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Vilhena surpreende Atlético-PR e com empate força segundo jogo em Curitiba



O Atlético Paranaense empatou em 2 a 2 com o Vilhena-RO, nesta quarta-feira (10), no estádio Portal da Amazônia, na cidade homônima, em Rondônia. O resultado, embora pareça desfavorável ao Rubro-Negro, foi construído por um ousado anfitrião que foi para cima dos visitantes desde o começo. Apesar de sair em desvantagem (Rhodolfo abriu o placar) o Vilhena chegou a ficar na frente (Magrão e Jessé). O gol de Chico garantiu o empate ao rubro-negro em um jogo bastante movimentado na 1ª rodada da Copa do Brasil.

O goleiro Neto fez a sua análise. “Foi um jogo atípico. Não esperava encontrar um time veloz, com tanta vontade. O campo estava muito ruim e a arbitragem péssima. Não temos que botar a culpa em ninguém, afinal não tivemos competência para vencer. Menos mal o empate. Vamos ver se conseguimos o resultado em Curitiba”, explicou à Rádio Banda B.

Com o resultado desta noite o Atlético ganha a vantagem de pode se classificar para a 2ª fase do torneio nacional se empatar em 0 a 0 e 1 a 1 no jogo da volta, dia 24 de fevereiro, em Curitiba. Se o placar de 2 a 2 se repetir, a decisão vai para os pênaltis. 

O jogo

A surpresa foi grande para quem esperava o Furacão sobrando em um jogo que tinha tudo para ser feio, afinal a situação do gramado era preocupante, pois havia sido castigado pelas chuvas e por uma partida preliminar. O jogo começou eletrizante. O time da casa não foi um bom anfitrião e parecia pouco se importar com o fato do adversário ser um time da primeira divisão do futebol nacional. Com ousadia e, sobretudo, velocidade, o Vilhena foi para cima do Atlético.

Por vezes deixou sua zaga desguarnecida, criando perigo para o goleiro Júnior, mas criou boas chances e se aproximou muito de abrir o placar. Em um dos descuidos da primeira etapa, entretanto, o time da casa foi surpreendido. Netinho caprichou na cobrança de uma falta e a zaga adversária falhou na marcação. Rhodolfo surgiu por entre os marcadores e cabeceou com precisão para as redes do goleiro Júnior.

O gol não deixou o Atlético aliviado e nem abalou o Vilhena. No minuto seguinte Luizinho cruzou da direita e Souza foi derrubado pela marcação atleticana dentro da área. O lance irritou os jogadores atleticanos, que foram para cima do árbitro Wagner Reway. “Não foi pênalti. Ele está apitando muita faltinha para eles”, disse Alan Bahia. “No lance do pênalti o árbitro brincou né”, ironizou Netinho. Magrão cobrou com precisão e vigor, no canto direito do goleiro Neto. 1 a 1 no Portal da Amazônia.

A virada do Vilhena

Com a mesma velocidade com que empatou o jogo, o Vilhena chegou à virada três minutos depois. Aos 26, Celinho fez boa jogada pela direita, tabelou com Luizinho e ajeitou para Jessé que vinha pedindo a redonda. Ele invadiu a área e bateu forte, nas redes de Neto.

O Atlético transformou o novo golpe em mais motivação. Antes de empatar o jogo – fato que se concretizaria oito minutos depois – o time chegou com perigo pelos pés de Bruno Mineiro, que só não fez graças a defesa de Júnior, e Alan Bahia, que chutou no travessão. Netinho cruzou da esquerda aos 35 minutos. Rhodolfo cabeceou e Chico ainda escorou antes de a bola entrar para decretar o empate atleticano.

“A gente não esperava eles jogarem assim, pois não estão disputando nenhum campeonato. Vieram num ritmo muito bom. Mesmo assim entramos atentos e fomos bem”, disse Netinho ao final do primeiro tempo. “Demos dois vacilos e levamos dois gols. Não podemos dar esse mole. Precisamos de mais atenção no segundo tempo”.

Segundo tempo mais calmo e sem gols

A expectativa para o segundo tempo era de um jogo um pouco mais cadenciado. O ímpeto dos times no primeiro tempo fez com que a partida ficasse corrida e, às vezes, viril demais. “Fomos falar com o árbitro porque o campo esta absolutamente molhado e o juiz esta deixando a violência proliferar. O árbitro não pode permitir um jogo violento assim em uma cancha como essa”, reclamou o diretor de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho.

Como era de se esperar, a partida perdeu muito do seu ritmo na segunda etapa. Tanto pelo cansaço do voluntarioso Vilhena, quanto pela falta de qualidade no toque de bola do Atlético, que se mostrava frágil. As bolas paradas, como sempre – pelos pés de Netinho – seguiram como a melhor opção.

No fim, tudo Isso fez com que as chances de gol e os “uuuhhhss” da torcida diminuíssem muito. O Vilhena melhorou com a entrada de Augusto, mas o Furacão conseguiu manter a posse de bola com as entradas de Tartá e Serna.

O jogo ficou tenso para os atleticanos nos minutos finais, afinal Marcelo sentiu uma lesão e teve que ficar em campo, pois as três mudanças de Antônio Lopes já haviam sido feitas (Raul entrou no lugar de Alan Bahia). Valente, o atacante ficou em campo para ver o árbitro apitar o final da partida. 2 a 2 no Portal da Amazônia.

Fonte: Gazeta do Povo

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