Sexta-feira, 4 de julho de 2014 - 17h02
Em dia de jogo decisivo da seleção brasileira na Copa do Mundo, o país fica praticamente parado para torcer pelo Brasil. Mas, para manter alguns serviços funcionando, muitos têm que se adaptar para continuar trabalhando e ainda assim acompanhar os principais lances.
Os motoboys que fazem entrega em uma pizzaria de Brasília se reúnem nos fundos do local para assistir ao jogo em uma pequena televisão. Mas, quando tem entrega, eles têm que dar um tempo na partida. O entregador Cleyton Alves conta que, quando está na rua, dá para sentir como está o jogo só pela movimentação da cidade. “Quando tem entrega a gente deixa de acompanhar, mas depois corre para cá. Só pelo clima da cidade dá para saber se teve gol”.
O metrô de Brasília também continua funcionando normalmente durante os jogos. Mesmo assim, os trabalhadores que ficam nos guichês vendendo bilhetes dão um jeito de acompanhar as partidas da seleção do Brasil. “A gente se reveza, um fica aqui, outro tenta encontrar uma televisão”, disse o agente de estação Lázaro Aurélio Figueiredo, que estava com uma bandeira do Brasil enrolada nas costas. Ele contou que o movimento no metrô é grande antes dos jogos, mas durante as partidas poucas pessoas procuram o transporte.
Em um posto de combustível, os funcionários costumam acompanhar os jogos em uma televisão de 20 polegadas instalada pelo gerente no chão, entre duas bombas. A subgerente Janis Jophlin diz que poucas pessoas passam pelo posto durante o jogo. “Mesmo assim, a comemoração aqui é mais controlada”, contou.
Em um tradicional bar de Brasília, o garçom Josemar Silva de Souza, conhecido como Taffarel, trabalhou em todos os jogos do Brasil neste Mundial. O local tem várias televisões, mas, mesmo assim, ele diz que só consegue acompanhar alguns lances, por causa do barulho. “Quando tem gol, o pessoal manda eu sair de frente da televisão. Mas a gente não deixa de estar ligado”.
No mesmo bar, o segurança Sérgio Madureira também teve que trabalhar durante o jogo, para garantir a tranquilidade no local. Para acompanhar os lances, ele se reveza com outros dois colegas para dar uma espiadinha nas televisões do local. “A gente assiste ao jogo mesmo quando chega em casa, quando mostram a reprise. Aqui não dá para ver direito”. Mesmo com a função, ele diz que dá para vibrar quando o resultado é positivo para o Brasil.
Em Brasília, servidores públicos federais e funcionários do governo do Distrito Federal foram dispensados mais cedo ou tiveram ponto facultativo nos dias de jogos do Brasil. A maioria das lojas de rua e de shoppings funcionou até o meio da tarde, dispensando os funcionários para acompanhar o desempenho da seleção brasileira nas partidas.
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