Quinta-feira, 8 de setembro de 2016 - 09h16
Após o ouro no futebol olímpico, os brasileiros se preparam agora para torcer pelo futebol de 7 paralímpico – uma adaptação do esporte convencional para jogadores com paralisia cerebral ou deficiências similares (sequelas de traumatismos cranioencefálicos ou acidentes vasculares cerebrais). A estreia do Brasil acontece logo mais, às 10h, contra a Grã-Bretanha e será transmitida ao vivo pela TV Brasil.
Como tudo começou
A modalidade estreou nos Jogos Paralímpicos em Nova York, em 1984, e esteve presente em todas as edições da competição desde então. Este ano, no Rio de Janeiro, oito seleções competem pelo pódio no torneio masculino do esporte.
Futebol convencional x futebol de 7
Existem muitas diferenças entre o futebol convencional e o futebol de 7. Como o nome diz, há apenas sete jogadores de cada time em campo, além de sete reservas. Não há a regra de impedimento e os arremessos laterais podem ser feitos com apenas uma das mãos, rolando a bola para dentro do campo.
As partidas têm 60 minutos de duração, divididos em dois tempos de 30 com um intervalo de 15 minutos entre eles. Já as medidas do campo são menores que as do futebol convencional: 75 metros x 55 metros.
Os jogadores são classificados de acordo com o grau de comprometimento físico. A escala vai de 5 a 8 – quanto menor a classe, maior a limitação. Cada equipe deve ter em campo pelo menos um atleta das classes 5 ou 6 e, no máximo, um atleta da classe 8. Os goleiros costumam ser justamente das classes 5 ou 6, já que têm maior limitação motora.
Ouro inédito?
O Brasil conquistou a medalha de bronze no futebol de 7 dos Jogos Paralímpicos Sidney 2000 e a prata na edição de Atenas em 2004, mas nunca foi campeão na modalidade. Nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, a seleção brasileira chegou a brigar por medalha, mas, na disputa pelo bronze, acabou sendo derrotada pelo Irã por 5 a 0.
O líder no esporte, atualmente, é a Holanda, com três medalhas de ouro (Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996), seguida pela Rússia (Sidney 2000 e Londres 2012) e pela Ucrânia (Atenas 2004 e Pequim 2008).
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