Quinta-feira, 3 de julho de 2014 - 20h26
Investimentos públicos e privados de R$ 1,6 bilhão em infraestrutura e mais R$ 171 milhões investidos na fiscalização dos serviços estão possibilitando a boa qualidade e grande volume de comunicações na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, já conhecida como a Copa das Mídias Sociais ou a Copa das “Selfies”. Até as oitavas de final, o equivalente a 38,5 milhões de fotos foi enviado a partir dos estádios, de acordo com dados divulgados nesta semana pelas operadoras de telefonia.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), foram enviadas, em média 8 mil fotos por minuto no período de maior tráfego de dados. O cálculo foi baseado em fotos de tamanho médio de 0,55 MB, considerando o que foi enviado pelas redes de telefonia móvel e Wi-Fi instaladas pelas prestadoras nos estádios. Além disso, foram feitas 3,3 milhões de ligações telefônicas durante o período.
Além do serviço de internet móvel 2G, 3G e 4G, os investimentos também garantiram a alta capacidade para a transmissão dos jogos. Em infraestrutura, foram R$ 100 milhões investidos pela Telebras na expansão da rede de fibra óptica e mais R$ 1,5 bilhão pelas operadoras de telecomunicações estimuladas por compromissos assumidos com o governo federal pelos leilões de faixa de frequência de telefonia. Além disso, mais R$ 171 milhões foram investidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fiscalização dos serviços privados de telefonia e banda larga.
A Telebras implantou um “anel óptico” de 15.280 km de extensão com equipamentos de última geração desenvolvidos no Brasil, que está sendo usada na transmissão de imagens dos jogos em alta definição entre as arenas e o Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC), localizado no Rio de Janeiro. A Telebras concluiu a transmissão dos 48 jogos da primeira fase da Copa do Mundo sem qualquer problema na rede de fibra óptica.
Essa infraestrutura ficará como legado após a Copa, ampliando a oferta do serviço de internet rápida no País e garantindo o fornecimento de serviços para regiões onde a disponibilidade era limitada, como o Norte do País.
Por determinação do governo, as empresas ganhadoras dos leilões tinham obrigação contratual de instalar dentro dos estádios serviços móveis de segunda, terceira e quarta geração, conhecidos como 2G, 3G e 4G. As operadoras informaram ao governo investimento de R$ 200 milhões nestas ações, segundo o Ministério das Comunicações.
Foram instaladas 4.738 antenas nos estádios pelas operadoras, que fizeram uma parceria na implantação de infraestrutura de telefonia móvel e de banda larga, investindo R$ 226 milhões nas arenas, de acordo com o SindiTelebrasil. Embora não exista obrigatoriedade de fornecimento do serviço Wi-Fi dentro ou fora dos estádios, o governo intermediou negociações entre operadoras e administradores das arenas para a instalação do serviço da internet sem fio para desafogar as redes 3G, permitindo um melhor serviço aos usuários na transmissão de dados. As operadoras disponibilizam cerca de 120 mil pontos de Wi-Fi nas 12 cidades, segundo o SindiTelebrasil.
As empresas privadas investiram também R$ 1,3 bilhão nas cidades-sedes da Copa, expandindo em média em 28% a infraestrutura de telecomunicações, incluindo nesse total a instalação de 4G nas 12 cidades-sede, atendendo metas do edital da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mais de 15 mil novas antenas de 3G e 4G foram instaladas desde o início de 2013 nas 12 cidades.
Além dos investimentos em infraestrutura e dos R$ 171 milhões investidos pela Anatel em fiscalização dos serviços privados de telefonia e banda larga, o governo federal também contribui com serviços, que entram como gastos de custeio. Nesse caso, são R$ 110 milhões para transmissão dos jogos da Copa do Mundo, R$ 14 milhões em TI para atendimentos aos centros de treinamento das seleções e R$ 33 milhões em áudio e vídeo e TI executados para a Copa das Confederações. Esses valores, somados aos R$ 100 milhões investidos pela Telebras, totalizam R$ 428 milhões do setor público.
Confira a transmissão de dados e voz de jogos da primeira fase (fonte: SindiTelebrasil)
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