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Hidrelétricas do Madeira

A futura jóia da coroa


 
Prevista para 2012, Santo Antônio será a mais potente hidrelétrica do Sistema Furnas, com 3.150 megawatts

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Transformação: as águas do rio Madeira vão gerar energia para 8 milhões de pessoas

Quando entrar em operação, em dezembro de 2012, a Usina de Santo Antônio, em Rondônia, se tornará a maior do Sistema Furnas, com 3.150 MW, o sufi ciente para abastecer uma cidade de 8 milhões de habitantes. O projeto, orçado em R$ 12 bilhões, marca o início da exploração energética em grande escala das águas do rio Madeira. Santo Antônio contribuirá para o início de um novo ciclo histórico para os Estados do noroeste do País, até hoje à margem do progresso econômico. As obras de Santo Antônio, a partir de dezembro deste ano, estarão a cargo de uma Sociedade de Propósito Específi co (SPE) composta por Furnas e cinco parceiros. Detentora da maior participação (39%), a empresa assumirá a operação e a manutenção da usina em 2012.

Números grandiosos não faltam ao empreendimento. Sua execução demandará o deslocamento de até 20 mil homens para os canteiros, no pico das obras, gerando, no total, 80 mil empregos diretos e indiretos. Mais: suas 44 turbinas, do tipo "bulbo", terão potência nominal por unidade superior às hoje existentes no mundo, da ordem de 72 MW. Por conta dessas máquinas, cuja efi cácia é garantida pelo volume e a velocidade das águas, a queda da barragem de Santo Antônio será de apenas 13,90 metros. Evita-se, assim, a inundação de grandes áreas, minimizando os efeitos sobre o meio ambiente e a população local. Desde já, aliás, os rondonienses já se preparam para receber benefícios do projeto. Quando a usina entrar em operação, Porto Velho vai receber em torno de R$ 25 milhões por ano a título de royalties, pelo uso das águas do Madeira.

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Enquanto aguarda as obras, a economia local já mostra sinais positivos. O setor de construção civil vive período de forte aquecimento: milhares de trabalhadores já estão sendo treinados pelo sistema Senai/ Senac e indústrias de base estão à procura de locais para instalar suas plantas. Até a conclusão do projeto, prevê-se o recolhimento de R$ 168 milhões em Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

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Fonte: Revista Isto É

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