Terça-feira, 24 de junho de 2014 - 10h22
A aventura começou cinco dias antes da estreia do Chile na Copa do Mundo, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Através das redes sociais, torcedores chilenos combinaram uma megacaravana de 800 veículos até o Brasil. Não há número certo, mas viajaram em torno de 3.500 pessoas.
Felix Canelo e o filho, de mesmo nome, resolveram participar do comboio. Os dois escalaram mais dois amigos para ajudar na aventura e deixaram Valparaiso de carro, rumo ao Brasil. “A gente dirigia de 10 a 12 horas por dia. Parava para revezar na direção a cada 3 ou 4 horas. Mas não podia beber durante o caminho. Só à noite, tomava uma cerveja”, contou Canelo pai.
Para sair do Chile, o grupo enfrentou o primeiro contratempo. A polícia rodoviária do país fechou a estrada por causa das más condições, após uma nevasca forte. O obstáculo determinaria o atraso da caravana, que se dividiu. Um grupo esperou o tempo melhorar. Outro, integrado pela família Canelo, seguiu um caminho alternativo, 1.200 km mais longo. “O grupo todo se reencontrou já na Argentina”, contou Canelo filho.
Nas duas primeiras noites, os integrantes da caravana descansaram em hotéis. Mas como a aventura não ficaria completa sem um pouquinho de hospedagem alternativa, a partir daí, os chilenos acamparam. Na Argentina, ainda foram achacados pelos policiais. “Cobraram de US$ 200 a US$ 500 para passar cada carro”, criticou Canelo pai.
No Brasil, não tiveram problema. Só com a língua. Um dos chilenos levou um livro de expressões em português para se comunicar por aqui. Desistiu logo ao cruzar a fronteira. “Qual é o caminho até Dourados [no Mato Grosso do Sul]”, esforçou-se para falar. “São 7h30”, respondeu o brasileiro, para gozação geral do grupo.
Na cidade sul-mato-grossense, mais uma noite de camping, até seguir rumo a Cuiabá. Ao chegar à capital do Mato Grosso, o grupo havia percorrido uma distância de quase 5.000 km. “A viagem valeu a pena”, festejou Canelo pai, por conta da boa vitória na estreia, contra a Austrália (3 x 1), na Arena Pantanal.
Dali, o grupo seguiu cerca de 2.000 km de carro até Itaboraí (RJ), onde ficou em um camping. No jogo no Maracanã, só Canelo filho conseguiu ingresso. O pai ficou de fora, mas a vitória sobre a Espanha (2 x 0) serviu de consolo.
De lá, os chilenos viajaram até São Paulo. Os 471 km de distância pareciam piada perto do que já haviam passado. Deixaram o veículo próximo à Estação Artur Alvim, mas não conseguiram ingresso para o jogo no Itaquerão. Decidiram, então, participar da Fan Fest, no Vale do Anhangabaú. No fim das contas, até deram sorte, diante da derrota para a Holanda.
Os outros dois integrantes do grupo ficaram em Itaquera. Como irão se encontrar, já que ninguém está com celular? “O primeiro que chegar deixa um bilhete no carro dizendo para onde foi”, diverte-se Canelo pai.
Apesar da boa campanha do Chile na primeira fase do Mundial, compromissos profissionais fariam o grupo retornar a São Paulo na noite desta segunda-feira (23.06). “Será mais fácil a volta. A gente vai por Córdoba [na Argentina]”, explicou Canelo pai, pronto para encarar mais 3.600 km de estrada.
No final, os 11.877 km que os quatro percorrerão representa mais do que a distância entre São Paulo e Amsterdã, na Holanda, adversário de ontem dos chilenos. Mas tanto gasto com gasolina, hospedagem e alimentação não fez a viagem rodoviária ficar mais cara do que simplesmente ir de avião? “Não sei se seria mais barato. Provavelmente sim. Mas não seria tão divertido”, diverte-se Canelo filho.
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