Sábado, 21 de outubro de 2006 - 12h59
O Diretor do premiadíssimo curta-metragem "Ilha das Flores" e do badalado longa "O Homem que copiava" será atração deste domingo no cineoca. "Houve uma vez dois verões" é o primeiro longa-metragem de Jorge Furtado, que já estreou no formato com pé direito de crítica e público (conferir logo abaixo trechos de críticas publicadas na época do lançamento do filme, em 2002).
O filme, que conta com a parceria da Brasil Telecom, uma das pratrocinadoras do projeto, será apresentado, no domingo, dia 22, às 17 horas, na sala de treinamento do Sesc Esplanada. O Audicine está em reforma, por isso a projeção foi transferida para esse novo espaço que fica no prédio da administração do Sesc, sem portanto causar prejuízo algum ao público fiel do Cineoca.
O Cineoca também estará apresentando nos próximos finais de semana, uma mostra de curtas alemães contemporâneos, numa parceria com o movimento do audiovisual do Pará. A programação será divulgada na mídia.
Sinopse:
Chico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Transam na primeira noite, mas ela some. Ao lado de seu amigo Juca, Chico procura Roza pela praia, em vão. Só mais tarde, já de volta a Porto Alegre e às aulas de química orgânica, é que ele vai reencontrá-la. Chico quer conversar sobre "aquela noite", mas Roza conta que está grávida. Até o próximo verão, ela ainda vai entrar e sair muitas vezes da vida dele.
Críticas:
VEJA: Pare para pensar. Quantas vezes o cinema brasileiro produziu fitas voltadas para o público adolescente? Talvez pela escassez, o simpático HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES seja parecido com um oásis no deserto. (...) Com linguagem coloquial, diálogos saborosos e movido ao som underground de Wander Wildner, Ultramen e Sombrero Luminoso, entre outros roqueiros do sul, o filme só tem a pretensão de divertir o espectador por pouco mais de uma hora. Consegue." (Miguel Barbieri, VEJA SÃO PAULO, 01/10/2002)
O GLOBO: HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES não sofre da anemia intelectual típica das produções teens atuais, sem deixar, no entanto, de ser saudavelmente pop. (...) O curto filme (tem pouco mais de uma hora e dez minutos de duração) chama a atenção pelo ótimo roteiro e pelos diálogos cheios de humor e que fogem do óbvio. Furtado conta que os atores ajudaram na criação dos personagens." (Bruno Porto, O GLOBO, Rio de Janeiro, 24/09/2002)
JORNAL DA TARDE: O simples fato de uma equipe gaúcha, dirigida por Jorge Furtado, ter partido para uma produção declaradamente juvenil, merece louvor, senão por outra coisa, no mínimo pelo pioneirismo. A bem da verdade, ele não contava sequer com um parâmetro a seguir, um confronto para negar. E pois não é que, para surpresa geral, deu conta do recado com competência, graça e sobretudo leveza? (...) A vantagem do filme de Jorge Furtado sobre as pornochanchadas e as obras de arte que, de um jeito ou de outro, abordaram isso tudo relacionado aí em cima, é que: (1) o faz sem pretensão nenhuma a filosofar profundamente sobre cada um deles; (2) tem uma abordagem leve e bem-humorada, o que não significa que seja também obrigatoriamente superficial, muito antes pelo contrário." (José Nêumanne, JORNAL DA TARDE, São Paulo, 22/09/2002)
FOLHA DE SÃO PAULO: Em cartaz em São Paulo, HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES consegue retratar os adolescentes, suas dúvidas e ansiedades com irreverência e fidelidade. Furtado constrói personagens que têm como trunfo uma aparente normalidade. São jovens sem afetação e sem rótulos estampados na testa, gente comum que você acha que pode encontrar a toda hora em qualquer lugar. (...) No lugar de pirotecnias tecnológicas, Furtado usou duas armas: um roteiro bem estruturado, com um humor sutil, e um modo de filmar clássico, seguro, sem grandes invenções." (Guilherme Werneck, FOLHATEEN, São Paulo, 16/09/2002)
ESTADO DE SÃO PAULO: Há uma beleza talvez em segundo plano nesse filme despojado, e que envolve a natureza mesma do ato amoroso. Ninguém é realista quando está apaixonado. Quando se consegue ser objetivo, é porque a paixão já era. Quando tem uma decepção com o ser amado, o que acontece não é que o decepcionado comece a mentir para si mesmo. Isso seria simplista. Ele passa é a desenvolver um tipo elaborado de raciocínio, talvez delirante, que consistirá em atribuir razões e motivações ocultas para o ato da pessoa amada, de tal forma que esse ato passe a ser, se não desculpável, pelo menos compreensível. E assim manterá a crença na previsibilidade do comportamento do outro, e alimentará a esperança no futuro. Quando esse mecanismo for desmontado, será sinal de que a paixão passou, como passam os verões."
(Luiz Zanin Oricchio, O ESTADO DE SÃO PAULO, 06/09/2002)
ÉPOCA: O AMOR VÊ LONGE: O primeiro longa-metragem do principal diretor brasileiro de curtas é despretensioso mas sábio. (...) Os atores se destacam pela autenticidade e as imagens captadas com câmera digital servem ao tom poético. Mas o ponto alto está na generosidade com os personagens. Furtado não esbarra em posturas moralistas, não julga mocinhas de caráter questionável e foge da vulgaridade das comédias juvenis americanas. (...) A sabedoria do diretor está em mostrar que, em vez de cego, o amor enxerga essências por trás das ações. Vê longe o suficiente para detectar beleza em seres com atitudes condenáveis pelo senso comum."
(Cléber Eduardo, Revista ÉPOCA, 02/09/2002)
A versão do diretor
Conhece aquela do escritor que sonhava histórias maravilhosas mas nunca lembrava delas quando acordava? Não? Bom, um escritor sonhava histórias maravilhosas mas nunca lembrava delas quando acordava. Um amigo sugeriu que ele deixasse um bloco de anotações e uma caneta na mesa de cabeceira e acertasse o despertador para tocar no meio da noite, para que ele acordasse e anotasse as histórias. E assim ele fez. Ele sonhou uma história maravilhosa, o despertador tocou, ele viu o bloco e imediatamente anotou a história. E voltou a dormir, feliz. De manhã, escovando os dentes, o escritor lembrou que tinha anotado a história maravilhosa. Correu para o bloco e leu: rapaz se apaixona por moça.
O rapaz se apaixona por moça é o começo de Houve Uma Vez Dois Verões. Talvez você já conheça alguma história assim. É uma comédia, um gênero desprezado pela crítica, ignorado pelos festivais de cinema mas, felizmente, muito apreciado pelo público. Ou, pelo menos, muito apreciado por mim. Sempre gostei de comédias que, como definiu Aristóteles, revelam o que os seres humanos têm de pior, como um espelho deformado, aqueles dos parques de diversões, onde a gente fica parecendo um botijão de gás ou um retrato de Modigliani. É uma comédia, com atores jovens, que se passa quase toda na praia, cheia de músicas, algumas piadas, cenas de beijo, alguma aventura e onde um rapaz se apaixona por uma moça. Qual a novidade? Bem, a novidade é o rapaz, a moça, a praia, as músicas, a aventura, algumas piadas e as cenas de beijo. O resto é igual.
Jorge Furtado
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