Quinta-feira, 12 de junho de 2014 - 07h30
Fotos: Gabriel Fialho/ Portal da Copa
A América do Sul não recebe uma Copa do Mundo há 36 anos, quando o torneio foi sediado pela Argentina, em 1978. Com o Mundial no Brasil, torcedores dos países vizinhos têm aproveitado a facilidade de deslocamento e os atrativos que o país oferece para participarem do evento.
Um dos mais difundidos cartões postais do Brasil no exterior, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, está tomada por argentinos, chilenos, colombianos, equatorianos, uruguaios e até por torcedores de seleções que não se classificaram para a competição, como venezuelanos e peruanos. Também é grande a presença de pessoas de outros países latino-americanos, como a Costa Rica e, principalmente, o México.
“É uma oportunidade especial para conhecer a cultura do país. Para mim seria difícil ir para muito longe”, comentou o equatoriano Paul Barahona. Estudante, ele veio sozinho de Quito, onde vive, para acompanhar a Copa. A primeira escala foi em Brasília. “Cheguei no dia 3 de junho e fiquei hospedado na casa de uma família que tive contato pela internet. Gostei muito da cidade. As pessoas no Brasil são amáveis, estão sempre dispostas a ajudar com informações”, elogiou.
Barahona voltará para a capital brasileira para assistir ao jogo entre Equador x Suíça, marcado para 15 de junho. Em seguida, retornará ao Rio de Janeiro para a partida entre equatorianos e franceses e, novamente, fará a viagem para Brasília sem ter a certeza de ver seu país em campo. “Passaremos como primeiro da chave para as oitavas de final, estou confiante. Por isso, comprei o ingresso para o jogo 53. Depois vamos ver, porque nosso ataque é forte, mas a defesa não é muito boa”, analisou.
A estimativa é de que pelo menos um terço dos cerca de 600 mil turistas estrangeiros que virão ao Brasil para a Copa do Mundo passe pelo Rio de Janeiro. Dentre eles, muitos serão da Argentina, terceiro país com maior número de ingressos adquiridos (61.021) até o dia 5 de junho, quando 95% das entradas haviam sido comercializadas.
Caminhando por Copacabana não é difícil se deparar com um grupo fazendo festa, cantando e empunhando bandeiras. Pablo Kozuch é comerciante e veio com um grupo de mais 29 argentinos da cidade de Rosário. Ele resume porque se fantasiaram de Homem-Aranha, com as cores da bandeira da Argentina. “Queríamos fazer algo para não passarmos despercebidos”. E parece ter dado certo, já que outros turistas paravam para tirar fotos com eles a cada momento.
O grupo ficará apenas no Rio de Janeiro e verá a estreia da equipe comandada por Messi no dia 15 de junho, contra a Bósnia-Herzegovina. “Temos o ingresso só para o primeiro jogo, mas esta é uma oportunidade muito boa, especialmente pela Copa ser no Brasil”, comenta.
O número de entradas adquiridas pelos colombianos colocou o país em sexto no último balanço de vendas de ingressos (54.477). A equipe retorna ao Mundial após 16 anos de ausência. Mario Rojas, o irmão e um amigo vivem em Cali e aproveitaram a oportunidade para acompanhar o país nos estádios. “Acredito que será uma Copa muito boa para os sul-americanos. Os jogadores são acostumados com o clima e para os torcedores é uma grande chance de participar”.
A primeira escala do grupo foi em Foz do Iguaçu. Depois de passar pelo Rio de Janeiro, o trio acompanhará a Colômbia em Belo Horizonte, no confronto contra a Grécia, e em Brasília, para o duelo contra a Costa do Marfim. Antes de retornarem para casa, ainda farão escala em São Paulo, para conhecer a cidade.
Apesar de ter nascido no Chile, o aposentado Gérman Arriagada vive há 40 anos na Austrália. E foi de lá que ele, o genro, o neto e dois amigos saíram para acompanhar a Copa do Mundo e conhecer o Rio de Janeiro e Fortaleza. Ele acredita que “La Roja” poderá ter uma boa participação no torneio. “Podemos ser a surpresa do Mundial”, resumiu. Os chilenos estão em oitavo no ranking de maiores compradores de ingressos para a competição.
Outros, como o uruguaio Diego Lorenzo, que há três anos trabalha como guia turístico no Rio de Janeiro, nem precisaram viajar para viver o clima da Copa. “O Uruguai é um país que tem o futebol como religião. Liguei para o meu pai, que mora lá, e ele disse que o país está parado. Aqui também será uma festa”.
O Peru não conseguiu a classificação para o Mundial, mas nem por isso os peruanos deixaram de vir para a Copa. Javier Gabiola estuda no Rio de Janeiro desde o início do ano e espera a chegada de alguns compatriotas. “Perdemos a classificação no último jogo das Eliminatórias, mas muitos peruanos virão para cá e, com certeza, torcerão pelo Brasil. Este Mundial é dos sul-americanos. Somos povos próximos e temos uma cultura parecida”, aposta.
A identificação também passa por edições anteriores da Copa do Mundo, como a de 1970, que aproximou brasileiros e mexicanos. O aposentado Oscar Ruíz e o filho vivem em Monterrey e estão no Rio de Janeiro pela segunda vez. Ele lembra o título da equipe comandada por Pelé.
“Eu vi aquela Copa. Vi Pelé, Gérson... Imagina uma alegria, como esta que tem aqui no Brasil, mas feita pelos mexicanos. Este Mundial vai ser dos latinos e acho que o Brasil é campeão, mas o México ganhará o jogo contra o Brasil”, provocou sorrindo. Ruíz comprou ingressos para as três partidas da seleção Azteca na primeira fase e ajudou a colocar o país em décimo entre os que mais compraram entradas.
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