contra o Vasco e contra o Náutico, nós tivemos chances. Agora, é matar na oportunidade que tiver. Mas é óbvio que as equipes que vêm jogar aqui fortalecem o sistema defensivo para atuar no contra-ataque – disse Fernandão.
Mesmo jogando desfalcado há sete rodadas, o Inter teme encerrar o primeiro turno longe dos líderes. Por isso, uma vitória neste domingo é fundamental.
FONTE: ZERO HORA
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