Segunda-feira, 16 de junho de 2014 - 09h27
“A vida do imigrante é isso: o carregar da saudade todos os dias. Quem inventou a distância não sabia o tamanho da minha saudade”. A frase poética do comerciante José dos Santos Antônio, de 61 anos, resume o sentimento com o qual convive há 46, desde que se mudou para o Brasil. Há 44 anos, a cidade escolhida para viver é Campinas, onde seu Zé Português - como é chamado – comanda o bar que estampa na fachada: “o melhor bolinho de bacalhau do mundo”.
"Quando alguém tem a ousadia de escrever uma frase dessas é porque é verdade, Se você comer o bolinho de bacalhau daqui, você pode dizer 'não sei se é o melhor do mundo', mas você vai dizer 'é o melhor que eu comi até agora'. É isso que eu escuto sempre”, disse o proprietário do City Bar há 20 anos.
O estebelecimento, na região central de Campinas, oferece várias comidas típicas portuguesas, como o pastel de belém. Desde que se tornou o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo virou nome do sanduíche de bacalhau que é o grande sucesso do local. E quando soube que Portugal estaria na cidade, um plano muito especial foi arquitetado por seu José, incluindo os melhores quitutes.
“Minha ideia era ir ao aeroporto no dia da chegada da seleção com o Rancho Folclórico (dança típica portuguesa) e distribuir bolinhos de bacalhau e pastél de belém para todo mundo que estivesse no aeorporto. Quando eu percebi que a logística ia ser complicada com toda a segurança envolvida, eu decidi fazer a mesma coisa pela cidade e ainda levei cinquenta lanches Cristiano Ronaldo. O pessoal se deliciou nas ruas e eu me senti uma estrela, dando até entrevista para a imprensa”, contou.
Ele também participou ativamente de entrevista coletiva na função oposta. Além de comerciante, Seu José é radialista, credenciou-se para a cobertura da seleção, acompanhou o treino aberto de Portugal na última quinta (12.06) e fez pergunta para o volante João Moutinho.
“Perguntei a ele: 'Das quatro seleções do grupo de Portugal, na sua opinião, quais são as duas que passam adiante?'. Ele respondeu: não quero nem saber quem vai passar com a gente, eu só quero é que Portugal esteja”, contou.
Os sentimentos de Seu José são compartilhados por outros portugueses. Presidente da Casa de Portugal em Campinas. Adelino da Ponte, 74 anos, orgulha-se de ver a seleção de seu país treinar na mesma cidade que adotou como casa em 1955. “Isso é muito bom. Esperamos agora que o time vá até a final, podemos ser campeões. Eu acredito nisso, por que não?”.
Fundada em 1958, a casa surgiu após a publicação de um artigo do jornalista Luso da Rocha Ventura. Brasileiro, mas com ligações com a comunidade portuguesa, ele indagou por que os imigrantes daquele país não se uniam. De acordo com o diretor de Patrimônio do local, Jorge Soares Ferreira, 66, a comunidade chegou a 12 mil integrantes em seu auge em Campinas, número que ele estima ser bem menor hoje, em torno de quatro mil pessoas. “Nós nos sentimos honrados de eles terem procurado a nossa cidade como sede no Mundial. Essa vinda está reavivando o sentimento da colônia e trazendo mais gente para a Casa de Portugal”, afirmou ele, que deixou seu país-natal em 1972.
Segundo Ferreira, as principais receitas da Casa de Portugal campineira são as conquistadas por meio de jantares e da tradicional festa junina do lugar, que, em 2014, começou no final de maio e continua por todos os sábados até 12 de julho.
Durante a Copa, a casa também estará aberta para a transmissão das partidas de Portugal. Quem for acompanhar a primeira, contra a Alemanha, nesta segunda-feira (16.06), poderá aproveitar o horário do almoço – o jogo começa às 13h – para saborear uma bacalhoada portuguesa.
O diretor acredita que a presença da seleção de Cristiano Ronaldo na cidade irá aumentar a curiosidade daqueles que não têm relação com o país europeu. “Nossa culinária é rica e muito gostosa, os brasileiros são apaixonados. Na festa junina, devemos receber até mil pessoas por noite, e 80% não são portugueses”, apontou.
A Casa também mantém um Rancho Folclórico, que recepcionou os jogadores do técnico Paulo Bento na chegada ao hotel em que a equipe se hospeda em Campinas.
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